The Truth Untold (YoonMin-ABO)

Capitulo Sete;

POV's Min Yoongi
Saio rápido do quarto alheio, passo as mãos pelos fios dos meus cabelos. Respiro fundo.
— Quem ele pensa que é? Um adivinho? Um anjo? — resmungo e respiro fundo.
Caminho em passos largos pelo corredor, paro ao ouvir uns murmúrios vindos do quarto de Yon-hee.
— Jimin é forte! — ela exclamou. — Ele até enfrentou um alfa, eu quero ser como ele. — externou. — Não quero ser maltratada por alfas. — resmungou baixinho.
Como sua porta esta destrancada, e um pouquinho aberta consegui ver a cena perfeitamente, ela estava olhando para uma pelúcia com aparência de coelho, enquanto apontava o dedinho para o mesmo. Ri. Mas assim que meus olhos focaram em seu rosto, meu sorriso sumiu instantaneamente.
— Maldito olhos! — cerrei meus punhos e sai dali rápido, indo direto para o meu escritório.
Abir a porta da minha pequena parteleira de bebidas, e peguei uma garrafa de whisky e um copo, enchendo-o com a bebida e pondo alguns cubos de gelo.
— Aqueles olhos. — aperto forte o copo. — Malditos.
Me jogo sobre minha cadeira, virando o copo na minha boca, despejando todo aquele líquido de uma só vez. Respiro fundo, tornando a encher o copo.

***

Olho para minha namorada, a mais linda de todo o universo, e eu não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Seus olhinhos, olhinhos encantadores, tais me prenderam de um jeitinho único, me perco na imensidão escura de seus olhos.
— Lee-Yin, o que está fazendo? — pergunto sorrindo ao sentir seus lábios tocarem os meus.
— Meu príncipe encantado, estou apenas te acordando, você parece estar em transe. — diz rindo.
Seus cabelos curtos e negros, seus sorriso doce, seus lábios finos e rosados, tudo nela inspira paixão.
— Lee-Yin, eu quero muito me casar com você. — acaricio seus cabelos. — Te fazer a mulher mais feliz do mundo.
— Eu não tenho dúvidas com relação a isso, meu amor. — rir baixinho. — Sei que você vai me dar o mundo. — a mesma comenta.
A pego no colo e levo até a piscina, pulando na mesma, com a jovem ainda em meus braços. O cheiro doce da minha ômega me deixa ainda mais louco por ela, julgo que ela tem o dom para isso, me deixar louco.

[•••]

— Grávida? — um sorriso espontâneo surgi em meus lábios, meu coração começa a bater rápido no peito. — Você está grávida!? — pego-a nos braços e giro-a no ar.
— Amor! Calma. — fala entre risadas, apertando meus ombros. — Amor...
— Acho que esse bebê veio para nos unir ainda mais. — suspiro me abaixando e beijando sua barriga.
Nosso relacionamento estava por um fio, e eu estava com muito medo disso, ultimamente não estavamos concordando em nada, apenas brigavamos e até passavamos alguns dias sem nós falar. Mas isso estava acabando comigo, me deixando exausto, porque essa ômega é minha força.
— Eu vou ficar do seu lado, e dar uma família linda para você e nosso bebê!

***

— Família? — sussurro entre risadas, tomando o décimo copo de whisky. — Um idiota tolo.
Nego para mim mesmo, fecho meus olhos, e novamente sua imagem invade minha mente, deixando-me sufocado, com toda certeza ela me deixou algo valioso; me mostrou que no mundo não existe amor.
— Família? — pego um porta retrato com a foto dela e jogo na parede. — É isso? — me levanto, aproximando-me dos cacos de vidro, começo a socar os mesmos com força. — Está vendo onde eu estou, sua hipócrita? Huh? — sorri ladino.
Olho para a foto, agora coberta pelo meu sangue, e sorri largo, derramo um pouco da minha bebida sobre a mesma.
— Eu te odeio com todo o meu ser. — digo simples.
Volto a beber, desta vez sem fazer uso do copo, bebo no gargalo da garrafa, sentindo minha garganta arder.

***

Olho para minha ômega, tão linda, sua barriga estava um tanto volumosa o que ressaltava ainda mais a sua beleza.
— Gostou do jardim que mandei fazer para você? — indaguei, abraçando-a por trás.
— Sim, amor, é lindo. — Lee-Yin comentou olhando para as rosas brancas, suas favoritas. — Nosso bebê vai amar flores.
— Darei a ele todas as flores que existir. — sorri largo ao imaginar um menininho ou menininha correndo por todos os lugares. — Falta tanto ainda. — resmungo.
— Não seja apressado, Yoongi, logo nosso bebê nascerá! — ditou animada.

[•••]

— O que? — gritei ao escutar suas palavras. — Está louca, Lee-Yin? — as lágrimas inundaram meus olhos.
— Irei tirar essa criança da minha barriga! — gritou. — Não quero mais. E outra, olha como você está, Min Yoongi, a empresa do seu pai faliu, você está pobre.
Arregalo os olhos ao ouvir novamente todas aquelas palavras, só podia ser um pesadelo, sim, pesadelo, Lee-Yin não era uma pessoa assim, nunca, ela era doce, amável, angelical.
— Não fala isso, amor. — digo tentando enxugar minhas lágrimas. — A minha mãe ela...
— Eu sei que ela morreu, e isso não importa. Seu pai não precisava destruir todo os matrimônios por isso. — revira os olhos. — Não acha mesmo que eu te amava, acha? — perguntou com um meio sorriso. — Não.
— Você...para, Yin! — soluço. — Vamos ser pais.
— Pensa mesmo que eu queria um bebê? De você? Um cara tão grudento, aish, nem parece um alfa de verdade. — grita me empurrando. — Eu não queria um filho, muito menos seu! Se eu me prestei a isso, é porque não podia deixar você terminar comigo.
— Não, amor, não fala assim. — tento acariciar seu rosto.
— Me esquece, seu babaca, esquece quem sou...tudo. — sorri. — Eu nunca amei você, amava tudo que você me dava, aprende, babaca! — aproximou seus lábios da minha orelha. — Não existi amor, tudo é uma questão de negócio.

***

— Aah! — grito já tomado pelo álcool.
Sem perceber começo a quebra tudo, as garrafas de bebidas, os copos, os retratos...tudo.
— Papai! Papai! — escuto uma voz baixinha, voz que pela primeira vez ouvi nitidamente. — Não! — seus braços envolveram minhas pernas com força, e lágrimas deslizaram por suas bochechinhas. Mas seus olhos, seus cabelos, eram a personificação perfeita de Lee-Yin. Mordi meu lábio inferior com força, cego pelo álcool acabo por empurrá-la, voltando a quebrar tudo.
— Chega! — ouço a voz agora de Park. — Sr. Min.
— Olha, outro ser desprezível... Porque não pega esse garota e some... — minhas palavras são cessadas por um soco.
Um soco dado por aquele ômega. Arregalo os olhos.
— Já chega, seu babaca! — falou entre dentes. — Para! Dane-se o que aconteceu, você não vai maltratar uma criança.