Capítulo Dez;

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POV's Min Yoongi
Senti meu lobo interior se agitar por causa do cheiro forte que Jimin estava exalando, deixando-me louco.
— Jimin, você está no cio, entende? — pergunto baixinho.
— O-O que faço? — perguntou, gemendo de dor.
Arregalo os olhos ao escutar aquela pergunta, afinal, ele deveria saber, o cio é dele. No entanto, todos os meus pensamentos vão por água abaixo, quando percebo que aparentemente este é o primeiro cio dele.
— Jimin, acalme-se. — falo baixinho. — Irei chamar um médico. — ditei rápido e peguei meu celular.
Ver dua expressão de dor me causava uma sensação estranha, eu queria poder fazer mais por ele. Quem sabe arrancar essa dor que ele está sentindo nesse momento.
— Ahr. — gemeu mais alto, assustando Yon.
— O que você tem, oppa? O que foi!? — começou a chorar. — Jimin-oppa.
— Filha, vai para a o pátio, huh? — digo, enquanto espero ser atendido. — Por favor, filha, logo o Jimin fica bem e daí ele vai brincar com você.
Mesmo receosa, a pequena sai correndo. Logo em seguida sou atendido.
— Oi, venha rápido a minha casa. — digo apressado. — E venha sabendo tudo sobre como parar a dor do primeiro cio sem ajuda de um alfa.
— Como? Mas eu... — desligo o celular.
Pego Park no colo, mesmo com suas reclamações, o ponho sobre a cama, e tento pensar em uma maneira para ajudá-lo, sem tocar-lhe de forma íntima.
— Sr. Min! — gemeu de uma forma ainda mais agoniante, se contorcendo sobre a cama. — Me ajuda, por favor!? — choramingou.
— Logo o doutor chega, ela tem remédios...vai diminuir a dor. — falo.
“Talvez, se eu deitar ao seu lado...ele fique mais calmo”
— Posso me deitar com você? Não irei te tocar, apenas ficar ao seu lado...sem más intenções. — sussurro.
— Por favor! — pediu.
Meu coração estava batendo extremamente rápido, algo estranho demais estava tomando conta do meu ser. Mordi meu lábio inferior, etentei ignorar aquele sentimento. Fiquei próximo o suficiente de Jimin.
— Seu cheiro é bom. — sussurrou, chamando minha atenção. — Seu cheiro é muito bom. — grudou-se em mim.

Shir, já o doutor vem. — voltei a falar baixinho.
Meu corpo foi abraçado com ainda mais força pelo baixinho, que afundou seu nariz em meu pescoço, passando-o devagar pela minha pele. Sua mãozinha apertou ainda mais minha cintura.
— Seu cheiro é tão bom. — sussurro. — Yoongi. — mordeu o lábio inferior, e voltou a me fitar.
— Jimin, tenta se concentrar em fazer a dor sumir, huh? Eu não posso ficar com você.
Minhas palavras parecem não surtir efeito nenhum sobre o mais novo, que depositou um selar em meu pescoço, seus lábios começaram a distribuir selares por toda a parte disponível para si. Sentir meu corpo todo tremer, e uma onda de lembranças me laçarem.

***

— Amor, me solta! — falei sorrindo, animado. — Yah, sua coisinha.
Minha ômega sorriu pra mim, o sorriso mais lindo do universo. Seus olhinhos brilhantes, passaram a me encantar ainda mais.
— Você é tão malvado, oppa! — a mais nova sussurrou. — Seu sapeca. — mordeu meu pescoço.
Meu coração bateu ainda mais rápido ao sentir seu corpo contra o meu, seu calor, seu perfume.
— Eu te amo, minha princesa. — sussurro, e beijo seus lábios.
— Eu também. — ela sussurrou em resposta.

***

Me afastei imediatamente do mais novo, saindo da cama em pulo, fiquei ainda mais surpreso ao sentir as lágrimas rolarem por minhas bochechas.
— E-eu vou...vou sair agora. — falei rápido e sair do quarto.
Suspiro. Limpo as lágrimas que começavam a cair sem parar. Mordi meu lábio inferior. Sigo pelo corredor e vou para as pequenas ruínas de jardim que haviam na mansão.
— Ahr! — grito e soco a pilastra com toda a minha força. — Eu te odeio tanto. — voltei a dar soco na pilastra, sem parar.
— Papai!? — escuto a voz da Yon.
Em seguida sinto os bracinhos dela envolverem minhas pernas, meu coração bateu apertado no peito.
— Eu estou bem. — sussurro.
— Certeza, papai? — a pequena perguntou manhosa. — O oppa também está bem?
— Sim, Yon, logo o doutor chegará e cuidará dele, huh? — sorri mínimo, baguncei seus cabelos.
— Papai, eu vou te proteger de todo o mal. — Yon falou séria.
Sorri simples e me abaixei, deixei que a pequena me abraçasse. Senti o perfume da pequena ômega, e o calor do seu corpinho, fecho meus olhos e deixei um soluço escapar.
— Eu vou te proteger sempre, papai. — Yon voltou a dizer, e beijou minha bochecha.
— Obrigado, minha filha. — sussurro. — Muito obrigado.
Logo uma das empregadas apareceu no jardim, consegui ver um sorriso surgir em seu rosto, parecia estar feliz com a cena. Me levanto, e pego a minha filha no colo.
— O doutor já chegou, sr. Min. — falou, e curvou-se minimamente.
— Ah, certo. Mande ele ir para o meu quarto.

Sim, senhor! — a jovem se curvou e saiu da minha presença.
Olho para Yon, evitando encarar seus olhinhos, já que não quero tratá-la mal.
— Vá procurar a Lijian, huh? Assim você pode brincar com ela. — sorrio, e vejo seu sorriso.
— Sim, papai! — a pequena deu-me novamente um beijo na bochecha e saiu correndo.
Era um pouco estranho vê-la falando, já que convivia a tantos anos com ela, e nunca ouvi uma palavra sequer vinda dela.
“Você uma grande mudança, jovem Park”
Ao me lembrar dele, adentro novamente a mansão, subo as escadas correndo e vou direto para o quarto. Quando entrei, o doutor já havia lhe aplicado algo, tanto que o ômega estava dormindo tranquilamente.
— Ele vai passar bem?
— Hum, sim, por enquanto. — o medico ressaltou, me deixando um pouco receoso.
— Como assim?
— Bom. É o primeiro cio dele, ele precisa de um alfa.
— Mas...eu passei meu primeiro cio sozinho, não aconteceu nada. Por que ele precisa de um alfa?
— Sr. Min, ele não precisa de um alfa.
Se antes já estava repleto de duvidas, agora estava ainda mais, no entanto, além das dúvidas, veio uma enorme confusão mental.
— Doutor, tente ser mais específico, por favor?
— Certo. — suspirou. — Sr. Min, o jovem Park precisa passar o cio com um alfa...mas não me interprete mal. Ele tem que passar com o alfa que se interligou com ele.
— O que? — quase gritei ao ouvir aquilo.
— Quando estava examinando ele, percebi que o lobo dele se interligou com outro. Por isso, ele precisa passar o cio com este “lobo”, entende?
— Sim, mas quem seria esse tal “lobo”? — perguntei já aflito. — Esse rapaz vivi em minha casa, e mal vai visitar a avó. — resmungo. — Bom, ele pode ter se interessado por algum dos empregados.
— Não, senhor. — riu baixinho. — Não precisa se afligir tanto.
— Como não? Ele está com muita dor, e eu não quero ver ele assim. — digo exaltado.
— O lobo que sofreu ligação com o lobo interior dele...foi o seu lobo.

The Truth Untold (YoonMin-ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora