Capítulo 37

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Todos estavam reunidos em um belo jardim, a alta sociedade do mundo bruxo se reunia hoje para se despedir de um dos membros mais antigos e conhecidos, Abraxas Malfoy.

Seu único filho tentava manter a postura, Lucius Malfoy jamais demonstraria fraqueza perto dessas pessoas, ele não era tolo, uma única lágrima de sua parte e seria o suficiente para sua família perder benefícios.

— Mamãe? Como a senhora está? — perguntou Draco aproximando-se.

— Estou preocupada com seu pai.

— Ele é forte.

— Eu sei e é isso que me preocupa.

— Isso aqui está cheio — disse Jorge.

— Com certeza — afirmou Maia. — O Cedrico não veio?

— A Catarine passou mal e ele falou que ia ficar com ela. A Alice dá muito trabalho, antes mesmo de nascer.

— Mas a Catarine está com quantos meses?

— Quase nove.

— Ah. — Maia ficou em silêncio apenas ouvindo o que o bruxo ancião dizia, aquilo tudo a fazia lembrar do enterro dos seus avós que por ironia do destino estavam ali, juntos com ela, pelo menos Edward.

— Queridos amigos e familiares, estamos aqui reunidos não para lamentar a morte, mas sim para celebrar a vida de Abraxas Septimus Malfoy. Um homem íntegro, de honra e carismático.

— Com certeza ele não diria isso se soubesse das festinhas na mansão Malfoy. — Edward sussurrou para Neil que apenas assentiu.

Todos estavam atentos ao discurso do ancião que narrava a vida de Abraxas como uma grande jornada honrosa, talvez por isso sequer notaram as duas figuras que se aproximavam cada vez mais da multidão.

— Alguém gostaria de falar? — O ancião perguntou e apenas assentiu quando um homem encapuzado aproximou-se e ficou em pé na frente de todos — Meus pêsames.

— Obrigado.

Não havia um único bruxo que não estivesse encarando a figura encapuzada, seus olhares curiosos não negavam a pergunta que todos tinham "quem é essa pessoa?', quem seria tão audacioso em tomar a frente da família para falar?

— Abraxas Malfoy foi uma pessoa muito importante em minha vida, quero dizer, quando eu o conheci não tinha muitos amigos. Na verdade, eu não tinha nenhum — suspirou. — Eu nunca vou saber o motivo que o fez vir falar comigo, ele sempre foi muito impulsivo. Eu tive o prazer de conhecê-lo de muitas maneiras e foi graças a Abraxas que eu pude celebrar o meu amor.

— É quem eu estou pensando? — perguntou Emily com a voz trêmula.

— Sim. — Fred a puxou para perto de si e a abraçou forte.

— Melhor irmos embora — murmurou Jorge.

— Fiquem todos aqui — ordenou Neil Lament.

— Abraxas foi mais que um amigo, Abraxas foi e sempre será o irmão que eu não tive. Que descanse em paz, amigo. — Finalmente o bruxo tirou o capuz e revelou seu rosto para todos que ficaram imóveis o encarando.

— Tom, vamos embora — disse Davina.

— Eles não vão atacar.

— Como sabe disso? — Tom tirou o capuz da garota e encarou todos que estavam em sua frente.

— Não vamos atacar — disse firme procurando alguém entre a multidão. — Estão seguros.

— Essa é a Davina? — perguntou Draco.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora