- POV Alex Blackwell –
Quando abro os olhos imediatamente queria fecha-los de novo, mas não pela claridade ou algo assim, mas por causa da carícia no meu cabelo. Dou uma espiada então percebo que minha cabeça está nos peitos de Sophia e sua mão fazia a carícia em minha cabeça. Quando paro para pensar, nem me lembro de ter adormecido ontem a noite, a última coisa que me lembro é nós dois sentados na cama da suíte master do apartamento conversando sobre alguma coisa boba.
Ela percebe que estou acordado e me dá um sorriso preguiçoso que me diz que ela não está acordada a muito tempo."bom dia" – ela cumprimenta com a voz baixa quase não sussurro
"bom dia" – digo de volta me agarrando mais nela e enfio meu rosto nos seus peitos deliciosos fazendo-a soltar uma risada
"confortável aí embaixo?" – dou uma risada rouca
"um ótimo café da manhã se me permite dizer" – ela agarra minha cabeça e me traz para dar um selinho nos meus lábios que eu faço questão de transformar em um beijo de verdade.
Quando nos separamos e ela está ofegante, um sorrisinho está plantado em seus lábios vermelhos."tinha me esquecido como é enérgico pela manhã" – esfrego meu nariz pelo seu pescoço me deliciando com seu cheiro cítrico e doce dos hidratantes que ela passa na pele para prevenir que mais das charmosas marquinhas brancas chamadas estrias apareçam em sua linda bunda e nas coxas. Ela odiava e no começo quando beijava as marquinhas suas bochechas coravam, mas ela nunca me impediu e quando finalmente notou o quanto idolatrava seu corpo apesar dessas "imperfeições", me disse que isso a fez me amar ainda mais. E sua autoconfiança apesar delas, também me faz a amar ainda mais.
"preciso da minha corrida matinal... ou algum outro tipo de exercício aeróbico também pode servir muito bem" – ela solta uma risada e planto mais beijos em suas bochechas, na boca e em seu colo descoberto pelo pequeno baby-doll rendado preto.
"falando em corrida, eu acho que a gente melhor levantar e fazer o que temos de fazer logo, porque as nuvens estão cada vez mais escuras lá fora" – suas mãos me empurram de leve e caio no meu lado da cama. Enquanto ela se levanta e se estica toda enquanto espreguiça, eu fico deitado admirando cada detalhe do corpo da minha deusa.
Solto um suspiro sem desgrudar meus olhos dela.
Não conseguia acreditar que ela havia me escolhido, agora não só uma, mas duas vezes.
Ela desce uns dez minutos depois de mim e se senta no meu colo enquanto bebe do seu copo de café. O tempo lá fora estava bem nublado e mesmo dentro de casa já se dava para ouvir os trovões reverberando pelo céu cinzento.
"o que quer fazer hoje?" – ela pergunta após alguns minutos em silencio
"tenho um lugar para te mostrar. Não sei se vai gostar, mas quando vi pelas fotos fiquei animado para conhecer" – ela assente – "e, talvez você queira deixar os saltos de lado hoje e levar uma bota ou tênis que não fique manchado depois de pisar na lama" – ela levanta a sobrancelha como sempre faz quando está morrendo de curiosidade.
"onde é? É um castelo?" – solto uma risada plantando um beijo em sua testa antes de tira-la do meu colo e me levantar da cadeira
"se eu contasse estragaria a surpresa não acha?" – ela revira os olhos, mas um lindo sorriso enfeitava seus lábios pintados de rosa claro.
-POV Sophia Parker –
O caminho levou quase cinquenta minutos do centro de Londres onde estávamos hospedados até uma parte do interior da cidade cheia de casas de pedras e jardins inacreditavelmente lindos. As montanhas e grama verde que cercavam aquele pedaço era de fazer qualquer um suspirar, até o ar ali parecia diferente, algo sobre aquele lugar me fazia me sentir muito mais em casa do que em muitos outros lugares que morei durante meus 26 anos de vida.
Andamos por uma estradinha de pedras até alcançarmos uma das casas no mesmo estilo das anteriores só um pouco mais moderna e um pouco maior do que as anteriores. Paramos dentro de uma garagem e quando saímos do carro Alex me guia até a parte da frente.
Era simplesmente o lugar de todos os meus sonhos, na verdade, muito mais do que sempre imaginei. E por um momento eu quis viver aqui até o resto dos meus dias. Consegui me imaginar aqui bem nesse jardim, segurando um bebe recém-nascido nos braços.
Apenas sorrio com esse pensamento, guardando-o para mim por agora."então..." – ele diz se aproximando ainda mais de mim e também olhando os arredores da propriedade enquanto andamos até as escadas de pedra para acessar a parte de dentro da casa – "o que acha?"
"é simplesmente..." – solto um suspiro e alargo ainda mais meu sorriso – "perfeito" – ele sorri em resposta. O cheiro de flores, árvores, grama e terra úmida eram melhores do que qualquer calmante que qualquer um dos meus médicos puderem me receitar. Colocar meus pés nessa grama, andar por essas terras sem pensar em nada, sem me preocupar com que horas são, ou com o que preciso fazer daqui vinte minutos, onde preciso estar em quarenta minutos ou que avião tenho que pegar no dia seguinte, apenas estar aqui é melhor do que qualquer remédio... cem, mil vezes mais eficaz – "de quem é?" – pergunto apoiando minha mão levemente no corrimão enquanto subíamos até a porta de entrada. Desse ponto a visão já era espetacular, o que me fez ainda mais ansiosa para descobrir como era a vista de lá de cima.
"pode ser nossa se você quiser" – meu pescoço quase estrala com a rapidez que viro minha cabeça para ele, tentando assimilar se eu estava realmente escutando aquilo ou era apenas minha mente pregando peças. Mas quando vejo seu sorriso, lindo, brilhante, animado e acima de tudo... completamente apaixonado, eu sei que não era brincadeira, eu não estava imaginando. Ele estava falando sério.
"me diz que não é uma piada" – minha voz era baixa, ainda não conseguia acreditar que estava mesmo acontecendo, que eu estava prestes a ter uma casa no meu lugar preferido no mundo... com a minha pessoa preferida no mundo.
Eu não me seguro, não ligo para o que o lado cuidadoso da minha mente diz para o lado impulsivo quando pulo em seu colo rindo e dando gritinhos animados como uma garotinha de cinco anos que ganhou a boneca dos seus sonhos ou do jovem de 16 anos que acaba de ganhar o carro dos seus sonhos.
Seus braços agarram minha cintura e ele me segura perto e apertado, como se estivesse esperando para me tocar daquela maneira a tempo demais e finalmente estava ganhando o que queria.
Era incrível como eu conseguia sentir o amor por aquele aperto, aquele abraço tão... íntimo... sentimental de uma forma que não tínhamos compartilhado a mais de um ano... e que até sentir de novo, eu não sabia o quanto tinha feito falta.
Nos afastamos milimetricamente, mas não sai do seu colo, eu não ousaria. Nossos olhares se conectaram e eu senti dentro de mim no fundo da minha alma, aquela corrente elétrica de atração avassaladora que havia sentido na primeira vez que olhei desse jeito em seus olhos.
Nós não sorríamos mais, estávamos profundamente naquele momento, naquela atração, naquele magnetismo para mesmo sorrir.
Eu senti ali mesmo.
Ele ainda era meu do mesmo modo que eu era sua.
Do mesmo modo que eu nunca deixei de ser e que eu vejo agora, que ele também nunca deixou de ser.
De repente ele estava ali de novo.
Meu marido.
Meu namorado.
O cara por quem me apaixonei loucamente e a quem vou amar até o fim dos meus dias nessa terra.
O cara que mesmo quando esse mundo seja apenas um sussurro de poeira entre as estrelas, eu ainda vou ama-lo, assim como diz em nosso livro preferido.
Eu queria tudo com ele, mesmo as coisas que antes nunca quis.
Eu queria os dias bons, os dias ruins, as viagens, a distância de vez em quando, as brigas, as reconciliações, os beijos, o sexo, o amor, a paixão, a casa... e agora, acima dessa coisas... eu queria o bebe.
Eu queria o fruto do nosso amor crescendo dentro de mim e depois de ter nascido, quero assistir crescer, andar, me chamar de mamãe, amar esse lugar tanto quanto eu e alguém para compartilhar um outro tipo de amor incondicional. Alguém que da mesma maneira que Alex nunca vai me deixar, também nunca me deixe.
Com esse pensamento eu nem percebo que estou chorando silenciosamente até que ele passe os dedos pelas minha bochechas limpando as lágrimas."fiz alguma coisa errada?" – ele pergunta baixo pela distância em que estávamos. Eu olho para ele, não conseguindo parar as lágrimas... e muito menos o sorriso.
"não..." – digo com a voz fraca. Passo meus dedos pelo seu rosto – "você fez absolutamente tudo certo" – não digo mais nada antes de beija-lo devagar no começo. Ele me aperta um pouco mais e enquanto me baqueteio dos seus lábios, do amor e do carinho, sinto pingos fortes de chuva caindo sob nós cada vez mais rápido até que nos separamos um pouco e começamos a rir conforme ficamos mais e mais ensopados.
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Once Again (pt-br)
RomanceThe Blackwell Family Duology Livro I O que fazer quando a pessoa que voce mais ama no mundo te machuca, quebra seu coração em mil pedacinhos? Eu estava positiva de nada assim nunca aconteceria comigo. Como poderia imaginar? Como poderia saber que...