Capítulo 25

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"Y me niego a borrar los mensajes
Prender fuego a la casa no sirve
El amor cambia, nunca se extingue
Cualquier día la lluvia nos vuelve a sentir
Sentir con la miel en los labios
Fue en el taxi del beso robado
Donde al fin pude huir del pasado

No digas nada, tan solo recuerdame así
Escondimos las heridas, ya lo sabes
No encotramos las respuestas ni el por qué"
(Con La Miel En Los Lábios – Aitana)

– Doutor Armando, você tem um minuto? – Perguntei, chegando esbaforida no hospital e encontrando meu preceptor na sala de descanso.


No mesmo lugar estavam Elis e Alan, então aproveitei para incluí-los na reunião que estava tentando propor – Na verdade, se vocês três tiverem um tempinho, tem algo que gostaria de conversar com vocês aqui na sala de reunião.

Armando se dispôs a se levantar prontamente e caminhou na minha direção. Os outros dois estranharam um pouco. Não costumava ser o caso médicos residentes solicitarem reuniões, mesmo que informais, com a equipe médica atendente. Mas, nesse momento, eu não poderia me importar menos com isso.

– Pois não, Dra. Valbuena!?

Alan disse, adentrando o cômodo logo atrás de mim.

– Prezados, eu gostaria de reabrir a pauta da nossa última reunião... O tratamento de Mateo.

– Ah, de novo não.

Elis cruzou os braços, demonstrando impaciência.

– Carina, já conversamos sobre isso.

Armando respondeu, incomodado também.

– Os senhores podem, pelo menos, ouvir o que tenho a dizer?

Solicitei, com todo o decoro para tentar obter o mínimo de confiança.

– Encontrei uma pessoa disposta a arcar com o valor do tratamento. E a mãe do paciente demonstrou interesse em aceitar medidas drásticas na busca pela cura. Como esses eram nossos principais empecilhos, gostaria de saber se é de comum acordo que agora adotemos a opção de tratamento que garante ao paciente uma chance de viver?

Os médicos pareciam espantados.

– Quem estaria disposto a fazer isso?

Alan perguntou.

– Um doador anônimo, que se comoveu com a história e se comprometeu a arcar com os custos.

Eu disse, tentando preservar o nome de Cristián.

– E como é que a senhorita planeja garantir que esse doador está mesmo comprometido a pagar por todo o tratamento de um desconhecido? E como garantir que ele tem condições para tal?

Elis questionou.

– Sei da idoneidade dele, doutora. E de sua condição financeira também. Somos próximos.

Respondi, irritada. Garantindo que o dinheiro estaria na conta da família Sánchez, o resto não interessava a mais ninguém.

– Bom, Carina... Se Mateo terá seu tratamento patrocinado por alguém, e sua família está disposta a enfrentá-lo, eu não vejo motivos para não dar uma chance.

Alan falou.

– Você é mesmo terrível quando coloca sua mente em algo, não é, Valbuena? – Armando disse, sorrindo e me arrancando um sorriso. – Nesse caso, podemos sim investir na sua sugestão de tratamento.

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