Eternamente Seu

19

Rose

A mulher estranha de cabelos pretos e olhos azuis encarava Dimitri. Era bonita. Muito bonita.

Vadia, tô com vontade socar a cara dela.

Eu não estava entendendo o que se passava, e Dimitri estava nervoso. E eu queria acalma-lo, mas não podia naquele momento.

Toquei sua mão e entrelacei seus dedos nos meus, as mãos Dimitri, e apertaram meus dedos ainda mais recebendo meu apoio quando respondeu para mulher.

— Sim, faz tempo. Desde que você me traiu e fugiu com um cara qualquer pra Paris, deixando apenas um bilhete. - O camarada praticamente cuspiu na cara da mulher.

Eita, caralho! Que mulher do caralho! Quem faz isso? Que tipo de pessoa faz isso?

— São águas passadas. Eu sinto muito por isso. Sou uma pessoa completamente diferente hoje em dia. - Ela respondeu. Sinica.

— Não me importa se é diferente ou não. Você não tem escrúpulos. Faz qualquer coisa pra conseguir o que quer. Inclusive abandonar e passar por cima dos outros sem remorso.

— Eu gostaria de me desculpar.

— Se desculpar? - Dimitri riu sem humor algum. — Não existe desculpa para o que você fez comigo. Então, agora, saia porque minha mulher e eu queremos jantar em paz, sem a sua presença nojenta perto de nós.

— Não é assim, Dimitri. Não é assim. Me entenda, eu era jovem. Fiz isso, mas eu realmente amava você.

— É melhor fazer o que ele disse. - Avisei, com uma promessa nos olhos.

A mulher me encarou por instante e depois olhou de volta para o meu camarada.

— Eu amei muito você. Eu tive que ir embora, mas não significa que eu não amasse você, que eu não te ame.

Dimitri estremeceu ao ouvir suas palavras. E não disse nada.

— Você poderia ter saído sem isso. - Falei, assim que levantei e soquei seu rosto o mais forte que consegui. Ela caiu no chão com a mão no rosto. Seu grito chamou a atenção das pessoas — Eu avisei, ele tem paciência, mas eu não tenho. Piranha.

— Roza! - O camarada gritou surpreso.

— Ela me provocou. Ninguém mexe com meu homem. - Grasnei e pisquei para ele, que sorriu para mim.

— Eu vou te matar. - Tasha gritou tentando se levantar, mas o homem um pouquinho velho, que estava com ela a segurou.

— Se quiser apanhar mais me procure. - Acenei com os dedos para debochar.

— Vamos embora, antes que chamem a polícia. - O camarada avisou.

— Vamos sim, amor. - Falei e o beijei. Então, olhei Tasha que tremia de raiva, com seu olho já ficando roxo. — Perdeu o melhor homem que poderia ter tido. Não pense de novo ou fique atrás dele, ou vou caçar você e te prometo que será pior que um olho roxo.

Dimitri me pegou e jogou nas costas, antes que me eu jogasse no chão e bolasse com ela novamente. Ele me conhecia bem, sabia que isso estava perto de acontecer. Deixou o dinheiro da comida na mesa, enquanto saímos rapidamente.

***

Já na casa de Dimitri, ele finalmente voltou a falar. E olhou no fundo dos meus olhos quando disse:
— Por que fez aquilo? Ela poderia ter chamado a polícia, você poderia ter se encrencado por minha causa.

— Perdi o controle. Aquele mulher me irritou. Mulherzinha do caralho. Eu poderia ter socado muito a cara dela, se você não tivesse me pegado.

— Eu percebi. Todos no restaurante perceberam quando você ameaçou ela.

— Ela merecia mais ameaças depois do que fez a você!

Dimitri se aproximou.
— Obrigada por me defender.

— Você faria a mesma coisa por mim.

— Faria qualquer coisa por você.

Não queria, mas borboletas pareciam querer pular de meu estômago. Um calafrio percorreu meu corpo. Eu queria sentir mais e mais o toque de seu corpo junto ao meu.

— Vai me contar o que aconteceu? - Pedi.

Dimitri assentiu e contou em detalhes. Eles haviam se conhecido na faculdade. Tasha era arquiteta. Eles ficaram juntos por 5 anos. Moraram juntos. E Dimitri, ele amava ela com todo coração. Achava que ela o amava também, mas Tasha era muito ambiciosa. Queria sempre mais.

O camarada fazia o que podia para satisfazer seus caprichos, até que uma hora explodiu. Ao ver conversas comprometedoras no e-mail dela com um homem chamado Augustos, era o chefe dela. Ele viu sem querer, ela deixou o e-mail aberto e foi tomar banho, Dimitri só havia ido desligar o notebook, mas leu as mensagens.

No dia seguinte Tasha o abandonou, quando ele chegou em casa da clínica ela já havia ido embora. Tirado todas as coisas dela e deixado um bilhete. Que dizia:

Não vou ficar aqui com você, que não quer crescer na vida. Só viver na mesmice. Quero conhecer o mundo e você só me atrapalhava. Adeus, não me procure.

Depois que terminou de contar como ficou completamente destruído. Eu entendi tudo. As peças se encaixaram, do porque um homem como ele estava sozinho por tanto tempo. Dimitri estava traumatizado. Aquela mulher havia feito aquilo com ele.

Lágrimas escorreram de seus olhos, e eu as limpei antes que rolassem por seu rosto. Pude sentir a sua dor. E queria causar dor a ela por fazê-lo sofrer.

Sentei em seu colo e me aconcheguei o abraçando. Seu corpo tremia um pouquinho e eu beijei seus lábios levemente. Ele me correspondeu me puxando mais para perto, como se não quisesse mais me soltar. Gostei disso.

Dimitri abriu rapidamente o zíper de meu vestido e o jogou no chão. Nós estávamos em seu sofá. Ele beijou meu pescoço, enquanto tirava o meu sutiã e depois minha calcinha.

Eu tirei sua roupa e o mordi no ombro. Depois o montei e ele entrou dentro de mim bem forte.

Suas mãos nas minhas costas. Boca nos meus seios, enquanto dava estocadas fortes dentro de mim e eu pulava em seu pau bem forte e gritava seu nome.

— Dimitri...

— Roza...

De leve e depois mais e mais forte, os nossos corpos se uniram de novo e de novo. Meu cabelo espalhado pelas minhas costas e seu rosto. Minhas mãos em seu cabelo e aos mãos dele na minha bunda, me apertando gostoso até não aguentarmos mais e gozarmos fortes juntos.

Naquela noite dormi em cima de seu peito e pude jurar que ouvi um sussurro que dizia:
— Eu amo você, Roza...