A manhã logo chegou, lá fora estava mais frio do que o de costume, logo as festas chegaram e todos poderiam ir visitar suas famílias.
Draco encarava Blásio pelo espelho, desde o incidente no halloween eles só conversaram o necessário. O sonserino ainda estava com medo da cena que viu fora da comunal, por um momento até questionar sua sanidade.
— Blásio?
— Oi?
— Nós podemos conversar? — perguntou o rapaz, henquanto dava o nó em sua gravata.
— Sobre?
— Você sabe... — Limpou a garganta — O acidente na noite do halloween.
— Não temos o que falar, deixa isso quieto.
— Eu sei que está assustado, não queria que fosse dessa maneira. Aconteceu uma coisa no verão.
— O que? — Zabini parou o que estava fazendo e encarou o loiro que andava de um lado para o outro sem parar.
— Eu preciso que me prometa que vai guardar segredo, se essa conversa sair daqui meu pai me mata, depois me ressuscita e mata de novo.
— É sério assim?
— Sim, promete? Nem mesmo para a Lovegood.
— Mmm... prometo. — O moreno não conseguia disfarçar nenhum pouco a sua curiosidade.
— Na noite do meu aniversário eu senti uma dor estranha no meu peito, parecia que estava pegando fogo de dentro para fora, foi horrível, a dor só diminuiu quando minha mãe conjurou o protego. Depois disso, vários medibruxos, curandeiros e qualquer pessoa que meu pai encontrasse no caminho dele e achasse que poderia me ajudar foi lá em casa.
— Não estou entendendo, está doente?
— Não! Antes fosse uma doença qualquer.
— O que então?
— Algumas semanas antes das aulas voltarem nós fomos à Londres encontrar o senhor Fitzgerald.
— O pai da Maia?
— O avô, de início eu pensei que ele só estava delirando, não era possível tudo aquilo ser real, sabe? — suspirou. — Mas depois que chegamos em casa, minha mãe contou uma história maluca sobre minha bisavó e a família Rosier. Fiquei um bom tempo trocando cartas com o senhor Fitz, meu corpo começou a mudar do nada, meus reflexos estavam melhores do que nunca.
— Certo, mas o que você tem?
— Meu bisavô se apaixonou por uma criatura enquanto viajava, ele tentou ignorar isso, mas já era impossível não estarem juntos. Eu tenho o sangue de uma veela correndo nas minhas veias.
— Espera, como? — Blásio o encarou espantado — Está brincando comigo? Sabe que essas coisas soltam fogo pelas mãos, não sabe?
— Eu sei, é estranho pensar que alguém se relacionou com essa criatura.
— Você solta fogo pelas mãos?
— O que? Não — riu fraco. — Não sou um veela completo, apenas meio-veela.
— E o que isso significa?
— Significa que não vou criar asas e sair atacando as pessoas com fogo. Só tenho a parte legal, não é comum esse gene se manifestar em homens, senhor Fitz quase me colocou em um pote.
— Por que ninguém pode saber? Não é algo comum?
— Acha mesmo que meu pai vai adorar essa notícia sendo espalhada depois do que aconteceu? Tenho sorte por ele não me esconder.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
Fiksi PenggemarQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...