Moça, sai da sacada
Você é muito nova pra brincar de morrer
Me diz o que há
O quê que a vida aprontou dessa vez?
22 de Fevereiro de 2017
Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos
01:23 A.M.
P.O.V. Hope Brown
— Puta que pariu, docinho. Você consegue melhorar cada vez mais — Completamente nua ao lado do homem de pele escura, me limitei a sorrir enquanto ele tirava a camisinha usada do seu pau já murcho
— Aqui na Red oferecemos sempre os melhores serviços, Alex — Esperava que a armagura da minha voz não estivesse tão explícita, mas pela forma como ele me encarou e sorriu malicioso, soube que não estava. De pernas abertas, estirada sob o lençol claro daquela cama, vi o exato momento que o homem colocou uma mão em cima da minha buceta
— Tão lisa e rosadinha, sempre pronta pra mim — Para você e outros milhões de caras
— Tenho que ir — Tirei meu corpo do seu alcance ao me levantar, rapidamente peguei minhas peças de roupas jogadas pelo chão do quarto, ignorando o olhar pesado de Alex sob mim, ele não tinha dinheiro para pagar por mais algumas horas e uma das regras de Andrew é que não devemos perder tempo papeando com os clientes
— Até semana que vem, Hope — Sorri sem mostrar os dentes e ao verificar minha aparência em frente ao espelho, percebi que o espartilho vermelho já estava devidamente colocado em meu corpo, marcando por completo todas as minhas curvas
Essa foi a deixa que precisei para dar o fora dali.
O pagamento sempre acontecia antes da transa, eles acertavam o valor com a Amélia e eu era apenas o prêmio a ser levado para um desses quartos sujos. Encostei o corpo na parede do corredor iluminado daquele local, algumas garotas passavam acompanhadas por homens de terno, portando rolexs que valeriam mais do que a mobília inteira do meu apartamento.
Me sentia suja, como sempre acontecia depois de uma transa, mas não tinha tempo para tomar um banho agora, a noite estava apenas começando.
Suspirei fundo antes de reunir coragem o suficiente para descer até a pista central da boate, Lips hoje estava lotada, sentia os olhares em cima de mim, salivando como se eu fosse um pedaço de carne, o que infelizmente, não era de toda mentira. Procurei Geni entre as pessoas e a encontrei escorada no bar, não tínhamos sido escaladas para o palco essa noite e minha garganta seca indicava que eu também precisava de um drink. Me aproximei da ruiva que inerte em seus próprios pensamentos nem ao menos viu a minha chegada.
Pedi três doses de tequila chamando a atenção do bartender e de minha melhor amiga, ela estava escultural nesta quarta-feira. Apesar de ser mais magra do que eu, Geni sabia como utilizar seus seios fartos para conquistar qualquer cara, seus longos fios vermelhos deixavam a maioria dos marmanjos de quarto por ela e apesar de não ser ruiva natural, ela sabia como usá-los muito bem. Branco era definitivamente sua cor. Trajava nesse momento uma lingerie dessa tonalidade, a calcinha fio dental dela era tão minúscula que quase se passava imperceptível, seu sutiã rendado chegava a brilhar perante os Leds do local.
E é claro, a maquiagem impecável.
As bebidas foram colocadas na minha frente, virei todos os copos de uma vez sem me importar com o limão e o sal, pigarreei alto e tombei a cabeça para trás sentindo o líquido queimar a minha garganta. Quando voltei a postura anterior, logo encarei a pista lotada com certo receio. Quanto tempo teria de descanso até o próximo cara? Fitei Carla no palco, a morena sensualizava no poli dance se tornando a atração principal dali, seus grandes olhos verdes penetravam qualquer um que ousasse olhar para ela, tão dominante, tão certa de si mesma. Desviei o olhar focando em uma mesa qualquer, rodeada por homens jovens, percebi que se tratava de estudantes ao ver a mochila de cada um jogada na parte de trás da cadeira, a visita de universitários era comum ali e isso não me surpreendeu, mas assim que vi um loiro arrumar uma carreira de pó para inalar, meus músculos travaram. Justin. Inevitavelmente ele veio em minha mente, balancei a cabeça para expulsa-lo mas não adiantou. Depois que cuidei dele em seu estado deplorável, acabei por adormecendo no sofá e quando acordei, ele já não estava mais ali. Confesso que uma parte minha se incomodou com o fato dele nem mesmo ter agradecido, mas decidi não dar ouvidos a ela. Desde então, em intervalos de tempos, seus olhos castanhos tomam conta de meus pensamentos e eu não consigo parar de refletir como é que ele deve estar.
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Purpose
Teen Fiction" Vícios. Eles fodem a gente mais do que se pode compreender em apenas um relato, quando coloquei os meus olhos em você pela primeira vez, soube que assim como eu, estava perdido em uma rotina maldita de se maltratar todos os dias, porém, diferente...