chapter thirty seven,
my older brother.Harry voltou ao território de Hogwarts, segurando a mão de Arabella. Ao seu lado, o corpo de Cedrico Diggory também retornou com eles. Potter se debruçou sobre ele, chorando desesperadamente, completamente perplexo diante do que estava acontecendo.
A banda de Hogwarts tocava sem cessar, comemorando a suposta vitória de Hogwarts e ninguém parecia ter percebido o que acontecia. Algumas pessoas comemoravam o retorno dos dois campeões de Hogwarts, e apenas quando Fleur Belacour soltou um grito assustado as pessoas perceberam o que aconteceu, descendo das arquibancadas para ter certeza de que não estavam sendo enganados pelos seus olhos.
— Harry! — Dumbledore berrou, indo até o garoto, que não conseguia parar de chorar.
— Não! Não! Não, não! — O garoto berrou, agarrado ao corpo de Cedrico.
Com todo o barulho explodindo em sua cabeça, Arabella lentamente abriu seus olhos. A garota levou sua mão até a cabeça, a esfregando. Sentia dor e estava desnorteada, até que olhou para o seu lado.
Ela viu um Harry se debatendo para que não o separassem do corpo de Cedrico, chorando.
O corpo de Cedrico. Rapidamente a verdade voltou a tona para Arabella. Cedrico havia morrido. Havia sido assassinado por um bruxo das trevas. Por um comensal da morte, a mando do Lorde das Trevas. A mando de Voldemort. Ele havia sido morto por nenhum motivo, apenas por pura maldade.
— Ele está de volta! Ele está de volta! — Harry gritava. — Voldemort está de volta!
Ela olhou para o garoto, sentindo lágrimas subirem. Não. Não podia. Aquilo não estava acontecendo. Ele não podia estar voltando.
— Não, não... Por favor, acorda. — Arabella repetia baixinho, segurando a mão de Cedrico. Estava fria como gelo. — Por favor! Você é meu irmão! Você... Você não pode morrer! Não, por favor, não! — Ela exclamava, chorando. Agora algumas pessoas olhavam para ela, mas o choque pela morte do garoto impedia qualquer um de pensar direito. — Isso é minha culpa... Você precisava ter me escutado... — Balbuciava, soluçando.
Não sabia como processar aquela situação e o sentimento que ela gerava. Sentiu uma enorme culpa cair em sua consciência. Devia ter passado mais tempo com ele. Devia ter entrado no time de Quadribol com ele quando pediu. Devia ter apresentado ele como seu irmão para as pessoas do mesmo jeito que ele fazia. Devia ter encontrado com ele nas férias. Devia ter impedido ele de se inscrever para o Torneio. Devia ter feito muito mais do que fez, e agora o arrependimento tomava conta de seu corpo.
— Arabella. — Minerva disse, se ajoelhando perto da garota. A mulher não imaginava como ela reagiria, mas sentia que se não se mostrasse ali, talvez fosse pior.
Em um impulso, a garota abraçou McGonagall, chorando.
— Eu podia ter impedido isso... Eu podia ter salvo ele... — Dizia entre o choro.
❖ ❖ ❖
— Sei que você está em choque ainda. — Dumbledore começou a dizer, vendo os olhos vermelhos e bochechas inchadas de Arabella. — Mas preciso saber o que aconteceu com você, por que você foi junto de Harry e Cedrico.
— Dê um tempo para ela, Alvo. — Sirius Black disse, no canto da janela. Ele não olhara no rosto da garota desde que assumira sua forma humana.
— Tudo bem. — A garota suspirou. — Eu tinha um pressentimento ruim, não queria deixar Cedrico entrar no labirinto de jeito nenhum, e fui falar com ele para que ele não fosse. Não consegui convencê-lo... — Sua voz ficou trêmula e lágrimas subiram em seus olhos. Ela piscou forte, tentando impedi-las. — Quando eu não consegui, fui até a Sala de DCAT, Moody me encontrou. Ele me atacou por trás, consegui apenas machucar sua mão com a minha adaga, mas ele me petrificou e depois me apagou, a próxima coisa que eu sei é que eu estava deitada no chão de um cemitério.
— Ele não usou nenhuma maldição imperdoável? — Sirius questionou, finalmente dirigindo a palavra à ela.
— Não. — Respondeu, soltando outro suspiro. — Depois, Harry e Cedrico me encontraram, eu acordei. Estava sem minha varinha, sem minha adaga. Após isso tudo aconteceu muito rápido, Rabicho apareceu carregando o que restou de Você-Sabe-Quem em seus braços, a criatura mandou que ele matasse Cedrico mas me amarrasse. Eu e Harry ficamos em frente à um caldeirão. Ele fez um ritual e Você-Sabe-Quem apareceu ali.
Ela comprimiu seus lábios, com os braços cruzados. Se sentia extremamente desconfortável e incomodada. Dumbledore à olhava com um olhar de pena, como se quisesse que aquilo fosse de outra maneira.
— Eu tentei me soltar, fiz feitiços apenas usando a minha mão mas... — Seus olhos se encheram de lágrimas. — Fui inútil. Por um segundo eu tive uma varinha mas fui estuporada no outro, nem sei como eu voltei.
Se uma agulha caísse ali naquele momento ela seria ouvida, talvez apenas tivesse que competir pelo som com as fungadas no nariz que Arabella fazia. Ela chorava em silêncio, com vergonha, culpa.
— Eu podia ter impedido isso. — Ela disse para si mesma.
— Não se cobre tanto, Arabella. — Seu padrinho disse, com um olhar bondoso. — Vou leva-la para a Ala Hospitalar, Madame Pomfrey irá te dar uma poção do sono, você precisa descansar.
Ela assentiu, guiando a garota até a Ala Hospitalar, o de ela encontrou Molly Weasley com Rony ao seu lado. A mulher dizia que ele precisava ir embora, que aquele não era um lugar para crianças estarem, mas ele não se mexia.
— Ara! — A ruiva exclamou, se aproximando da Lufana.
— Como você está? — Rony perguntou, com a cabeça baixa, completamente envergonhado.
— Exausta, triste. — Disse o óbvio. — Nunca estive pior. — Soluçou.
— Vem cá. — O garoto disse, abraçando a menor imediatamente.
Ela retribuiu o abraço, sentindo o aconchego que os braços de Weasley geravam nela. Molly olhava de longe, com um olhar preocupado.
— Ela precisa de repouso, por favor, me deem licença. — Madame Pomfrey disse, interrompendo os adolescentes.
A mulher entregou um frasco pequeno para Arabella, mandando que ela bebesse tudo para ter um sono imediato e sem sonhos.
Se eu tivesse ouvido o que Marcus tinha a dizer, talvez eu pudesse ter impedido isso. Ela pensou, se sentindo culpada. Se eu tivesse falado com Dumbledore sobre o que ele disse sobre Moody talvez ele tivesse descoberto o que aconteceu, mas não disse, completamente mergulhada em sua individualidade.
Ela bebeu a poção, fazendo com que seu último pensamento antes de dormir fosse seu egoísmo.
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INTO FIRE ━ golden era [2]
Fanfictiona ponta do fósforo foi acesa, quanto tempo vai levar para que ele seja todo queimado? ━━ _𝙤𝙝𝙡𝙞𝙜𝙝𝙩, 2021 ©