Dimitri
Eu poderia deixar pra lá. Poderia facilmente esquecer... poderia... É eu poderia, se eu pudesse!
Que inferno!
Às vezes odeio ter a merda de uma consciência. Eu levei a esquentadinha pra casa dela, na verdade, eu até tive que colocá-la em seu sofá, depois que ela dormiu no carro e não acordou mais.
Infelizmente o sutiã dela ficou no banco, junto com a camiseta azul. Que droga! Que droga!
Essa garota só atrai confusão. Só confusão. Não acredito que ela tentou me dar um soco, e depois me beijou pra fazer ciúmes no namoradinho. E que beijo foi aquele...
Balancei a cabeça e lavei o rosto. Eu não tinha tempo pra pensar nela. Eu tinha que ir trabalhar. Ir fazer algo, que a tirasse da minha cabeça. Esquentadinha ou deveria dizer: "A maldita mulher que cruzou o meu caminho?"
Inferno! Agora eu não consigo parar de pensar nela e em... palavrões. Que ótimo Dimitri! Que ótimo!
Respirei fundo pensando em como seria abarrotado de perguntas no dia seguinte. Meu amigo e minha irmã não me deixariam em paz. Eles não conhecem limites, por isso se casaram, apenas pra fazer da minha vida um... inferno!
Argh!
*
A pior coisa que acontece nas segundas-feiras é que minha irmã sempre leva o marido até o nosso trabalho. Então, toda a paz da clínica veterinária simplesmente vai embora, como se um furacão e um meteoro colidissem. Tudo causada por ela. Vikka. A minha odiada e amada irmã.
Fui o primeiro a chegar, seguido pela nossa recepcionista Cléo. Uma senhora loira, que sempre nos traz biscoitos caseiros e sorri o tempo todo. Sim. O tempo todo. Isso é normal? Não faço ideia.
Depois de alguns comprimentos e uma breve descrição da minha agenda de pacientes com patas, fui para minha sala.
Tomando um café puro e com muito açúcar, respirei fundo pensando nas palavras da minha irmã. Será que ela tem razão? Será que preciso mesmo de alguém? Será que...
Balancei a cabeça.
— Dimitri, você está começando a enlouquecer. Como em nome de Deus você dá ouvidos a sua irmã? É a Vikka, seu cabeçudo. Não surta... E – Balancei a cabeça de novo. — Você está falando sozinho, de novo. Obrigada universo!A porta ao lado da minha bateu. Sala do Jay. Peguei a ficha que estava analisando e sai da sala.
Não bati na porta ao entrar na sala do meu amigo e revirei os olhos com vontade de sair correndo quando...
— Vocês tem uma casa! Por que tem que se agarrar como jacarés aqui? – Grunhi.
Os dois se afastaram. Não havia arrependimento em seus rostos, só alegria e sorrisos maliciosos.
Porcaria de lua de mel sem fim. Seria egoísmo causar a separação deles para ter alguns minutos de paz? Acho que não.
— Não estrague a vida sexual alheia, se você não tem uma. – Retrucou minha irmã, me fazendo trincar os dentes.
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Eternamente Seu
FanfictionRose Hathaway está no auge de seus 25 anos. Sem filhos. Sem marido. Sem nenhum compromisso além de trabalhar, pagar as contas e ficar com desconhecidos, que ela sabe que nunca mais vai ver. Uma vida de solteira e sem preocupações, como ela quer deix...