Epílogo - parte final

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  Depois de Alexa capotar na cama com seu filhotinho dormindo na caminha colocada ao lado da dela, fechei a porta devagar e voltei ao meu quarto. Lá dentro ouvi Sophia cantarolando no banheiro que tinha a porta meio aberta. Ela estava no chuveiro e agora que sabia sobre a gravidez, fazia mais sentido seu corpo estar ainda mais gostoso do que antes.
As vezes me sentia inseguro com nossa diferença de idade agora que meus cinquenta anos estavam mais próximos do que os quarenta, mas ela sempre dizia que eu estava melhor do que nunca e não me trocaria por nenhum outro carinha de 20 anos em plena forma.
Eu me cuidava, é claro. Tinha um corpo muito em forma pela minha idade e fazia questão disso. Mas as vezes vê-la tão linda e madura quanto agora me deixava inseguro e não era algo que eu podia evitar. Porém não podia reclamar de quando ela me fazia esquecer isso em segundos seja na cama, no sofá, no escritório, na sala de conferencia, no banheiro ou na cozinha. Eu amava o quanto ainda éramos aptos a experimentar coisas e lugres novos e eu nunca iria me cansar da sua expressão quando tentava algo novo em um lugar diferente.
Ela me vê quando vira o corpo. Um sorriso aparece nos seus lábios e ela tira a água dos fios negros do seu cabelo longo. Entro no banheiro de uma vez e pego a toalha da mão dela fazendo questão de secar seu corpo devagar admirando cada curva, cada marca que ela as vezes não gostava tanto. Seus olhos lindos me acompanhavam em cada movimento que eu fazia com a toalha em seu corpo, me olhava com ternura e sempre uma ponta de gratidão. Ela dizia que era por tudo que eu tinha dado a ela, mas honestamente, ela me deu muito mais do que eu a ela, e mesmo depois de 19 anos em que conheço e sou completamente louco por essa mulher, eu tenho a certeza de que nunca vou me cansar de nada sobre ela, nada do que ela faz.

"acho que é menino" – ela diz quando coloco a toalha em cima da pia. Não consigo conter um sorriso

"seria divertido ter um menino" – já consigo pensar em todas as coisas que todos nós iriamos fazer juntos.

"com certeza seria, e Alexa iria amar ter um irmãozinho" – ela passa os braços pelo meu pescoço e nos olhamos profundamente. Solto uma risada fraca – "o que?"

"ainda consigo sentir exatamente o que senti quando segurei você assim pela primeira vez" – ela sorri lindamente – "nada mudou... e nem vai mudar"

"muito bom saber disso... porque eu sou louca por você do mesmo jeito que fui desde aquela noite" – é isso que ela diz antes de me beijar. Abaixo minhas mãos pelo seu corpo nu até chegar na sua bunda e aperto a carne ali fazendo-a gemer. Dou um impulso para pega-la no colo e ando com minha menina nos braços até nossa cama onde deposito ela devagar lembrando que agora não era mais só ela. Tínhamos um bebe para considerar.

"quer mesmo fazer isso?" – pergunto ofegante e quase babando de desejo de pegar um daqueles seios inchados na minha boca e chupar seu mamilo rosado até cansar

"se soubesse o quanto eu quero rasgar essas suas roupas pra sentir você dentro de mim, não estaria perguntando isso" – aquilo foi o fim para mim.
Avancei sobre ela tomando seu lábios e passando minhas mãos em cada cantinho do corpo da minha Deusa.
Ela iria ser minha perdição um dia.
Disso eu tinha certeza.

-Meses Depois (São Francisco, CA) –

Nossa casa estava silenciosa o que era um milagre considerando a loucura das nossas vidas.
Alexa estava dormindo ainda depois de ter ficado na casa da avó até tarde da noite fazendo biscoitos de natal e decorando as casinhas. Ela dizia que era um treinamento para nossa pequena competição de todos os anos quando íamos para Itália na casa de campo dos meus pais e passávamos a semana do natal lá até a segunda semana de janeiro.
Max dormia no seu lugarzinho preferido na sala bem pertinho da lareira acesa. Sua caminha com os brinquedinhos e um potinho de água estavam ali do lado para fazer sua diversão enquanto Alexa não acordava para brincar com ele.
Noite passada ficamos acordados praticamente a noite toda com nosso filho.
Ele parecia calmo e tranquilo, mas quando chorava era algo de cortar o coração, porque ele só o fazia quando tinha algo errado e as vezes nenhum de nós dois conseguia descobrir o que era que estava passando com nosso pequeno.
Agora ele dormia calmamente nos braços da mãe que estava deitada na poltrona de amamentação. Seu cabelo estava preso em uma trança longa e ela usava nada mais do que um moletom meu que ia até a metade das suas coxas.
Ela não acreditava em mim quando eu dizia que era uma super mãe e uma super mulher, mas isso aqui, essa imagem só provava o quanto eu estava certo de chama-la assim.
As vezes ela pensava demais e não fazia o que tinha vontade por medo de decepcionar um de nós, mas é aí que eu entrava tentando tirar todas aquelas preocupações da sua cabeça e a incentivava a fazer o que a fazia feliz de verdade. A felicidade dela era a nossa e nós dois sabíamos que ela era uma mãe melhor quando estava feliz e satisfeita consigo mesma.
Chego perto dela e com muita calma, tiro nosso filho do ombro dela e coloco-o no berço
Ao contrário do que aconteceu com Alexa, nós dois tínhamos certeza desde o começo sobre qual seria o nome do nosso bebe. Foi um nome que se encaixou imediatamente com o que queríamos e ficamos encantados assim que ouvimos. Era um nome de príncipe então caiu muito bem.
Nosso pequeno se chamava Henry. E eu ainda não conseguia acreditar que tinha um filho recém-nascido. Era muito louco pensar que com a minha idade eu estou vivendo tudo de novo, vou começar a criar outro filho do zero.
Mas, porra, como eu estou feliz.
Sophia se mexe na cadeira e quando abre os olhos sorri pra mim.

"não quis te acordar" – digo baixinho. Ela balança a cabeça

"preciso mesmo ir pra cama" – sua voz estava completamente cansada, então para ajudar, passo meus braços pelo seu corpo e a pego no colo carregando-a até nossa cama – "você é a melhor pessoa do mundo" – seus olhos estavam fechados e a voz parecendo cada vez mais pesada pelo sono que tomava mais e mais conta do seu corpo.
Ouço passos no corredor e uma Alexa descabelada entra no nosso quarto sem dizer nada vindo direto para cama.

"posso também?" – as duas assentem ao mesmo tempo e me deito no meio delas trazendo ambas para o meu peito deixando-as bem grudadas em mim. Conseguia sentir o cheiro de bebe das roupas e da pele de Henry pelos cabelos da minha esposa e sorri. Isso era como uma manhã ideal para mim acontecia.
Olho de uma para a outra e me lembro daquela época em que estava tão perdido que nunca achei possível realmente sair do fundo daquele poço. Nunca poderia imaginar que um dia estaria deitado na minha cama, na minha casa com o amor da minha vida e nossa pequena princesa, além do outro príncipe dormindo no quarto ao lado do nosso.
Um filme da minha vida toda rola na minha cabeça e sinto uma necessidade de apertar as duas mais ainda contra mim.
Percebendo isso, Sophia abre os olhos pesados e me encara.
Ela sabia o que estava passando pela minha cabeça, então apenas sorri, se estica um pouco e planta um beijo na minha testa e depois nos meus lábios.
Uma promessa.
Uma promessa feita e agora reforçada de que sempre estaríamos presentes e que nunca um de nós tentaria mais do que o outro.
Não é fácil, nem nunca vai ser.
Mas tenho certeza que vamos viver a melhor vida possível tentando todos os dias ser a melhor versão de nós mesmos que conseguirmos ser.

THE END 

Once Again (pt-br)Onde histórias criam vida. Descubra agora