Capitulo 19 - Meu casamento

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Meu casamento? O que posso dizer dele? Foi bem simples... Chamei meus pais, minhas amigas e Miguel. Nathan convidou alguns parentes, a Natália e seus pais.

            Foi lá na casa dele mesmo. Os pais dele que organizou tudo. Meus pais ficaram chocados por não saberem da neta... Mas fazer o quê? Já minha irmã ficou muito feliz por ser tia aos 17.

            Comprei um vestidinho branco até o joelho. Ele era tomara que caia todo rendado. Nathan contratou um Buffet para a ocasião, adicionei uns doces de damasco extras. A cerimônia foi na sala de estar da casa. Como era bem ampla couberam todos. O dia estava chuvoso... Acho que combinou com minha felicidade. Sei que irei sofrer muito nesse casamento, mas pelo bem de minha princesa, largarei minha felicidade.

            A decoração ficou por minha conta. Pedi com poucas flores, uma mistura de brancas, rosas e amarelas. Ficou perfeito.

            Entrei sozinha... Nathan ficou lá me esperando. Nos ajoelhamos e começa a celebração. Chega a hora da troca de alianças. Ele que comprou...

            Nathan repete as falas do cerimonialista e tira a minha aliança do bolso de seu paletó. Arfo quando vejo. Era linda. Com certeza era um diamante. Parecia bem antigo, mas não perdeu sua beleza. Ele coloca em meu dedo. Faço a mesma coisa, só que a aliança dele era bem mais simples só de ouro e um pouco mais grossa que a minha. Nos levantamos e recebemos a bênção final. 

            - Pode beijar a noiva. – Congelo. Olho Nathan e ele entende meu olhar de advertência. Ele faz um aceno com a cabeça quase imperceptível e beija levemente minha testa.

            Todos aplaudem e sorrio fracamente para todos. Não queríamos lua de mel, primeiro: ele trabalhava, segundo: eu não queria largar Lúcia, e terceiro e mais importante: não iríamos fazer nada.

            Terminada a cerimônia fomos comer. Fui a uma sala alimentar Lúcia. Minhas amigas foram comigo.

            - Aí não te falei? – Diz Helen olhando Lúcia. – Você sempre dizia que nunca iria se casar e ter filhos. Olha você agora. Está casada e tem uma filha linda...

            - Não queria casar assim... – Digo tristemente. – Fui praticamente forçada a isso. Casei por minha filha. Ela vem em primeiro lugar. Não queria que ela crescesse sem um pai, e o pior de tudo é que ela já o ama.

            - Mas e você amiga? – Diz Flavia. – E sua felicidade? E seu felizes para sempre?

            Solto uma risadinha triste. – Tenho Lúcia... Já é toda a felicidade que preciso...

            - Ela precisa de um abraço! – Diz Paula. E fizemos abraço grupal. Como amo minhas amigas!

            - Obrigada meninas. – Digo enxugando meus olhos. – O que seria eu sem vocês?

            - Com certeza nada! – Diz Helen.

            - Ridícula! – Arremesso um travesseiro do sofá nela. Todas riram.

            - Bom... Hora de arrotar meu amor... – Ajeito Lúcia em meu ombro e bato de leve em suas costinhas. Logo ela solta um arroto.

            - Vamos comer? – Digo. – Estou morrendo de fome!!

~o~

            Depois de todos irem embora, vou para meu quarto, bom... ex quarto. Eduardo insistiu para que dormíssemos no mesmo quarto, já que agora somos oficialmente marido e mulher. Nathan comprou um berçinho para Lúcia e Flavia, aproveitando o meu casamento, trouxe o Téo consigo. Ele agora vive dormindo onde era minha cama. Folgado que só ele.

            Dona Ana transferiu todas as minhas roupas para o quarto de Nathan e o antigo ficou só para Lúcia. Logo irei fazer a decoração do novo quartinho dela. Estava um pouco nervosa com tudo isso. Dormiríamos juntos novamente depois de um ano...

            Coloco Lúcia para dormir e ligo o radinho para escutar qualquer choro dela enquanto durmo. Ficarei só alguns metros dela mas para mim é como se fosse quilômetros.

            Fecho a porta com cuidado e vou caminhando lentamente para o quarto de Nathan como se fosse minha sentença de morte. Entro e vejo suas roupas do casamento jogadas espalhadas pelo quarto. Mas que folgado. Meneio minha cabeça enquanto vou catando suas roupas.

            Nathan sai de seu banho com sua calça de moletom e uma faixa envolta de seu tórax. E mais nada. Desgraçado!

            - Não precisa recolher minhas roupas. Eu mesmo iria fazer isso.

            - Odeio roupa jogada. – Resmungo e empilho suas roupas no banco de seu quarto.

            Como o dia estava fresco, decidi colocar a camisola branca que Helen me deu de casamento. Achei uma graça, meio indecente, mas uma graça. Era branca (adoro branco), meio transparente e as alcinhas finas.

            - Bom... Vou dormir. – Digo o olhando. – Qual lado você prefere?

            - Hmmm... O quê? – Parece que ele estava muito concentrado tentando ver minha calcinha. Patético.

            - O lado da cama Nathan... Esquerdo ou direito?

            - Tanto faz... – Diz dando de ombros.

            Decido pelo lado direito da cama, onde estava o criado mudo. Coloco o radinho em cima dele e deito. Logo Nathan se deita. 

Alugando um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora