Já havia uma semana que Maia tinha sido raptada por Tom Riddle, bem debaixo do nariz de Dumbledore que decidiu esconder o ocorrido de todos, mas ele não conseguiria esconder por muito tempo a criatura furiosa que estava definhando no terceiro andar.
— Draco, por favor, se acalme — dizia Dumbledore, para o rapaz que já havia quebrado os móveis pela quarta vez naquela semana.
— Como você quer que eu me acalme? Prometeu nos dar proteção e agora não temos ideia de onde a Maia está, ou se ao menos está viva! — gritava o veela, alto o suficiente para amedrontar o diretor que encarava seus olhos negros.
— Sua família está vindo nos ajudar, todos estão procurando a senhorita Fitzgerald.
— Eu sabia, eu sabia que deveríamos ter fugido na primeira oportunidade.
— Com licença. — Os dois foram interrompidos por Snape que entrava sorrateiramente no quarto.
— Sim, professor Snape?
— A poção está pronta — disse Snape, mostrando o vidro com um líquido vermelho dentro.
— Draco me ouça, tome isso vai te acalmar. — O diretor estendeu a mão, mas foi completamente ignorado pelo veela.
— Por que não estão procurando por ela? Me deixem sair daqui.
— Já chega, Draco! — Uma voz feminina firme o repreendeu.
— Mãe?
— Sente-se. — Guiou o rapaz até o sofá.
— O que está fazendo aqui?
— Estou aqui para te ajudar, estão todos procurando pela Maia, vamos encontrá-la, mas você precisa estar seguro até lá.
— Eu não ligo para minha segurança — respondeu, quase chorando. — Só quero a minha Maia de volta.
— Beba isso, prometo que se sentirá bem melhor. — O rapaz a olhou desconfiado mas acabou tomando a poção.
— Como estão as buscas pela senhorita Fitzgerald, Severus?
— Ninguém tem ideia de onde ele poderia ter a levado, sequer sabemos como ele entrou no castelo.
— Isso que me preocupa — afirmou a mulher, encarando o rapaz que caiu em sono profundo.
— O que Minerva? — Aos poucos a bruxa voltou a sua forma normal, a poção havia lhe transformado em Narcisa Malfoy pelo tempo exato para que pudesse acalmar o garoto.
— Se Tom Riddle entrou uma vez em Hogwarts, sem ninguém o ver, quem me garante que não vai tentar de novo? — suspirou, encarando o bruxo deitado no sofá.
— Aumentaremos a segurança do castelo, teremos toque de recolher todos os dias. Ninguém anda pelos corredores depois do horário, nem mesmo os monitores.
— Professor, temos um outro problema — murmurou.
— O que Severus?
— Draco Malfoy precisa estar com sua companheira, o garoto não vai aguentar muito tempo longe da senhorita Fitzgerald. Sua pele está ficando esbranquiçada já, não vai demorar muito até que o pior aconteça.
...
Maia estava exausta, não tinha nada para fazer durante todo o dia, o que via do mundo externo era pelas grandes janelas do quarto onde estava. O único contato que tinha era com um pequeno elfo que nunca lhe dirigiu a palavra, talvez por medo do que seu senhor poderia fazer como castigo.
— Bart, nos deixe sozinhos — ordenou, entrando no quarto da garota que não moveu um músculo para encará-lo.
— Sim, senhor.
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A maldição: Draco Malfoy - Livro 4
FanfictionQuarta e última parte de Resquícios de amor "Foi um verão difícil para Draco Malfoy, os conflitos em sua família só aumentavam. Mas o mais difícil para a família Malfoy naquele verão não foram as ameaças do Ministério da Magia, muito menos a prisão...