Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir
02 de Janeiro de 2016
Los Angeles, Califórnia - Estados Unidos
10:50 P.M.
P.O.V. Narrador
Era uma noite fria do primeiro mês do ano, em lados opostos da cidade, Justin Bieber e Hope Brown se preparavam para mudar de vida, ambos faziam suas malas, alguns ousam dizer que a data em comum é pura coincidência mas há uns loucos que acreditam que a história dos dois começou aí. Antes mesmo de terem cruzado o caminho um do outro.
Enquanto a morena deixava o choro lhe consumir por inteira ao juntar as poucas peças que tinha na mansão dos Brown, o até então herdeiro Bieber, não derramava uma lágrima sequer. Justin estava cansado de sofrer pela perda de sua amada, saturado por carregar a cruz que o crime cometido lhe trouxera e definitivamente pronto para deixar tudo e todos para trás.
As coisas eram diferentes entre Hope e Justin
Claro que ambos precisavam de um recomeço mas estavam se jogando de um penhasco, sem ideia do que os esperaria no final. Tão jovens, tão tolos. Brown tinha esperanças que dias melhores viriam, pois já não suportava mais ser saco de pancadas de Ruby. Além do mais, sabia que não faria falta alguma para ninguém daquela família porque não pertencia ali, era uma adotada, coisa que suas irmãs sempre colocavam em pauta dentro de uma discussão. Sendo assim, Hope não iria se despedir de ninguém.
Pelo contrário, rezaria para que não fosse vista
Para Justin, as coisas eram um pouco mais complicadas, sua irmã, Jazmyn, não o deixaria partir sem antes lutar por ele. Por isso, a loira estava agora no quarto do irmão mais velho, implorando para ele reconsiderar as suas escolhas. Ela não entendia, como poderia entender? Justin não queria mais viver. Abby fora tirada dele, a mulher da sua vida, a futura mãe de seus filhos, seu porto seguro, sua âncora. Era isso, sem a jovem portadora dos olhos verdes mais lindos que Justin já vira, ele estava se afogando. Aproveitara o fato de que seus pais não estariam em casa para ir embora, mas claro que não seria tão fácil se considerar a presença de sua irmã mais nova.
Era de conhecimento geral o desapreço que Jazzy possuía por Smith mas não desejava sua morte, jamais seria capaz disso tendo ciência de que tal acontecimento destruiria seu irmão, a pessoa que ela mais amava no Mundo.
Porém, a adolescente não tinha poder para impedir o acidente e antes que se desse conta, Justin, a quem ela jurou proteger, já estava destruído
Nunca estamos preparados para perder alguém que amamos. Esse é um fato que na maioria das vezes optamos por ignorar, acreditando ingenuamente que teremos tempo o bastante para aproveitar ao lado do outro. Não temos e não adianta batermos o pé contra o universo, ele sempre vencerá.
Alguns pingos de chuva começavam a cair do lado de fora da residência dos Brown quando Hope finalizara a sua mala, ela colocou o objeto no chão e se retirou do quarto sem olhar para trás. Tudo estava escuro na mansão mas a morena conhecia cada pedaço da residência de olhos fechados, por isso, atravessou o corredor e alcançou as escadas em um passo de mágica, desceu as mesmas na ponta dos pés, carregando a mala nos braços, só esperava chegar na rua o mais rápido possível. Liberdade, era o que Hope acreditava que lhe esperava atrás das portas grandes do local, o que a pequena não fazia ideia era de que cairia em outra prisão. Uma até mil vezes pior. Ao pisar na sala, a garota suspirou, estava dando certo, ela conseguiria, ela finalmente conseguiria. Entretanto, antes que Brown alcançasse a saída, uma tosse rouca ressoou por ali, a acordando de uma só vez, fazendo com que derrubasse a mala no chão e um barulho alto se fizesse presente no ambiente. Droga. Hope levara ambas as mãos na boca para conter um grito, virou o rosto em direção ao som que lhe interrompera a caminhada dando de cara com Alec, filho dos Millers e até então, novo namorado da sua irmã. Tinha sido pega em flagrante e agora não fazia ideia do que falar ou fazer, a maior vontade da garota, era correr
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Purpose
Teen Fiction" Vícios. Eles fodem a gente mais do que se pode compreender em apenas um relato, quando coloquei os meus olhos em você pela primeira vez, soube que assim como eu, estava perdido em uma rotina maldita de se maltratar todos os dias, porém, diferente...