Capítulo Quatorze;

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Continue a tocar aquela parte do meu corpo, sentindo meu coração bater ainda mais rápido. Um misto de sensações ainda mais confusas me invadem.
— Não! Não...eu não...ele não. — sinto meu corpo todo entrar em estado de choque, e as lágrimas voltarem a cair.

“Como? Quando? Por que ele me marcou?”

Meus pensamentos foram atormentados por perguntas que eu nunca terei a resposta, a única certeza que tenho é que Yoongi não queria fazer isso.
— Eu devo contar? — mordo meu lábio inferior. — Contar que ele me marcou? E se ele sentir?
Engulo em seco quando escuto um carro parar na entrada da mansão, de forma inconsciente todo o meu corpo fica tenso. Tento respirar fundo e ignorar aquele fato por enquanto, termino de tomar um banho rápido e visto um roupão.
— Jimin, está tudo bem? — Yoongi me pergunta, já de dentro do quarto.
— Sim, eu estou. Só estou terminando meu banho. — respondo.
Antes que eu saia do banheiro, ele entra, me fazendo paralisar novamente. Desta vez foco meu olhar em sua face, e olho atenciosamente cada detalhe, que a tempos não fazia.
Seus cabelos estavam na cor preta, recém pintada e esse tom extremamente escuro combinou com ele, com sua face pálida e sua áurea dominante. Sua postura impecável, estava de terno como 99% das vezes que eu o vi pela casa.
Me aproximo lentamente dele, tentando decifrar o seu olhar, e ele parece tão perdido, sem brilho algum.
— Eu queria te entender. — sussurro, tocando lentamente a sua face.
Sua pele é macia, seu cheiro é forte. Porém, com toda essa beleza, e essa força, o que mais se mostra extremamente é sua frieza.
— Jimin? — sua destra segura minha mão, fazendo-me acordar do pequeno transe.
Nossa proximidade já era demais, e eu mesmo quebrei o restinho da distância que impedia nossos lábios de se encontrarem. Seus lábios são tão macios, e eu não consegui perceber isso antes, seu beijo é viciante e eu não tinha noção disso.
— Yoon... — sussurro ofegante, pelo beijo que rompeu-se. — Você...
Parei de falar, ao sentir suas mãos firmes tocarem minha cintura e erguerem meu corpo, por reflexo envolvo minhas pernas em sua cintura, em seguida ponho meus braços envolta do seu pescoço.
— Vou satisfazer você. — sussurrou, e voltou a me beijar.
Cada toque dele, já estava sentindo algo diferente, eles estavam diferentes. Pelo menos para mim, meu corpo, minha alma, meu ser, tudo estava se entregando completamente para o mais velho.
— Você é muito lindo, ômega. — Yoongi falou baixinho, sua voz rouca ecoando daquela forma causou arrepios por todo meu corpo. — Muito lindo.
Aos poucos meu roupão foi tirado, minha pele entrou em contato com os lençóis da sua cama, admirei a cena do alfa retirando suas próprias vestes, e aos poucos seu corpo foi mostrado a mim. Yoongi não era o tipo coberto por músculos ou com um corpo extremamente definido, mas era perfeitamente lindo, se o que estamos prestes a fazer não fosse algo pecaminoso, diria que estou na frente de um anjo.
Seus lábios foram direcionados ao biquinho do meu peito, sua língua quente tocando aquela região me fez gemer. Fechei meus olhos com força, enquanto meu cérebro tentava analisar todas as informações que estava recebendo.
— Shir. — sussurrou, com um sorriso ladino. — Não quer que ninguém escute, certo? — confirmei rapidamente.
Continuou a brincar ali, com ambos, me torturando de uma forma tão gostosa, mas o melhor ainda estava por vir, seus beijos estavam descendo lentamente para minha barriga, e por último meu membro ao qual beijou e brincou com a língua.
— Alfa! — gemi alto, ofegante, aquela sensação era tão gostosa. — Por favor! — pedi, mordendo o meu lábio inferior.
— Calma. — disse em resposta, e abocanhou meu membro iniciando um oral lento que estava me enlouquecendo.
Agarrei os lençóis da cama com todas as minhas forças, já nem mesmo conseguia controlar meus gemidos, para completar, senti sua língua passear por minha entrada, fazendo meu corpo se mexer de forma desesperada por mais contato.
— Se doer...me avise. — o alfa falou, enquanto se encaixava entre minhas pernas. — Não quero machucar.
Eu conseguia sentir o medo dele, ele realmente não queria me machucar. Mas do que exatamente ele estava falando? Era tão confuso.
Afundei minhas unhas  sua pele branquinha, ao sentir o mais velho me penetrar de forma lenta, seus movimentos eram lentos e intensos.
— Ahr, caralho... — Yoongi murmurou. — Você é tão perfeito.
As palavras que ele estava proferindo estavam me deixando ainda mais confuso em relação a tudo  no entanto, meu coração gostava de sentir essas palavras. Os movimentos começaram a ficar rápidos e mais fortes.
O som dos nossos corpos se completando se tornaram mais altos, assim como os gemidos também. Tudo estava formando uma sintonia incrível.

[•••]

Assim que nossa relação acabou, Yoongi foi direto para o banheiro. Meu coração doeu por causa disso, infelizmente não entendi o motivo exato para essa dor.
— Jimin? — Yoongi me chamou, enquanto secava os cabelos. — Quer me contar algo?
Pensei sobre a marca, ele parece não ter sentido que me marcou. Suspiro. Neguei rapidamente.
— Não tenho nada para contar. — respondi.

“Não posso falar da marca! Isso foi culpa minha”

— Certo. — suspirou. — Não sente nenhuma dor? Quer que eu mande alguém trazer algo para você comer?
— Não. Eu não quero. — falo baixinho.
O que eu realmente queria nesse momento, ele não poderia me dar. Min não sente nada por mim, apenas me saciou porquê eu pedi, ou melhor, porquê eu implorei.
— Tudo bem, mas você precisa jantar. — afirmou. — Irei sair.
— Espera! — falo rápido. — Onde vai?
— Eu tenho uns assuntos para resolver. — respondeu. — É coisas da empresa, a caminho daqui o representante do DP da minha empresa me ligou.
— Entendi. — sorriu simples. — Pode ir.
Vejo o mesmo brigar com a gravata, por impulso me levanto, caminho até ele e arrumo sua gravata. Ele realmente fica lindo de terno, entretanto, queria poder vê-lo mais com roupas despojadas e sem estar sempre com pressa.
— Eu volto logo, se sentir alguma coisa...me liga, não irei desligar e nem por meu celular em silencioso.
— Ok! — respondo.
O mais velho já ia sair do quarto, desta vez seguro seu pulso. Mordo meu lábio inferior com força, tanto que senti o gostinho de sangue invadir a minha boca.
— O que foi? — indagou.
— Pode voltar para o jantar? — pergunto baixinho, com medo da resposta.
— Não posso prometer isso, irei tentar vir para o jantar. — falou, olhando seu relógio de pulso.
— Certo, desculpe. — solto seu pulso.
Fico assistindo Yoongi sair do quarto, e um pedacinho do meu ser pareceu sair junto com ele.
— Como estou com tanta saudade que não consigo respirar direito? — sussurro, com os olhos marejados.
Me deito na sua cama e me permito chorar, chorar por sentir saudade, chorar por saber que ele jamais olharia pra mim. Aquela sensação era sufocante, meu choro se intensificou tanto que comecei a soluçar.
— Oppa? — escuto a voz doce da pequena ômega. — Oppa, papai machucou você?
— Não, meu amor, eu estou bem. O oppa só está com muita saudade da vovó.
— Da vovó? — ela fez um biquinho, e logo segurou minha mão. — Vamos, oppa. — sorriu.
— Onde?
— Ver a vovó. — tentou me puxar.

“Não é uma má ideia! Minha avó sabe o que fazer em momentos assim”

Vamos. — sorri. — Espera um segundo que o oppa vai vestir alguma coisa, me espera lá na sala.
Vejo seus passinhos se apressarem, ela saiu correndo como um pequeno foguete. Tiro o cobertor que me cobria, ajeitei o roupão sobre meu corpo e sai do quarto dele indo direto para o meu.
— Yoongi parece duas pessoas...em uma só. — sussurro. — As vezes parece que ela põe uma máscara de “lobo mal” quando na verdade ele quer apenas esconder suas feridas que ainda estão abertas.
Visto uma calça, e um moletom. Saio do meu quarto, desço as escadas com cuidado e assim que concluo os degraus, vejo uma mulher sentada no sofá.
— Quem é você? E o que faz aqui? — olho para Yon que brincava com essa mulher.
— Eu sou a mãe da Yon. — falou, para o meu espanto. — E vim decidia a ter o Yon de volta. — falou se aproximando de mim. — Então, seu ômegazinho inútil...é melhor ficar longe do meu caminho.
— Quem você pensa que é? — empurro-a para longe de mim. — Ninguém! Você abandonou sua própria filha, quando ela era apenas um bebê...abandonou Yoongi a própria sorte, junto de palavras desumanas...e vem me falar que quer reivindicar tudo? — começou a rir de forma irônica.
— Seu. — ergueu a mão para me bater, mas segurei seu pulso.
— Você não vai tocar em mim. Assim como não irei deixar você estragar a vida de Yon e muito menos a vida do Yoongi, entendeu? — senti meu coração acelerar, e um ódio incomum invadir meu ser.

The Truth Untold (YoonMin-ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora