Capitulo 16 : Raízes

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      A primeira coisa que Katherine queria fazer era dar um abraço em Scorpius, mas como era orgulhosa demais para isso, e ele estava todo suado, decidiu não abraça-lo. Luck ainda jazia no chão, consciente, porém imóvel. Um pingo de pena se apossou de Kate, mas logo se esvaiu quando viu a expressão sombria de Luck.

- O que vamos fazer agora ? Por que tipo, ela tava fazendo uma grande porcaria. - começou Kate.

- Sinceramente, não faço a menor idéia. Isso pode dar o que falar no ministério, fora que ela pode estar sob efeito de alguma coisa. Afinal, que favor você fez  para ela  ?

- Eu... eu não sei.

                  1998 

  -  Quero que o deixe escondido. Ninguém pode saber dele até minha vitória.

- Sim, milorde. - um comensal assentiu, enquanto levava um menino, de dez anos.

Eles passaram por um corredor, que tinha uma fila de crianças sendo escoltadas para uma sala que ele conhecia muito bem, a sala onde torturavam e matavam pessoas inocentes. Quando olhou para a fila que seguia, uma menina  provavelmente da idade dele o encarou nos olhos. Não tinha medo naquele olhar, mas raiva e dúvida. E ela deixou nem claro na mente dele : " Isso é sua culpa." Em um ato que nem ele mesmo conhecia, parou de seguir o comensal.

- Parem !!!

- E quem é você para nos mandar parar ?

- Você não devia ter dito isso. Crucio !

     No chão, o comensal se contorcia e gritava de dor. O garoto odiava usar as maldições imperdoáveis, mas era o único jeito de impedir aquilo.
Ele se dirigiu aos outros comensais.

- Quem é o próximo ?

   Eles soltaram uns murmurinhos uns com os outros e ficaram em silêncio.

- Quero que os leve novanente às celas.

- Mas foi ordem do ...

- Eu sei de quem foi a ordem. Vou falar com ele, para mudar os planos. Deu um olhar para as crianças, por fora apresentava desdém, mas por dentro, torcia para que tudo aquilo desse certo.
   Voltou para a sala onde o pai estava, e bateu na porta.

- Quem é  ?

- Sou eu, pai.

- Entre, criança.

- Sobre as execuções...

- Você está questionando uma ordem minha ? - perguntou com um olhar mortal.

- Não, senhor. Aprnas dou uma sugestão. Disse a mim uma vez, que não gostava de ver sangue mágico sendo derramado. Por que não se mostrar um lorde misericordioso?

- Aonde pretende chegar, criança ?

- Você poderia poupa- los. A maioria nunca soube da existência do outro lado. Deveriam a vida a você, e morreriam lutando por sua causa.

- É algo a se considerar. Mas e se me traírem ?

- Faça então o que faz com os traidores. Apenas os mais leais ao senhor continuarão no fim, e aumentarão seu exército.

- Está bem. Parabéns pela ótima sugestão, mas da próxima vez que me desafiar, não serei tão... compreensivo.

    Dias Atuais

- Eu ... eu não sei.

- Tudo bem. - tranquilizou-a Harry. -  eu entendo. Às vezes fazemos coisas fora da nossa consciência. Ela pode ter entrado na sua mente, enquanto dormia. Acredite quando eu falo que isso é fácil.

   Ela assentiu de leve com a cabeça.
Mal sabia que duraria pouco aquele momento de paz.
   

A herdeira das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora