Capítulo Quinze;

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Olho ainda sério para a ômega, a mais velha ri baixinho, como se estivesse debochando das minhas palavras. Respiro fundo, por ver que Yon estava olhando de longe sem entender nada, e olhava com tanta curiosidade para aquela mulher, que só me fazia ter mais raiva por ela ter abandonado uma criança tão maravilhosa.

— Você não merece ser mãe! É uma pena que você tenha útero. — digo simples. — Sai dessa casa, você não é bem vinda.

— Até onde sei, você não é dono de nada aqui. E muito menos tem direito de impedir que eu veja a minha filha. — murmurou, ainda com um sorriso, pegou o celular na bolsa dela. — Se continuar a negar, vou ligar para a polícia.

— Por mim você pode ligar para as forças armadas! Eu não ligo. — segurou firme seu antebraço e saiu puxando-a até sair fora da mansão.

— Eu quero ver o Yoongi! — gritou. — Me deixe vê-lo. — continuou gritando. — Mande ele sair e dizer tudo que quer, na minha cara, e não por um ômega idiota que posa de chefe dessa mansão.

— É melhor não me testar, sua ridícula. — murmurou. — Não vai voltar a encostar na Yon e contaminar ela com essa hierarquia que montou na sua cabeça, você é um lixo na humanidade, e tenho pena da Yon ter nascido de alguém tão repugnante igual você. — continue confrontando.

Agora a mais velha deixou cair a sua máscara de ironia, comecei a afetá-la de verdade com minhas palavras, e isso fez ela mostrar sua verdadeira face.

— O único lixo na sociedade é você. — apontou o dedo. — Pobre morto de fome, um ômega estranho. — bradou. — Eu não quero minha filha perto de um tipo como você. Ela tem que viver junto de pessoas que estão na mesma classe social que ela. 

Ignorei todas aquelas palavras, não podia ficar aqui perdendo tempo com essa maluca que se acha a deusa da beleza, e que ainda por cima tenta ser melhor que todos a sua volta, só mostrando o quão podre ela é. Dei as costas e fui me aproximando da porta para entrar na mansão novamente, no entanto, ao escutar ela rir e começar a falar, paro no mesmo instante.

— Irei tomar a menina, custe o que custar! Afinal, ela não tem o sangue do Yoongi correndo nas veias. — disse em uma alegria sem igual. — Tenho certeza que Min não teve coragem de fazer o exame de sangue, e ainda mais certeza de que ele abrirá mão dela quando ver que realmente...ela não é filha dele! — falou de forma tão cínica que me enojoou.

— Você é pior do que pensei. — retruquei, sem encará-la. — Muito pior, você é baixa, sem escrúpulos, ridícula e insensível. — sussurrei. — Não percebe que está tentando acabar com uma criança, criança essa que você carregou por 9 meses em sua barriga. — neguei. — Eu sinto ainda mais nojo de saber que Yoongi um dia foi loucamente apaixonado por você, e que por sua culpa, ele agora tem danos internos que o transformaram.

— Eu não me arrependo nenhum pouco. — murmurou. — Mas a minha filha ira comigo! — afirmou. — Eu vou embora, mas irei voltar. 

Entro na mansão e fecho a porta, encaro Yon que ainda estava pensativa, com um biquinho nos lábios e um olharzinho perdido.

— Está tudo bem com você meu anjinho? — indaguei e me aproximei.

— Estou, oppa! — me abraçou. — Ela é mesmo minha mãe? Foi ela que me pediu para a cegonha?

Ao escutar sua pergunta tão inocente e com um poder tão grande, respirei fundo e pensei se deveria ou não comentar sobre isso. Cheguei a conclusão de que não era o certo, Min era quem deveria conversar com a filha.

Pego-a no colo e encho seu rostinho de beijos, sorrio e faço carinho nos seus cabelos lisinhos.

— Eu estava pensando em levar algumas coisas pra minha avó, o que você acha? — indaguei baixinho, desviando o assunto. — Frutas, e que tal algumas flores? — indaguei rindo.

The Truth Untold (YoonMin-ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora