Capítulo 26

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    O dia amanheceu quase que normalmente, o único imprevisto era Rose me sacudindo e dizendo que eu dormia tanto que parecia uma defunta.
    Levanto da cama a contra gosto e tomo um banho para acordar. Coloco o uniforme e desço com minhas colegas de quarto. Eu estava com uma dor de cabeça insuportável, quando terminar de comer vou ter um encontro com madame Pomfrey, ela deve ter alguma poção pra isso. Sento na mesa da Grifinória com meus amigos, como um pouco dos ovos mexidos no meu prato e dou uma mordida na minha torrada quando corujas começam a entrar por qualquer espaço e a deixar cartas e pacotes com seus donos. 
  
   Raven, a minha coruja, voa na minha direção e pousa na mesa. O estranho é que ela parecia estar com a carta que enviei para o meu pai. Respiro fundo e pego a carta. Ela estava amassada e o lacre estava aberto. Talvez papai tivesse não soubesse o que fazer com a carta e acabou devolvendo a coruja.

   Abro a carta e tiro o papel do envelope. A minha caligrafia tinha sido coberta por outra, aparentemente feita as pressas e a unica palavra que estava escrito ali me fez congelar no lugar. Estava escrito " socorro ".

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Levanto da mesa com a carta na mão e procuro a diretora Minerva. Ela não estava aqui, deveria estar na sala dela. Vou quase que correndo até lá e meus amigos me seguem. Lágrimas de desespero começam a rolar e eles não entendem.

- Kate, você... O que aconteceu? - disse Rose. Eu nem olho direito para ela, apenas entrego o envelope. Quando lê ela arregala os olhos.

  Continuo o caminho até chegar a sala da diretora. Bato freneticamente na porta até escutar a voz dela.

- A porta está aberta, pode entrar.

Escancaro a porta com meus amigos me seguindo.

- P- professora M-Minerva! O meu pai ele.... Ele....

- Ele precisa de ajuda!- diz Rose me cortando, sinceramente não costumo gostar que pessoas me cortem mas nesse caso me sinto grata, demoraria o dobro do tempo para explicar tudo, afinal, não consigo parar de chorar. É fato que eu não estava recebendo cartas ou mensagens dele, mas sempre pensei que era porque ele estava ocupado. Me sinto uma péssima filha agora, se eu tivesse notado antes talvez a situação não tivesse chegado a esse nivel. Depois de olhar a carta a professora escreve um bilhete e o joga na lareira junto com um pó que deixou a lareira verde e sussurrou:

- Sala do ministro da magia.

Depois disso ela se dirigiu a mim.

- Vamos para sua casa imediatamente querida- Ela pegou minha mão e começou a sair da sala- Vocês três fiquem aqui e Alvo, avise ao seu pai e mostre a carta da srta. Riddle a ele.

   Ela seguiu comigo até os limites da escola em um passo incrivelmente rápido para a idade dela.

- Está pronta querida?

Eu assinto e e fecho os olhos. Logo sinto aquela sensação estranha no estomago. Quando abro os olhos novamente estou na porta da minha casa, mas não parecia a minha casa. A porta estava aberta, tinham janelas quebradas e rachadas e assim que chego perto consigo ver sangue no chão. Coloco as mãos na boca involuntariamente mas continuo seguindo a diretora Minerva. Rodamos a casa toda e não encontramos ninguém, mas os sinais de luta eram visíveis. Tinham moveis e objetos de decoração quebrados. No escritório folhas rasgadas e amassadas por todo canto, algumas com sinais de fogo. Quando estava saindo de lá algo me chama atenção. Tinha aparentemente uma mancha de tinta por debaixo das folhas no chão.

Me agacho e retiro as folhas. Alguém normal veria algo como pingos de tinta, mas na hora eu reconheci, era código morse.

            ". .-.. . / ...- --- .-.. - --- ..-"

  Levanto do chão e vou para a estante do meu pai. McGonagall me observa intrigada. Decido dar uma explicação.

- As manchas de tinta no chão, não são manchas normais, ele escreveu aquilo, é código morse, tem um livro sobre isso na estante dele!

Depois de finalmente encontrar o livro eu o abro e tento traduzir a mensagem deixada pelo meu pai. Demorei um pouco, eu não sabia muito bem sovre aquilo, mas quando era pequena meu pai me colocava no colo e falava como pessoas na época da guerra salvaram suas vidas por saber desse código. Começo a analizar os simbolos e a procurar as letras correspondentes.

- Acho que aqui é um " E". Ali parece um "L" e olha, outro "E".

Vou juntando letra por letra até que termino e olho para a diretora.

-"Ele voltou".

- O quê?

- "Ele voltou". Está escrito " ele voltou". Mas, quem? A senhora conhece alguém que invadia casas desse jeito?

- Pensei que tinha acabado...- disse a diretora com os olhos arregalados em uma espécie de transe- Ele... ele tinha morrido, mas parece que ele... Que ele voltou.

- Quem voltou professora?!

- Voldemort.

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Eu avisei que ia voltar com fogo no parquinho. Na moral vota ai que deu um trabalhão arranjar um jeito de fazer código morse certinho KKKK

Por hj eh só, até o próximo capítulo, que vai revelar o que estava acontecendo em hogwarts enquanto a kate está na casa dela e algumas coisinhas bem curiosas  sobre o passado, obg se vc chegou até aqui e deu uma chance para a fic.

Mas e ai? Como vc acha que td isso aconteceu e onde está o pai da kate?

Deixem seus comentários, teorias e votos, ajuda muito💕



A herdeira das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora