Corte de Sol e Lua

CAPITULO 18 - POV AZRIEL

-ATENÇÃO! O CAPÍTULO A SEGUIR É O MESMO DO ONE-SHOT DO PERFIL Q INSPIROU A FANFIC, MAS TEMOS ALGUMAS DIFERENÇAS E TBM É APENAS NO POV DO AZ E N EM TERCEIRA PESSOA. BJS E BOA LEITURA!!!-

Azriel

Dois meses depois.

Não era segredo para ninguém que eu botava medo até nos mais santos, era conhecido como Mestre-Espião e Encantador de Sombras, aquele que arrepiava todos ao meu redor. Todos me temiam.

Menos Dahlia.

Ela não me temia, não se afastava.

Desde que ela entrou em minha vida dois meses atrás, em uma missão na Corte dos Pesadelos ela me transformou em alguém melhor, um sonhador, um apaixonado. Se pudesse voltar no tempo, não mudaria nada, talvez tentaria encontrá-la antes, para ter sido feliz antes.

Suas risadas me traziam alegria, seu sorriso afastava a tristeza, seus abraços tiravam a solidão. Ela era meu Sol, o centro do meu mundo desde então. Ainda me lembro quando ela me roubou um beijo na queda das estrelas e descobrimos que nossa ligação tinha algo a mais.

Parceria.

Eu tinha uma parceira.

Após mais um dia cansativo no acampamento estava voando para visitá-la mais uma vez, algo que se tornou recorrente quase todas as noites, aquela era uma especial por ser seu aniversário, que uma vez comentou que nunca foi comemorado.

Eu queria protegê-la, queria amá-la, não queria deixar nada de ruim afetá-la.

Para todo o círculo íntimo eu jamais a encontrei depois que ela me deixou aquele bilhete, nunca contei que a achei ou onde ela estava, muito menos da parceria. Tinha medo de algo acontecer a ela caso descobrissem da parceria. Não queria ser invasivo ou exagerar, mas eu temia tanto dela ser tirada de mim...

Esses últimos dois meses foram os melhores da minha vida, sempre que podia eu fugia para cá e passava horas a fio com ela nos braços, dormia e acordava ao seu lado...

Ela me fazia querer sorrir.

Que pessoa no mundo já conseguiu tirar um sorriso meu sem ter a intenção?

Quando pousei na varanda que dava acesso ao quarto que ela estava, o nosso quarto, consegui ver pela janela a luz da lareira e uma silhueta feminina sentada perto do fogo. Abriu a porta em silêncio, observando minha parceira de longe, seus cabelos negros como o céu noturno, a pele pálida, seu corpo protejido com um cobertor. E havia algumas sombras perto dela, a acariciando, já que sempre deixava algumas por perto, para sempre saber se ela estava bem e segura.

Estava linda assim.

Dahlia pareceu sentir uma brisa fria no quarto, e ao se virar encontrou o meu olhar, seus lindos olhos brilharam de alegria, e vejo que ela percebeu que eu segurava um pequeno buquê de flores na mão repleta de cicatrizes.

— Az! — gritou, se levantando para jogar em meus braços, que a pegaram em meu colo sem esforço nenhum, e ela pegou meu rosto entre as mãos dando um beijo apaixonado. — Pensei que não viria hoje.

    Tive que sorrir.

— Venho praticamente todas as noites, meu amor, o que faria você pensar que perderia justo seu aniversário? — indago.

— Poderia ter alguma missão hoje... — murmurou.

— Dahlia... sabe que nada é mais importante que você para mim agora — disse escondendo o rosto na curva de seu pescoço, sentindo seu cheiro de flores frescas, graças ao sabonete que havia comprado quando ela chegou em minha vida.