chapter eighteen,
it's my fault.— Eu aposto dez galeões que a Irlanda vai ganhar. — Arabella disse, com olhar desafiador.
— Eu aposto vinte que a Irlanda vai ser destruída pela Bulgária. — Diggory rebateu, com um sorriso presunçoso.
— Ótimo, vou ter dinheiro para gastar no trem. — Sorriu, quase ironicamente. — Agora preciso subir, no final do jogo vamos ver quem ganha.
E então Arabella se pôs novamente ao lado de seus ruivos favoritos, Fred e George. Na verdade todos os Weasley tinham um carinho especial da garota. Quase todos.
— Está torcendo para quem? — George perguntou à garota.
— Irlanda, tenho certeza de que eles vão ganhar. — Disse sem se importar muito. — Qual dos dois vai me carregar? — Agora seu tom mudou completamente, sendo quase doce. Os gêmeos se entreolharam.
— Sobe. — Fred disse, se agachando para que a Vaughan subisse em suas costas. — Se demorar eu te largo ai.
— Eu te amo! — Exclamou, ouvindo George murmurar "Interesseira". Ela sorriu.
Rapidamente a garota subiu na parte de trás do torso do ruivo, passando seus braços pelo pescoço do mesmo.
Na metade do caminho, Arabella foi para as costas de George, que a carregou o tempo inteiro reclamando. Mesmo assim, ele não a tirou das costas.
Quando chegaram aos lugares, a Vaughan sorriu para os gêmeos, e agradeceu. Se sentou entre eles e Gina, não querendo atrapalhar a dinâmica do trio Harry-Rony-Hermione, que parecia nunca estar balanceada quando a morena estava perto.
— Ah, aí vem Lúcio! — Cornelio Fudge disse, em meio à outras palavras que Ara não teve interesse nenhum em prestar atenção. Porém, ao ouvir o nome de Malfoy, Arabella sentiu seu sangue ferver.
— Ah, Fudge. — Disse o Sr. Malfoy, estendendo a mão para o ministro da Magia, ao chegar mais próximo. — Como vai? Acho que você não conhece minha mulher, Narcisa? Nem o nosso filho, Draco? — A garota encarava os olhos de Lucio com desdém, talvez até mesmo nojo.
— Fred, George. — Hermione chamou, baixinho. — Segurem Arabella de verdade dessa vez.
— Não segurem. — Gina sussurrou em resposta.
Arabella sentiu o sangue ferver. Tudo que aconteceu com a Weasley em seu primeiro ano era culpa do homem loiro que estava em sua frente naquele momento.
— Meu Deus, Arthur. — Disse ele baixinho.
— Segurem. — Hermione sibilou novamente, e agora a morena sentiu as mãos de Fred segurarem seus ombros.
— Que foi que você precisou vender para comprar lugares no camarote de honra? Com certeza sua casa não teria rendido tudo isso, não? — O loiro continuou.
Viu Draco rir do que seu pai havia dito. Agora a Vaughan fuzilava o Malfoy mais novo com seu olhar cheio de ódio. "Você sabe o que aconteceu da última vez que voce não pensou Arabella, e se você fizer a mesma coisa agora você irá para Azkaban", pensou.
O olhar do loiro chegou no de Ara, que começou a rir sozinha do sentimento levemente assustado que ele carregava ao estar perto dela. "Covarde", sibilou. O garoto disfarçou, se sentando entre seus pais.
— Do que você tá rindo? — Rony perguntou, vendo a garota gargalhar.
— Da covardia. — Murmurou, ainda com um sorriso em seus lábios. Não de felicidade.
— Vocês também tem medo dela? Porque eu tenho muito. — Rony disse à Potter e Granger, que apenas riram do garoto.
❖ ❖ ❖
— A Irlanda ganhou! A Irlanda ganhou, eles ganharam! — Arabella exclamou, enquanto andava em círculos pela cabana.
— Nós sabemos Ara, estávamos no mesmo jogo que você. — Hermione respondeu, em um misto de mau-humor e de achar graça da garota.
— Eu não consigo esperar para ganhar vinte galeões. — Suspirou, se sentando. — Ganhamos Fred! Ganhamos George! — Sorriu.
Porém os gêmeos nem prestavam atenção na garota, estavam cantando uma música para irritar Rony e sua admiração por Viktor Krum.
— Ah, fico feliz de não estar de serviço. — Murmurou o Sr. Weasley cheio de sono. – Eu não iria gostar nem um pouco de ter que dizer aos irlandeses que eles precisam parar de comemorar.
❖ ❖ ❖
Arabella não conseguira dormir, todas as vezes que fechava o olho ela sentia um estranho arrepio passar por seu corpo e "Você vai para Azkaban" ecoava em sua mente, então desistira, assim ficando na sala, com as pernas juntas.
— ONDE ESTÁ A ARABELLA?! — Arthur gritou, saindo do quarto das meninas e não vendo a morena. Porém o grito não era de bronca, era de preocupação.
— Tio Arthur, o que houve? — Perguntou, se levantando do sofá e indo ao encontro do homem, que a abraçou em imediato.
— Nós temos que sair daqui, agora. — Respondeu, preocupado. Algo estava errado.
Ouvia barulhos estranhos do lado de fora, mas acreditava que era apenas os Irlandeses comemorando a vitória. Só se deu conta do que acontecia ao ver inúmeros bruxos correndo, fugindo.
Em segundos, Arabella correu até Harry, segurando sua mão. "Não saia de perto de mim" disse, preocupada.
— Voltem para a Chave de Portal, todo mundo, e fiquem juntos! — Sr. Weasley ordenou. — Fred! George! Gina é sua responsabilidade!
Os sete então começaram a correr, conforme outras pessoas passavam por eles, separando o grupo.
— Harry, vem! — Arabella gritou, seguindo Hermione.
Segurava a mão do garoto, em uma tentativa falha de não perde-lo. Foi questão de segundos para que um casal de bruxos passassem pelos adolescentes e fizessem eles soltarem as mãos.
A Vaughan tentou correr atrás de Harry novamente, mas o perdeu de vista, assim como também perdeu os outros seis que estavam com ela. Estava perdida. Em todos os sentidos.
Correu para a Chave de Portal, tentando se lembrar de onde era, se sentindo egoísta. Apenas conseguia correr.
Em algum momento da noite ela chegou até os outros, mas não tinha condições nem de pensar. Seus olhos estavam acumulados de lágrimas, enquanto seus pés doíam sem parar.
— Ara! Onde está o Harry? — Gina perguntou.
— Não... Sei... — Disse, entre respirações, tentando buscando recuperar o fôlego. Mais lágrimas surgiram. — Eu estava com ele mas nos separaram e... Eu tentei... — Piscou, fazendo com que elas caíssem. — Tentei voltar mas... Não o vi... — Suspirou, quase fechando os olhos. — Eu vou para Azkaban... É minha culpa... Ele morreu e é minha culpa...
Aqueles que ouviam a garota acreditavam que ela estava falando de Harry, repetindo que nada aconteceu com ele e que não era culpa dela mas a garota só ouvia repetidamente que ela iria para Azkaban.
Avada Kedavra. Incendio. Adrian Rellish. Azkaban. Flashes do que aconteceu passavam em sua cabeça, e ninguém sabia como conforta-la. Ninguém entendia.
— Ara... — Cedrico disse, chegando na Chave de Portal.
E de imediato Arabella abraçou o mais velho, que retribuiu o abraço, sentindo seus ombros se molharem suas lágrimas.
— É minha culpa... É minha culpa... — Soluçava. Diggory apenas mexia em seu cabelo, tentando conforta-la.
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INTO FIRE ━ golden era [2]
Fanfictiona ponta do fósforo foi acesa, quanto tempo vai levar para que ele seja todo queimado? ━━ _𝙤𝙝𝙡𝙞𝙜𝙝𝙩, 2021 ©