Capítulo 22

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A manhã logo chegou, lá fora estava mais frio do que o de costume, logo as festas chegaram e todos poderiam ir visitar suas famílias.

Draco encarava Blásio pelo espelho, desde o incidente no halloween eles só conversaram o necessário. O sonserino ainda estava com medo da cena que viu fora da comunal, por um momento até questionar sua sanidade.

— Blásio?

— Oi?

— Nós podemos conversar? — perguntou o rapaz, henquanto dava o nó em sua gravata.

— Sobre?

— Você sabe... — Limpou a garganta — O acidente na noite do halloween.

— Não temos o que falar, deixa isso quieto.

— Eu sei que está assustado, não queria que fosse dessa maneira. Aconteceu uma coisa no verão.

— O que? — Zabini parou o que estava fazendo e encarou o loiro que andava de um lado para o outro sem parar.

— Eu preciso que me prometa que vai guardar segredo, se essa conversa sair daqui meu pai me mata, depois me ressuscita e mata de novo.

— É sério assim?

— Sim, promete? Nem mesmo para a Lovegood.

— Mmm... prometo. — O moreno não conseguia disfarçar nenhum pouco a sua curiosidade.

— Na noite do meu aniversário eu senti uma dor estranha no meu peito, parecia que estava pegando fogo de dentro para fora, foi horrível, a dor só diminuiu quando minha mãe conjurou o protego. Depois disso, vários medibruxos, curandeiros e qualquer pessoa que meu pai encontrasse no caminho dele e achasse que poderia me ajudar foi lá em casa.

— Não estou entendendo, está doente?

— Não! Antes fosse uma doença qualquer.

— O que então?

— Algumas semanas antes das aulas voltarem nós fomos à Londres encontrar o senhor Fitzgerald.

— O pai da Maia?

— O avô, de início eu pensei que ele só estava delirando, não era possível tudo aquilo ser real, sabe? — suspirou. — Mas depois que chegamos em casa, minha mãe contou uma história maluca sobre minha bisavó e a família Rosier. Fiquei um bom tempo trocando cartas com o senhor Fitz, meu corpo começou a mudar do nada, meus reflexos estavam melhores do que nunca.

— Certo, mas o que você tem?

— Meu bisavô se apaixonou por uma criatura enquanto viajava, ele tentou ignorar isso, mas já era impossível não estarem juntos. Eu tenho o sangue de uma veela correndo nas minhas veias.

— Espera, como? — Blásio o encarou espantado — Está brincando comigo? Sabe que essas coisas soltam fogo pelas mãos, não sabe?

— Eu sei, é estranho pensar que alguém se relacionou com essa criatura.

— Você solta fogo pelas mãos?

— O que? Não — riu fraco. — Não sou um veela completo, apenas meio-veela.

— E o que isso significa?

— Significa que não vou criar asas e sair atacando as pessoas com fogo. Só tenho a parte legal, não é comum esse gene se manifestar em homens, senhor Fitz quase me colocou em um pote.

— Por que ninguém pode saber? Não é algo comum?

— Acha mesmo que meu pai vai adorar essa notícia sendo espalhada depois do que aconteceu? Tenho sorte por ele não me esconder.

A maldição: Draco Malfoy - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora