Rose
Vamos lá, Rose Hathaway. Vamos lá. Não se atrase hoje. Não se atrase hoje. Ah, Deus! Que trânsito do capeta. Vai se fuder, maldito semáforo!
Só 5 minutos. Só falta a porra de 5 minutos. Aquela professora chata vai comer meu fígado pela quarta vez. Que droga!
Por que uma pessoa em sã consciência aceita cuidar de 2 crianças, por duas semanas, se não sabe nem cuidar de si mesma? Eu sou uma idiota! Caramba. E tudo para Lissa e Christian terem uma nova e zoada lua de mel, sem se preocuparem com crianças riscando as paredes e querendo biscoito no almoço.
O que faço agora? Chorar nesse momento está fora de questão, mas é negociável.
O sinal abriu, pisei fundo e acelerei. Hoje eu não chegaria atrasada. Não podia. Não mesmo. Eu tinha que chegar a tempo. Sim... Eu tinha. De qualquer jeito.
O carro branco a minha frente simplesmente parou dando uma freada brusca. Tentei parar a tempo, mas o capô do meu carro bateu em sua traseira. Bati a cabeça no banco quando o carro deu um pequeno pulo. O barulho foi forte e assustador.
A batida não havia sido desastrosa, mas... eu mataria o desgraçado. Daria um golpe de kung fu em sua cara, até fazê-lo implorar por misericórdia.
Vagabundo de merda!
Pra piorar a situação meu volante meio que explodiu e inflou como um balão. Merda!
Não havia um carro atrás de mim, o que praticamente me salvou de uma batida ainda pior. Graças a Deus!
Tirei o cinto de segurança e abri o vidro. Meus olhos se arregalaram quando o filho da mãe desceu do carro e pegou um gato para colocar em seu carro.
Ah, vai á merda!
Então, o desgraçado me faz bater em seu carro e quase morrer, e ao invés de perguntar se estou bem, ele salva a porra de um gato, que não tem um único arranhão? Que tipo de demente esse cara é? Isso só pode ser brincadeira!
— Ei, seu desgraçado! – Gritei e abri a porta. — Você está feliz por quase ter me matado?
Cruzei os braços em volta do corpo. Estava furiosa e atrasada. E agora sabia que não tinha chances de conseguir pegar as crianças na escola.
O homem se virou para mim, enquanto fechava a porta de trás de seu carro. Seus olhos quase pretos me fitaram. Era um homem de aproximadamente 30 anos. Alto, como um armário de dois metros. Pele clara, cabelos escuros e lisos, barba feita. Um belo e irritante corpo, e principalmente peitoral. Cara bonito, gostoso e filho da puta.
— Me perdoe! – Pediu-me. Sua voz era grossa e forte. Bati o pé no chão. — Vou concertar os estragos em seu carro. Você se machucou? Posso fazer...
— Ora, ora... Não me diga o óbvio. – Disse em tom ácido. As sobrancelhas dele se arquearam. — Escuta aqui! Você podia ter me matado. Eu sou mãe, seu idiota! Tenho que pegar as crianças na escola, mas você teve a coragem de atrapalhar a porra do meu caminho. E se, as crianças estivessem no carro? Você tem ideia de como foi um desgraçado, imprudente?! Acho que não, né? Idiota.
É, eu não soltei só os cachorros nele, soltei todo o mundo animal. E... Okay. Eu não sou mãe. Eu sou tia. Mas, nesses dias eu sou mãe 24 horas por dia e sete dias por semana. Adeus cerveja e sexo com desconhecidos. Sou uma mãe temporária.
— Senhora... se acalme. Sinto muito pelos danos. Mas, não tive escolha.
— Quem é você, cara? Jesus Cristo! Quer saber! Vai se ferrar!

VOCÊ ESTÁ LENDO
Eternamente Seu
Fiksi PenggemarRose Hathaway está no auge de seus 25 anos. Sem filhos. Sem marido. Sem nenhum compromisso além de trabalhar, pagar as contas e ficar com desconhecidos, que ela sabe que nunca mais vai ver. Uma vida de solteira e sem preocupações, como ela quer deix...