11

205 28 89
                                    

Rose

— Que diabos? – A voz de Vikka me acordou, quando ela deixou algo cair no chão do quarto.

Abri os olhos meio sonolenta e falei:
— O que você tem, sua doida? E por que tá me encarando, eu estou nua por... – Meus olhos se arregalaram, enquanto a desgramada forçava os lábios para não gargalhar.

Eu estava nua e não estava sozinha.

Que porra!

Merda! Merda!

Pega no flagra. Ótimo!

— O que está havendo? – O camarada abriu os olhos e os esfregou. Ele fitou a irmã e depois olhou pra mim. — O que ela tem?

Ergui uma sobrancelha e fitei a Vikka.
— Acho que ela está em choque.

— É o que ela merece.

— Eu estou aqui! – Grasnou a professora de balé, batendo os pés no chão.

— Saia. Nós estamos muito ocupados. – Ele falou, em um tom não muito amigável.

— Mas... é que..

— Agora, Vikka!

Ela deu um risinho.
— Eu sou uma ótima cupido, não sou?

O camarada lançou um travesseiro contra ela, que riu e fechou a porta quando saiu correndo.

Me espreguicei e depois me levantei. Meus olhos se arregalaram quando vi camisinhas no chão. Minhas camisinhas.

Ele colocou as mãos na cintura e mordeu o lábio.

— Não diga nada, camarada! – Pedi.

— É a sua bolsa, não é?

— É...

Me agachei e peguei uma camisinha, depois comecei a pegar as outras espalhadas. Ele se ajoelhou ao meu lado e me ajudou a guardar tudo na bolsa.

— Você estava se preparando para ir em uma guerra?

— Eu disse pra não falar nada! – Grasnei.

— Desculpe. Mas... são doze camisinhas. – O sorriso dele aumentou.

Porra, eu vou socar a sua cara!

— Sou uma mulher previnida. E vê se não enche, camarada.

— Uma mulher que gosta muito de uva...

Bati em seu braço.
— Cala a boca!

— Safada! – Ele gargalhou.

Ri.
— Me diga algo que eu não sei?

— Vikka deve estar espalhando que eu estou com uma garota pelada no quarto.

— Porra! Você só pode estar de brincadeira. Caralho, isso...

— É a Vikka.

Eternamente SeuOnde histórias criam vida. Descubra agora