Capítulo Vinte;

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POV's Park Jimin

Já eram mais de 02h da manhã, e passei a noite toda tentando dormir, mas por mais que estivesse me esforçando, ainda não consegui nem mesmo fechar os olhos por alguns segundos. No meio da noite apenas fiquei zelando pelo soninho de Yon-hee, que dormia tranquila com um biquinho esboçado em seus lábios, a pequena estava agarrada ao alfa. 

E o alfa por sua vez cobria a menor com seu braço que chegou até minha cintura, de certa forma me sentia como se estivesse sendo confortado pelo mais velho. Me levanto depois de alguns minutos virando de um lado para o outro.

— Melhor lavar o rosto e descer…não vou conseguir mesmo dormir.

Segui para o banheiro, lavei o rosto sentindo minhas forças se renovando um pouco mais. Meus olhos recaíram diretamente para a marca que o alfa me fez, senti um arrepio intenso percorrer todo meu corpo quando me lembro de seus beijos.

— De certa forma…isso foi bom. — sussurro. — Não senti mais nada do cio.

Respiro fundo novamente, queria saber o que fazer nesse exato momento, deveria contar pra ele? Ou deveria apenas deixar isso para lá?

Por mais que ele tenha me marcado, não parece nem mesmo se lembrar disso, parece não estar sentindo sobre a marca. Então poderíamos apenas viver normalmente? Eu estou ficando cada vez mais confuso, sinto falta dele, queria ter mais dele.

— Por que estou ficando assim? Sinto que vou acabar louco. — disse, ainda me encarando em frente ao espelho.

Termino de lavar meu rosto e saio do banheiro, segui pelo quarto, novamente olhando Hee, ela dormia tranquila ao lado do pai. Sorriu com a cena, na verdade, nunca achei que esses dois pudessem compartilhar algo assim.

“Estou tão feliz em saber que agora estão realmente se dando bem, como pai e filha!” 

Ao pensar nisso, me lembro de que Yon não é filha do mais velho, e que isso pode ser um grande problema futuro. Só de imaginar o quanto a pequena vai ficar confusa e desesperada, meu corpo congela.

— Como um monstro daquele pode dar a luz? Como quer ser chamada de mãe? — me perguntei e sai do quarto.

Desci as escadas lentamente, encontrei a governanta da mansão ali, ela parecia pensativa. Me aproximei da mais velha.

— Oi? — sorri.

— Jovem Park. — ela rir, aponta que eu sentasse. — Vou te servir um chá! Está tendo dificuldades pra dormir?

— Hum…sim. — sussurro. — Eu sinto falta da minha avó, ela sempre foi a pessoa que me apoiou…que me amou! Que cuidou de mim! — disse. — Não sei se tenho forças para continuar.

— Oh, querido! — ela se aproxima com uma xícara, me entregando. — Tome este chá, hum? Vai te ajudar a relaxar.

Confirmo e bebi um pouquinho do chá, estava uma delícia, se parecia bastante com os que minha avó fazia quando eu me encontrava doente.

— Você só tinha ela? — indagou, e eu confirmei rápido.

— Sim. Meu pai não era daqui…e a família dele é meio que…algo que jamais ouvimos falar. — disse. — Ele era adotado, e os pais adotivos não quiseram mais contato depois que ele se casou com minha mãe.

— E sua mãe? Ela não tinha irmãos?

— Não, ela era filha única. Meu avô morreu ainda jovem, e minha avó não casou-se novamente. — respondo, bebericando mais do chá

— Sinto muito, espero que nos veja como família, querido! Prometo que todos aqui são bem acolhedores! — ela falou com um sorriso largo no rosto.

— Eu já vejo vocês assim. — eu falo baixinho, agora sentindo minhas bochechas esquentarem. — Eu posso te fazer uma pergunta, noona?

The Truth Untold (YoonMin-ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora