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Dimitri

O inacreditável aconteceu quando Tasha, teve a audácia de ir no meu trabalho. Tirar satisfação do meu relacionamento com, Rose. Como se ela tivesse controle sobre mim. Ri em sua cara, pois me custava acreditar em tal ousadia. Seu olho estava roxo e inchado, sorri quando percebi, pois o soco de Rose havia sido certeiro. E ela havia feito isso por mim, para me defender. É claro que, nunca devemos resolver nada com violência, mas ver ela brigando por mim foi uma das melhores sensações que já tive na vida.

Tasha só queria confusão, pois me ver melhor a deixava medíocre. Saber que eu estava bem feria o seu ego. Ela queria me ver sofrer. Queria me ver rastejar aos seus pés, mas isso não aconteceria. Eu nunca mais seria o seu cachorrinho.

Prometi a ela, que se viesse mais uma vez em meu trabalho chamaria a polícia. E Jay, como um bom amigo, derramou água nela, dizendo que foi sem querer, mas foi de propósito. Desde então, ela não veio mais aqui. O que foi bom. Eu não queria mais vê-la.

E com o passar dos dias, percebi que não sentia mais raiva de Tasha, ou ódio dela. Sentia pena. Mas a raiva que afligia meu coração não estava mais lá. E eu desconfiava que, uma tal esquentadinha tinha algo haver com isso. Ou melhor tudo haver com isso.

***

Semanas depois

Após sair do trabalho recebi uma mensagem da esquentadinha no celular. Sorri antes de ler a mensagem pensando na safadeza que deve ter mandado, mas para minha surpresa não era nada disso.

Oi, camarada. Tudo bem?
Eu não estou muito bem, não vou conseguir sair hoje. Acho que estou com uma dessas viroses que está dando nas pessoas.

Sem responder corri para o carro e fui para a casa dela.

***

Eu segurava seu cabelo, enquanto ela vomitava a sopa que eu tinha feito para ela. E de novo. E de novo. O vômito não acabava.

Coitadinha da minha, Roza...

Assim que escovou os dentes e tomou água, a esquentadinha se deitou na cama de bruços. O rosto estava inchado por algumas lágrimas e vermelho.

- Você vai ficar bem. - Assegurei passando carinhosamente a mão em sua canela.

A esquentadinha sorriu.
- Estraguei os nossos planos de hoje.

- Você não estraga nada. Vou ficar aqui com você. E Roza, você vai ver que, vai melhorar bem rapidinho.

- Você promete? - Pediu com o rostinho mais fofo que já vi.

- Eu prometo, esquentadinha.

Ela encostou a cabeça em meu peito e assim dormiu profundamente, enquanto eu acariciava seus cabelos. A preocupação estava me consumindo. E doía meu coração vê-la quietinha desse jeito. Mas seria só por uns dias, até a virose passar. Eu tentei convencê-la a ir ao médico, mas era mais fácil gatos voarem.

***

Três dias se passaram e a esquentadinha melhorou. Fiquei em sua casa cuidando dela. Contra a vontade dela para falar a verdade, que dizia estar bem e se fazendo de forte, quando não estava nada bem.

Era enjoou, vômito e cólicas abdominais que não passavam. E eu já estava surtando, até que ela finalmente melhorou. Mesmo assim voltei para casa contra a vontade, querendo ficar mais, querendo ficar perto dela.

Sua irmã a visitou junto com os filhos e marido, que eu gostava bastante para falar a verdade. Principalmente de Lissa, sua irmã era muito simpática e atenciosa com ela. E eu adorava isso. As duas juntas eram fofas. Melhores amigas. E as crianças já me chamavam de tio Dimitri.

Lissa e Cristian me chamam de cunhado. E isso me fazia um pouquinho mau, porque eu gostava, mas sabia que um dia isso poderia acabar e eu poderia perdê-la. Perder aquela Roza, brava e quente. Eu rezava para o dia dela se cansar fosse muito longe, porque eu já não podia mais negar o que todos menos ela sabiam.

Eu estava completamente apaixonado.

Eternamente SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora