The Truth Untold (YoonMin-ABO)

Capítulo Oito;

POV's Park Jimin
Meus olhos ficaram fixados aos seus, senti meu lobo interior agitar-se de uma forma sufocante.
— Quem você pensa que é? — o alfa rosnou alto.
Seus olhos estavam em um tom esverdeado, me deixando ainda mais sufocado, aquela presença era muito forte.
— Eu não me importo com sua classificação! — dito alto, e ergo minha face, que por causa da sua superioridade, eu havia abaixado.
— Seu arrogante... — Min rosnou.
Seus olhos ficavam cada vez mais marcantes, e a cor ainda mais intensa, percebi naquele momento que seu lado racional estava se perdendo por completo, e que seu alfa inteiror estava tomando o controle.

“Tudo isso pode afetar a Yon”

— Yon, sai! — falo sério, a pequena sai correndo dali, deixando-me sozinho com o alfa.
— Quer dizer que você não tem medo!? — um sorriso irônico surgiu em seus lábios. — Eu posso fazer você descobrir onde é o seu lugar na sociedade, garoto!
— Você não é ninguém nessa merda de sociedade. — grito. — Chega! Chega de se aclamar o melhor, apenas por ser um alfa. — senti meus olhos marejarem.
Maldita ação emotiva, surgiu em um momento assim, antes que eu pudesse impedir que as lágrimas caíssem, elas já haviam rolado por minhas bochechas.
— Por que está chorando? — o sorriso irônico do mais velho foi sumindo.
Seu olhar tão cruel e marcante, com aquele brilho que deixava-me sem ar, de um jeito completamente ruim, estava dando lugar a cor original e uma certa preocupação.
— Eu estou cansado dessa pressão...tudo isso que vocês fazem; alfas, betas, ômegas. — mordo meu lábio inferior. — Ou pobre, rico, classe média. Por acaso deixamos de ser pessoas, quando não estamos no padrão certo?
Nem eu mesmo estava conseguindo me entender naquele momento, Yoongi estava completamente bêbado e fora de si, nem mesmo lembraria de algo no dia seguinte. É, talvez seja exatamente por isso que eu esteja dizendo tanto.
— Venha comigo. — sussurro, pego seu pulso. — Você precisa de uma ducha gelada, e uma boa noite de sono.
Contrariando meus pensamentos, ele apenas me seguiu, não questionou, não resmungou, continuou calado, parecendo um tanto perdido.
Levo-o para seu quarto, ajudo-o a tirar as roupas, deixando-o apenas com a cueca box. Foi impossível não fixar, analisar e guardar aquela imagem, o corpo do mais velho, que é extremamente lindo, sem igual. Ponho-no embaixo do chuveiro e ligo o mesmo, na água gelada.

[•••]

Depois que Yoongi dormiu, segui para o quarto de Yon, ela deve estar assustada. Abri a porta, e encontro a mesma sentada sobre sua cama, agarrada a uma pelúcia.
— Está triste? — pergunto baixinho, sentando-me ao seu lado.
— Ele foi mal comigo. — disse baixinho. — Ele não me ama, oppa, como eu disse. — sua voz delicada, estava embargada.
Respiro fundo, tanto que acabo fechando os olhos, busco por algo para dizer-lhe, mas era difícil, Min parecia realmente não gostar da pequena.

“Por que alguém não gostaria de um ser tão fofo?”

— Ele te ama. — acaricio seus cabelos.
Agora já não tenho tanta certeza sobre isso, meu coração insiste em dizer que há algum sentimento bom naquele alfa, entretanto, ele está provando contrário.
— Não precisa mentir, oppa. — ela disse.
— Eu não estou mentindo, meu anjo. — digo, na verdade, estou mesmo rezando para não estar mentindo.
— Me leva com você, oppa?! — vejo as lágrimas percorrerem suas bochechas.
— Como eu queria, minha pequena, mas esse oppa aqui, ainda é muito novo, e agora que tenho um emprego. — suspiro. — Eu prometo que vou estar aqui, ao seu lado... Huh? — digo baixinho, pego seu midinho. — Prometo! — uno seu midinho ao meu.
Consegui ver um lindo sorriso surgir em sua face, e isso aqueceu meu coração. Então pouco tempo, esse pequeno serzinho conseguiu transmitir tantas coisas boas, e me fazer ficar tão apegado a ela.
— Conta um história pra mim? — sorri largo ao escutar seu pedido e confirmei.
Peguei um livro de conto de fadas, dos que tinha em sua parteleira, e comecei a ler. A cada momento percebi que seus olhinhos ficavam mais e mais pesados, sorri feliz ao ver que ela conseguiu dormir.
— Boa noite, anjinho. — beijo sua testa, e a cubro direitinho.
Saio de seu quarto e sigo para o escritório do sr. Min, eu sei que não deveria fazer isso, no entanto, se eu quero ajudar Yon, eu preciso deixar-me levar um pouco pela minha curiosidade.
— O que a mãe de Yon fez de tão grave, para que Yoongi deposite tanto ódio em sua filha.
Nem precisei procurar muito para já achar algo, é um porta-retrato, nele tem uma foto, e julgar pela aparência, tenho quase 100% de certeza que é a mãe de Yon. O cabelo, os olhinhos, principalmente os olhinhos, são tão parecidos.
— Deve ser difícil conviver com a cópia viva de alguém que te fez mal. — sussurro, tentando me por no lugar de Yoongi.
Suspiro. No entanto, nada dá a ele o direito de tratar um bebê assim, de forma cruel.
— O que você fez com ele, senhora? — indago olhando fixadamente para aquela foto, tentando buscar um caminho. — Não consigo entender...se você fez algo...por que ele tem fotos suas? Será que você apenas morreu?
Me senti um louco por estar falando sozinho, soltei o porta-retrato no mesmo lugar em que o peguei, caminhei até a escrivaninha, abri as gavetas e comecei a procurar por algo mais.
— Uma carta? — indago-me. — Devo mesmo fazer isso? — tento me convencer de que aquilo era errado. — Pela Yon!
O envelope já estava aberto, e parecia ser um tanto velho, tiro o brilhete de dentro e começo a ler.

Foi tão fácil te enganar, não é mesmo?
Aqui estou eu escrevendo, e por que seria?
Você parece feliz, Min Yoongi! Feliz. Isso é estranho...será que é por causa da Yon-hee?
Bom, como sou uma boa pessoa, irei te contar a verdade, não deveria se animar tanto assim...

— É, a mãe da Yon com toda certeza não estava morta...e pelo visto...não é uma boa pessoa. — sussurro pra mim mesmo e me sento.
Respiro fundo, e volto a ler.

Antes de qualquer coisa, ou qualquer revelação, saiba que isso pode ser provado, se você quiser.
Eu não estou ganhando ou perdendo nada, eu nem mesmo quero essa criança próxima de mim...porém, quero dizer a você... Yon-hee, sua princesinha e o motivo desse sorriso ainda estar em seus lábios, na verdade, não é sua filha.