Capítulo 17

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-Alexander Blackwell (Dois dias depois) –

Virei minha poltrona um pouco para o lado e tranquei meu olhar na mulher deitada na cama esparramada. Tínhamos pegado o voo de madrugada para que chegássemos em Londres ainda de dia. Não havia contado a ela, mas arranjei uma visita a uma casa de campo com as descrições perfeitas de tudo que ela sempre sonhou. Era longe o suficiente da cidade para que aquele charme do interior rodeasse a propriedade inteira. Estar lá era como entrar em nosso próprio sonho, as árvores, a grama, as montanhas, as pontes de pedra, tudo tinha um charme que eu e Sophia sempre fomos profundamente apaixonados por ver.
Nós também ficaríamos em um apartamento ao invés de um hotel. Quero ter nossa privacidade para caso algo maior aconteça sem que planejamos. Quero literalmente fazer dessa viagem, a melhor das nossas vidas.
Minha garota agora vira de costas, a blusa sobe mais um pouco deixando uma maior parte da barriga a mostra. Passo o dedo indicador pelos meus lábios não conseguindo pensar em outra coisa além de beijar toda a extensão daquela barriga lisa, das suas coxas grossas e dos seios grandes. Venho sonhando em colocar minha boca no seu corpo todo por muito tempo agora, mas se ela queria esperar, assim seria... eu faria a espera valer a pena para mim e especialmente para ela

"você sempre amou me observar, não é?" – volto meus olhos para o rosto amassado e extremamente fofo da minha menina enquanto um sorrisinho esperto e convencido brincava naqueles lindos lábios.

"o que posso dizer? Você ofusca qualquer coisa ao seu redor" – ela solta uma risada e estica os braços espreguiçando como um gatinho manhoso.
Não consigo me conter. Levanto da poltrona em passos lentos e vou até a cama me sentando na beirada podendo assim ficar cara a cara com ela. Seus fios negros de cabelo eram uma bagunça fofa e movido pelo costume comecei a passar meus dedos pelo seu sedoso cabelo arrumando como conseguia. Seus olhos ainda estavam fechados quando ela moveu a cabeça para o meu colo me dando acesso a todo o comprimento do seus longos fios. Com o movimento sua maravilhosa bunda marcada perfeitamente por aqueles jeans brancos fica empinada e bem evidente.
Claramente ela ainda não entendia o tipo de efeito que causava em mim.
Mesmo depois de nove anos tentando mostrar a ela.

"senti falta de você fazendo isso..." – sua voz ainda era afetada pelo sono, era doce e devagar e o tom que eu mais gostava de ouvir saindo dos lábios dela

"senti falta de te ver acordar" – digo no mesmo tom, baixinho mesmo que ninguém pudesse nos ouvir – "essa carinha de gatinha preguiçosa é a coisa mais fofa do mundo" – ela solta uma risada fraca cheia da preguiça que mencionei

"quanto tempo dormi?" – ela se senta na cama e começa a passar os seus próprios dedos pelos cabelos que agora batiam um pouco abaixo da cintura.

"quase dez horas" – ela arregala levemente os olhos e olha para o relógio em seu pulso

"acho que estava mais cansada do que pensava" – ela diz se ajeitando ao meu lado cruzando as pernas esticadas

"temos duas horas e doze minutos restantes de voo... sei de algumas atividades que vão fazer passar o tempo bem rapidinho" – encaro seu corpo todo até chegar aos seus olhos verdes que por mais que ela quisesse esconder, ardiam no mesmo desejo que os meus. E talvez aquilo que as pessoas falam sobre você poder ver sua alma e seus mais profundos desejos nos olhos da pessoa que ama, não seja tão mentira assim.

"você não perde mesmo seu tempo em" – ela diz tentando soar desinteressada, mas eu sabia que estava com tanta vontade quanto eu.

"ficou com alguém durante esses meses?" – a pergunta me assombrava a algum tempo já, só faltava coragem de perguntar por morrer de medo da resposta.
  Ela, ao contrário de mim, me lança um sorrisinho sapeca e levemente malvado que sempre fez minhas tripas virarem açúcar dissolvido em água.
  Antes que eu percebesse, ela já estava sentada em meu colo com uma perna de cada lado do meu corpo. seu quadril firmemente posicionado contra extensão já meio ereta não estava ajudando em nada.
  As mãos pequenas e delicadas deslizaram para dentro da minha camiseta e as unhas médias arranham meu abdome lançando uma corrente elétrica por todo meu corpo e um arrepio se instala por cada cantinho da minha pele. 
  Seu cabelo roça contra meu rosto quando ela aproxima o rosto do meu e a boca cola em meu ouvido para sussurrar:

"algum problema se eu tivesse dormido com alguém? - ela pergunta com a voz doce e entre minha respiração acelerada pela adrenalina correndo em minhas veias e excitação de semanas ao seu lado sem poder toca-la do modo como eu tanto desejava, eu consigo responder

"voce é minha e sabe disso... sempre foi minha... sempre vai ser minha –eu vejo sua própria respiração acelerar e o pulso em seu pescoço aumentar conforme ela absorvia minha resposta. nós dois estamos condenados a esse desejo, essa luxúria pelo resto das nossas vidas, e bom... não posso realmente reclamar disso. 
  Cansado de toda a provocação dela, agarro sua cintura com as duas mãos e trago sua boca para a minha, beijando-a profundamente do jeito que eu sabia que nós dois queríamos, que nós dois precisávamos. A boca dela era meu paraíso, diferente de tudo que já senti antes de te-la na minha vida. Nada se comparava a ela. 
  Quando a beijei pela primeira vez naquela festa, eu sabia dentro de mim que ela era tudo que eu sempre sonhei e nem sabia que precisava. 

"Não vamos fazer isso no avião – ela sussurra tão dolorosamente perto da minha boca, que eu podia sentir seu gosto sem nem precisar beija-la de novo.

"eu sei que não" – digo mantendo a mesma distancia dos seus lábios – mas nós dois precisamos de alívio  – ela não me impede quando abaixo minhas mãos e desabotoo a calça jeans branca para encontrar sua intimidade já molhada escondida apenas pela renda fina e macia. Adoro o barulho fraco e sem ar que sai da sua boca quando encontro seu clitóris úmido e começo a esfregar lentamente tirando ela uma lufada de ar e um suspiro de alívio.
  Ela move as pequenas mãos até achar os meus botões da calça jeans e abri-los até achar minha cueca e abaixa-la também para libertar meu pau já duro e implorando por um toque seu. 
   Ela foi rápida em já começar a mexer a mão para cima e para baixo na mesma velocidade que eu estava masturbando ela. tirando gemidos do fundo da minha garganta quando seu dedo passou pela cabeça do meu pênis e coletou o pré-gozo dali. 
   Ela estava dolorosamente molhada. Eu não queria nada mais do que arrancar suas calças e esse cropped de renda que ela usava e sentir seu corpo nu debaixo do meu enquanto eu trabalho para deixa-la mais e mais a beira do precipício do seu prazer.
Sophia estava perto. Ela enfiou a cabeça entre meu ombro e meu pescoço enquanto gemia contra minha pele docemente deixando evidente o quanto estava gostando da nossa brincadeira tanto quando eu estava. A sua outra mão agarrou meu ombro enterrando as unhas na minha camiseta e eu sabia que ela estava quase gozando também. 
  Eu estou perto... perto demais... a puxo para mais perto de mim para poder enfiar meu rosto em seu pescoço e cheirar seu aroma doce e cítrico que eu tanto amava. 
  Um último gemido alto vem dela e eu sinto os espasmos que ela dá enquanto goza lindamente na minha mão, porém não para de mexer a mão. seguido por seu orgasmo eu deixo um gemido mais alto sair que vibra por todo meu corpo conforme chego ao meu limite junto com seus últimos gemidinhos e suspiros de alívio.
    A mão dela está molhada conforme levantamos os olhares da pequena bagunça prazerosa que causamos em nós mesmos e trancamos nossos olhares um no outro com uma gratidão silenciosa. Não precisávamos falar mais nada por enquanto, mas no fundo mesmo... ambos sabíamos muito bem o que sentíamos... 
   Ela só não estava pronta para deixar tão aparente quando eu deixava basicamente toda maldita vez que olhava para ela por mais de um segundo.

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