Purpose

Made u happy

Pois sou capaz de mudar meus planos

Por uma vida só com você

Por nossa história, por nossos sonhos

Por um final feliz

Um olhar, um beijo e a tristeza vai ter fim

(Deixa eu te fazer feliz)

18 de Março de 2017

Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos

04:20 A.M.

P.O.V. Hope Brown

Justin me fitava como se esperasse que eu gargalhasse em sua frente, como se ansiasse que o que acabei de dizer fosse apenas um lapso e que logo voltaria atrás nas palavras proferidas, todavia, isso não iria acontecer, eu não ia recuar, não agora, não depois de finalmente ter admitido que pela primeira vez em 18 anos estava gostando de alguém.

E por mais que isso me assustasse, dessa vez, lidaria com todas as consequências

— Hope... — Bieber se levantara, os papeis haviam se invertido, agora era o loiro quem se encontrava transtornado. Ele deu alguns passos para trás, como se tivesse sentindo o baque da revelação — Você, isso....isso é a droga falando, você não está apaixonada por mim. Você não pode estar apaixonada por mim — Seus olhos me suplicavam para que eu lhe dissesse que ele estava certo, para que retirasse o que tinha dito e admitisse estar fora de mim. Por quê Justin parecia tão assustado? Não estou lhe cobrando reciprocidade aqui — Não, não, não — O loiro levara ambas as mãos ao coro cabeludo, ele afundou os dedos em seu cabelo procurando que os fios lhe trouxessem uma saída que ate então, nenhum de nós dois conseguia enxergar

— Justin.... — Toda a tremedeira já tinha passado, meus nervos ainda se encontravam a flor da pele e as batidas de meu coração continuavam a indicar que a cocaína até aquele momento corria dentro de minhas veias — Eu não estou te pedindo nada —O loiro cravara as íris em mim, tentei me levantar para chegar até ele mas ainda não tinha forças o suficiente para o fazer, a expressão de Bieber fora tomada em uma preocupação evidente, todavia, ele não voltou a se aproximar

— Não vou te deixar sozinha no dia de hoje, mas...porra, apaixonada?! Isso não pode acontecer, caralho — O que ele queria que eu dissesse? Não estava nos meus planos entregar meu coração quebrado a alguém que não tinha capacidade nem de cuidar dos seus próprios cacos — Não posso ficar perto de você agora, Hope. Eu...eu não consigo — Vi em sua face, o quanto Justin lutava para permanecer ali, o medo de que talvez ele fuja e eu nunca mais o veja, me fez arregalar os olhos

— Não vai embora — Minha voz saiu em um fiapo, quase que sussurrando, consegui captar a atenção do loiro, ele suspirou profundamente, em seguida, começou a andar de um lado para o outro no quarto, inquieto e agoniado, parentava travar uma guerra interna que quase o matava — Você está me preocupando — Meus sentidos estavam um pouco confusos, por isso, quando ele parou de se mover e me encarou, não sei dizer se o que vi fora raiva ou tristeza em seu olhar

— Preciso de drogas, preciso usar qualquer merda e NÃO TENHO PORRA NENHUMA PORQUE VOCÊ MEXEU NAS MINHAS COISAS. — Ele gritou, fechando suas mãos em punho, me encolhi na cama, não porque estava com medo dele, mas porque uma lufada de ar gelada se apossou de minha espinha — Fodase....apaixonada? —E novamente o que lhe falei foi colocado na mesa, esse era o assunto central de qualquer jeito, e por mais que Justin tentasse fugir, a merda já tinha sido jogada no ventilador — Você é doente? Como pode se apaixonar por um cara como eu? Você é cega, porra? Nós dois...aonde isso daria certo, Hope? — Não precisava que ele jogasse na minha cara o quão idiota fui ao me deixar ser envolvida pelos seus braços que quando me seguravam, agiam como se nada no Mundo pudesse me atingir