Capítulo quatro

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Capítulo quatro: Conectados pela música.

Sabe o filme Aladim, onde ambos cantam enquanto estão em um tapete?! Me sinto exatamente assim agora, porém em uma bicicleta.

Estou na garupa e me agarro com força em Luke para não cair. Não estou nem um pouco habituada com o fato de podermos nos tocar. É uma sensação tão estranha e ainda posso jurar que ele está gostando dos meus gritos desesperados.

Há momentos que ele guia a bike com apenas uma mão, tentando deixar a outra nos meus braços, que rodam seu corpo. É claro que gritei todas as vezes, além do mais é muita emoção para um dia só.

Chegamos. — Alex declara e finalmente abro meus olhos.

Saio da bicicleta logo depois de Luke e ando em direção a "sua casa" intrigada.

— O que foi? — Alex questiona curioso.

Reggie se junta a mim e faz a mesma expressão de choque que a minha.

— O que está fazendo? — Luke também está confuso.

— Imitando ela para ver se eu entendo o que está olhando. — Reggie diz como se eu não estivesse ali.

Alex balança a cabeça negando e se aproxima de mim.

— Está tudo bem? — assim que sinto sua me mão tocar, saio do transe e suspiro.

— Sim, só tive um Déjà vu. — dou uma desculpa qualquer.

Aquela casa era o estúdio da minha mãe. Havia me esquecido completamente que os meninos ensaiavam na minha casa! Nossa, ela está tão diferente.

Quem diria que isso se transformaria em futuro estúdio, que depois virou casa novamente para três fantasmas, que por acaso estão aqui comigo e vivos agora. Isso é tudo tão... inexplicável.

Luke notando minha reação estranha, me cerca e passa um de seus braços em volta do meu pescoço, formando um V.

— Vamos entrando, Jules?

Meu coração dispara ao ver ele me chamar pelo nome que Flynn chamava.

— O que disse?

— Para entrarm...

— Não isso! O nome!

— Oh sim... Jules. Achei que poderia ser uma apelidinho fofo. — ele diz desconcertado em ter que explicar.

— Não, tudo bem! Pode me chamar assim. — tranquilizo-o. — É que eu gostei. — dou um sorriso rápido sem mostrar os dentes e ele sua expressão facial fica aliviada.

Adentro na minha famosa garagem e tudo parece tão... familiar. Nem parece que estive aqui alguns dias atrás.

O sofá é o mesmo, já o local está menos decorado e sem o grande piano da minha mãe. Sinto um pequeno calafrio ao ver o espaço vazio.

Bizarro, bizarro, bizarro!

— Bem, esse é o local que Luke chama de casa! — Alex dá um sorriso irônico.

— Porque é. — Luke rebate.

— Eles são sempre assim? — brinco puxando conversa com Reggie.

— É menos pior que meus pais. — Reggie ri de um jeito ingênuo.

Os pais dele? As vezes me esqueço que os meninos tiveram uma vida antes de me conhecerem. Um lar, uma família e até mesmo relacionamentos amorosos. É estranho.

Remember [Juke]Onde histórias criam vida. Descubra agora