Dimitri
— Não. Não. Você só pode estar de brincadeira! – Jay disse rindo, enquanto eu terminava de contar o sufoco com a maluca da batida. — Ela disse isso mesmo? Não cara, para com isso...
Tomei um gole de cerveja e fitei a Tv. Estava passando um jogo de basquete, que Jay não podia ver na própria casa. Por isso a invasão repentina.
— Isso, e muitas outras coisas. Mas esse foi um dos piores comentários dela. – Confirmei.
Jay balançou a cabeça e tomou um gole de sua cerveja. O indivíduo, no caso, meu melhor amigos desde sempre, se jogou no meu sofá e esticou as pernas. Revirei os olhos pensando em sua esposa vindo buscá-lo e querendo cortar a minha cabeça fora.
— Ela disse mesmo: "Vê se eu to na esquina te pagando um boquete, seu babaca?!"
— Com todas as letras. Uma maluca. Eu apenas ofereci uma carona. O carro dela vai ficar uns dois dias no concerto. Mas ela quase socou a minha cara. Mulher esquentada...
— Você falou que a doida é a maior gata.
Uma gata mesmo. Cabelos castanhos bem longos, ondulados e brilhantes. Olhos da mesma cor, porém com algumas linhas quase invisíveis mais claras. Baixinha, com um corpo lindo demais e um nariz empinado. Uma chave de cadeia que ninguém em sã consciência pegaria.
Fitei o chão por um momento me lembrando de seus comentários ácidos. Cada resposta como uma ponta de faca, esperando para me atacar em cada momento.
— Isso é mesmo. Muito. Mas o que tem de bonita... Vish... tem de doida e boca suja. Eu nunca vi uma mulher falar tanto palavrão com tanta naturalidade. Talvez seja o talento dela. – Resmunguei.
— Acho que você gostou. Quem sabe a esquentadinha não esquenta você, hein? Já está na hora, né?
Revirei os olhos. Nem morto eu quero aquela maluca pra mim.
— Falou o cara que casou há dois meses com a minha irmã mais nova. – Mudei de assunto.
Jay sentou-se direito no sofá, como se sua mãe chegasse em casa. Quase ri.
— Em minha defesa, você quase me matou por isso. Oito vezes. – Meu amigo franziu as sobrancelhas.— Foram sete. – Corrigi e bebi mais um pouco de cerveja.
— Viu, você está confirmando?
Ri com escárnio.
— A Vikka te deixará louco antes de você saber o que o atingiu.— Não fala da minha esposa. Vamos falar da... gos... mulher do trânsito.
— Se ela souber que você pensou em outra mulher, ou disse a palavra gostosa, ela vai cortar as suas bolas fora, você sabe disso, né?
— Claro que sei. Você me lembra isso todo dia.
— Sou um amigo bom, estou te alertando. – Sorri debochando dele. Jay bufou e jogou os braços para frente.
— Ah, vai se ferrar! Eu amo a sua irmã. A sua irmã me ama. É isso que importa. Ela é bem maluquinha e ciumenta em uma grau do FBI, mas eu não consigo viver sem ela.
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Eternamente Seu
FanfictionRose Hathaway está no auge de seus 25 anos. Sem filhos. Sem marido. Sem nenhum compromisso além de trabalhar, pagar as contas e ficar com desconhecidos, que ela sabe que nunca mais vai ver. Uma vida de solteira e sem preocupações, como ela quer deix...