Continuei sendo puxado por Park que parecia nem mesmo estar percebendo suas ações, assim que nos afastamos o suficiente daquela maluca eu paro de andar e seguro firme sua mão, parando de ser puxado por ele. Quando percebo o menor se virando para falar alguma coisa, eu simplesmente o puxo para um abraço apertado, sem palavras apenas um conforto, ele precisava disso.
As palavras de sua avó ainda estão presas na minha mente, e se eu preciso realmente proteger o pequeno Jimin, eu o protegerei com minha vida se necessário, ele merece ser feliz sem mais sofrimento. Suspiro baixinho e me afasto aos poucos, vendo seus olhos marejados.
Naquele momento percebi o quanto eu odiava ver o menor chorando, e eu nunca quero vê-lo assim dessa forma novamente, não quero que ele sinta essa dor, que de alguma forma também está se tornando minha dor, essa tristeza enorme que também está se tornando a minha. Acariciei suas bochechas com meus polegares, e quase que de forma inconsciente meu corpo se move, logo meus lábios se unem com os dele, não ouso aprofundar o beijo, deixo apenas esse simples selar.
- Eu sinto muito pelo que você viu. - suspiro. - Não queria ser tocado por aquela descarada novamente...nunca mais, mas ela me surpreendeu e...
- Não precisa se explicar para mim, eu sei que foi um joguinho infantil dela...queria usar o ciúmes para me fazer brigar com você ou algo neste sentido. Ter você fragilizado seria mais fácil para ela te convencer a qualquer coisa. - Jimin disse baixinho, mas sem olhar nos meus olhos. - Ela só não sabe que não temos nada, só sou o babá da sua filha.
Ao escutar aquelas palavras senti novamente uma agonia no peito, um queimor que eu não conseguia explicar, meu coração parecia estar doendo tanto, e meu lobo interior estava ainda mais agoniado lutando contra mim com todas as forças, como se quisesse assumir uma posição sobre Park Jimin. Aperto minha própria mão com todas as minhas forças, eu não poderia deixar a minha presença alfa ficar muito forte, o ômega poderia acabar desmaiando novamente ou sendo prejudicado em seu cio.
- É, você tem razão. - murmurei. - Onde está a Hee? - perguntei baixinho.
- Ah, eu pedi para o médico ficar com ela por alguns minutos enquanto eu te procurava. - ele respondeu. - Melhor irmos buscar ela.
Ele está diferente, seu cheiro parece ainda mais forte para mim, e tenho certeza que não é pelo cio, é algo extremamente mais forte que está deixando meu lobo interior muito agitado, para ser mais exato, ele está deixando-o descontrolado. Como se estivesse agindo com posse sobre o ômega, e isso ficou mais forte desde que o mais novo falou daquela forma.
- Vamos. - murmurou, e saiu acompanhando-o. - Peço que deixe tudo sobre o enterro da sua avó...comigo. - voltei a falar, e ele pareceu pensar por algum tempo mas logo concordou.
Depois de andarmos por alguns segundos pelo corredor branco, chegamos à sala do médico, vejo que Hee fez o mais velho entrar em sua brincadeira, pois seus cabelos estavam penteados com maria-chiquinhas. O mais engraçado eram as liguinhas infantis coloridas que a menor usou.
- Oh, doutor, eu acho que seus pacientes iriam adorar te ver assim. - falo rindo, ganhando um olhar nada amigável do outro. - Filha, vamos.
A menor sai da mesa e vem correndo até mim, já grudando nas minhas pernas, ela parecia bem mais animada ou grudenta que antes. Suspiro baixinho e a pego no colo.
- Obrigado por cuidar da minha filha. - digo baixinho.
- Sabe que é sempre um prazer te ajudar, jovem Min, e sua filha é adorável e se parece com minha princesinha também. - o médico responde com um belo sorriso. - Um dia vá até minha casa, leve sua filha para brincar com minha pequena Mi-so.
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The Truth Untold (YoonMin-ABO)
FanfictionQuando os caminhos são diferentes, não à muito o que fazer. Se alguém vive na escuridão, por motivos concretos de que a humanidade, é movida apenas pelo "poder", e que não a lugar para o amor, o que fazer? Assim vivi Min Yoongi, um homem de 28 anos...