𝟮𝟯. no, no, no

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chapter twenty three,
no, no, no.


— Eu me recuso a participar dessa aula. — Arabella disse à Moody. — Não irei permitir que lance uma maldição imperdoável em mim! Isso é ridículo e quase inumano! — Prosseguiu.

— Então pode sair da sala, Srta. McGonagall, e vamos torcer para que você nunca tenha que se defender da maldição Imperius. — Rebateu, quase desinteressado. — Pode sair da sala.

E assim ela fez, caminhando calmamente para os corredores de Hogwarts. Qual era o próximo, torturar cada um dos alunos do quarto ano para que assim eles soubessem como a dor era pior do que a morte?

— Ei, porquê a cara de brava? — Harry perguntou, vendo a garota batendo o pé com a mochila nas costas.

Como ele se sentiria sabendo que eu matei alguém do mesmo jeito que Você-Sabe-Quem matou seus pais? Arabella pensou.

— Eu me recusei a participar da aula de DCAT, usar Imperio em crianças me parece errado. — Explicou a Vaughan, com os braços cruzados.

— Não foi muito bom mesmo. — Harry respondeu, lembrando-se da dor que sentia na perna.

— Ele fez isso com você?! Você só pode estar brincando! — Indignada, ela exclamou.

Harry riu.

— Não é nada. — Tentou amenizar a situação. — Então... Animada para o Torneio Tribruxo?

— Nem um pouco. — Riu fraco. — Pelo menos virão pessoas de outras escolas, chance de conhecer mais pessoas. Você?

— Bastante, na verdade. — Respondeu Harry, sorrindo. — Acho que vai ser divertido. Vou sentir falta do Quadribol, mas acho que vai ser bom.

— Pelo menos uma coisa boa do Torneio Tribruxo, não vou ter que tentar adivinhar quem vai ganhar a Taça. — Viu Harry assentir com a cabeça, rindo.

— Eu tenho que ir, nos falamos mais tarde? — O garoto perguntou.

— Claro, me larga mesmo Cicatriz! — Brincou, mas Potter já estava longe.

Assim, Arabella caminhou pelos corredores de Hogwarts indo para seu Salão Comunal. Com o olhar distante, a garota se sentou em uma das várias poltronas presentes no recinto.

— Hey... — Zacharias chamou, vendo a Vaughan sentada na poltrona azul, a única que não era de tom quente.

— Oi. — Respondeu ela, sorrindo sem mostrar o dente.

— Eu só queria me desculpar pelo outro dia... — Disse, antes de ser interrompido.

— Você deve desculpas à Cordelia, não à mim. — Quase incomodada, Arabella rebateu.

Smith encarou a Vaughan por alguns segundos, em silêncio, mas a bruxa olhava para a parede, evitando seu olhar.

— E eu quero que você saiba que eu não vou fazer parte de um triângulo amoroso com a minha melhor amiga e você. — Proferiu, quase sussurrando, na verdade. Tinha tanto arrependimento quanto raiva em sua voz, ela só estava incomodada com aquela situação e queria poder fazer algo.

Em silêncio, Zacharias Smith caminhou até seu dormitório. Era quase engraçado como o mundo de Arabella estava caindo e mesmo assim ela se preocupava com Cordelia e seus sentimentos, mas é assim que ela era. Ela se preocupa.

❖ ❖ ❖

— Posso sentar com vocês? — Arabella perguntou para Cedrico e Nicholas Bane.

INTO FIRE ━ golden era [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora