Capítulo 11

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“França, 18 de fevereiro de 1877

Eu estou apreensiva, essa noite marcarei Robert e então ficaremos juntos para todo o sempre, o tempo que demorei para encontrá-lo só colaborou para me deixar mais ansiosa. Ele concordou que eu o marcasse, afinal de contas já estava ficando maluca com qualquer mulher que se aproximava dele. Algumas veelas que conheci disseram que a marcação foi um processo doloroso para seus companheiros, eu jamais me perdoarei se algo acontecer com ele essa noite.”

Draco estava relendo as anotações de Amelie pela milésima vez, ainda tinha dúvidas de como essa marcação funcionaria, ele já tinha suas presas, mas como iria usá-las?  Bufou em seu sofá chamando a atenção da corvina que estava em pé na janela encarando as árvores completamente brancas fora do castelo.

— Está tudo bem?

— Não, eu não entendo isso de marcação, o que eu tenho que fazer? Morder e pronto? E onde eu mordo e se eu errar?

— O que você tem de beleza, tem de lerdeza.

— Sério isso?

— Sim, é mais do que óbvio que precisa morder o pescoço.

— E se eu errar o local?

— Não vai errar, é seu extinto. — Draco levantou-se e caminhou lentamente até a garota.

— Acha mesmo que vou conseguir encontrar minha salvadora?

— Se for sortudo igual a Amelie, sim. — O rapaz suspirou inclinando-se mais para frente colocando seu corpo colado ao da garota a sua frente — O que está fazendo?

— Treinando. — Colocou todo o cabelo da garota para seu ombro esquerdo e aproximou ainda mais seu rosto do pescoço dela.

— Para de graça, eu não sou o seu ratinho de laboratório. — Tentou empurrá-lo, mas foi em vão já que o gene veela o deixava ainda mais forte.

— Shi. — Draco sentiu o cheiro da amiga e aproximou seus lábios em seu pescoço. Maia estava com a respiração cada vez mais ofegante com aquela situação, estava tensa e confusa por estar gostando —  Você confia em mim?

— Sim — suspirou.

Malfoy sorriu, ele conseguia ouvir o coração da amiga ficar cada vez mais acelerado, gostava de saber que conseguia causar tanta euforia nela.

Maia sentia os lábios do loiro cada vez mais próximos, não sabia o motivo, mas não conseguia reagir. Aos poucos sentiu o calor em seu pescoço, Draco depositou alguns beijos em seu pescoço com calma, segurou firme em sua cintura e mordeu seu pescoço devagar, não queria enfiar as presas nela.

— Doeu? — Beijou novamente.

— Não. — O garoto apertou sua cintura ainda mais forte e a virou, deixando-a de frente para si.

Suas respirações estavam ofegantes, os dois sabiam muito bem o que queriam fazer, Malfoy alisou seu rosto e Maia encarou seus olhos, eles estavam mais uma vez escuros.

Aos poucos o sonserino foi se aproximando, já não conseguia ter controle algum sobre si, apenas deixou o veela guiar suas ações. Maia desviou o olhar e encarou a lareira, as chamas a tiraram do transe, ela voltou a olhar o amigo e suspirou.

— Não faz isso — sussurrou. Talvez seu maior erro como tutora tenha sido se apegar demais ao rapaz, chegando ao ponto de deixarem as coisas se confundirem.

— Por que? — Suas mãos estavam segurando o rosto da garota, alguns poucos centímetros e ele poderia se deliciar com seu beijo mais uma vez.

— Porque isso não é real, Draco... isso nunca vai ser real e sabemos disso.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora