Corte de Sol e Lua

CAPITULO 15 - POV DAHLIA

- ATENÇÃO! Para maior aproveitamento do capítulo, recomendo que escute "Can't take my eyes off you", a versão dos Countdown Singers, quando aparecer o sinal *music on* e já deixo avisado que o próximo capítulo será hot! Quem amou? Então se preparem, mas se vocês não gostarem desse tipo de conteúdo, esperem até o capítulo 17. Bjs e boa leitura! -

                    Dahlia

Quando Az foi me buscar eu não sabia o que dizer, ele sempre parecia saber a hora certa de aparecer e me salvar, era como havia dito no bilhete, Azriel era um anjo na minha vida.

Ele não desistiu de mim, ele me procurou.

E disse que me amava.

Meu coração parou, não havia outra explicação para o que aconteceu comigo quando essas simples palavras saíram de sua boca. Eu o amo e ele me ama, o que mais poderia pedir?

Um laço de parceria, talvez?

Claro que sabia o que era um laço de parceria, muitos que conhecia eram parceiros, infelizmente me deitei com uma quantidade de machos que já tinham uma parceira.

Mas eu era a dele.

A parceira de Azriel.

Pelo visto tudo que havíamos vivenciado já estava predestinado a mais tempo que poderíamos pensar.

Az me pegou nos braços quando atravessamos para o apartamento, mas quando chegamos, nenhuma palavra foi dita. Quando meus pés alcançaram o chão fui atacada com um beijo repleto de saudade e paixão. Levei minhas mãos para sua nuca, o puxando para perto de mim. Nunca mais queria ficar longe dele, longe de seu calor, longe de seu amor.

Az me pegou no colo, como um noivo carrega sua noiva, e se sentou no sofá comigo ainda em seus braços, sem separar nossos lábios necessitados um do outro. Suas sombras me acariciavam junto de suas mãos, como se quisesse memorizar cada centímetro de mim.

— Dahlia, eu... — tentou falar, enquanto procurava fôlego.

— Eu sei, eu também... — o beijei mais uma vez.

Passamos toda a manhã nos braços um do outro, trocando beijos e juras de amor eterno e prometendo coisas que poderiam ser consideradas impossíveis para alguns, mas para nós estava ao nosso alcance.

Mais tarde ficamos apenas em silêncio, deitados no sofá em silêncio enquanto nos aquecemos no abraço um do outro, palavras não bastavam agora, eu o queria perto de mim, sempre comigo.

Meu parceiro para amar por todo o sempre.

— Eu preciso falar com você, Dahlia... — murmura, me fazendo apoiar em meu braço para observá-lo melhor.

— O que houve? — pergunto arrumando seus cabelos escuros.

— Você me disse sobre quem era, me contou sobre seu passado, e eu não, não me sentia pronto para dizer a você, mas agora... — ele levou uma de suas mãos para meu rosto, acariciando minha bochecha. — acho que é a hora.

Faço uma feição compreensiva, imaginava que aquilo seria difícil para ele falar, mas esperaria todo o tempo do mundo por ele. Nada me afastaria dele agora, nenhum passado turbulento, nenhuma tempestade.

Ele é meu e eu sou dele.

— Sou um bastardo, como já deve saber, — começou a dizer. — e tive que morar com meu pai, um senhor illyriano casado e com filhos. Minha madrasta... bem acho que posso dizer que não gostava muito de mim, ela me manteve preso em uma cela escura por anos, sem janelas, poderia sair apenas uma hora por dia, e quase nunca via minha mãe.