Levanto lentamente a mão e passo os dedos pela bochecha de Azriel, traçando o contorno de seus olhos, nariz e lábios, passo delicadamente o indicador pela voltinha de sua orelha antes de contornar a linha forte de sua mandíbula. Guardo cada detalhe de seu rosto bonito para que eu jamais esqueça, mesmo sabendo que esquecê-lo agora seria impossível. Seus olhos se abrem e eu me assusto, puxando minha mão, ele a segura e coloca de volta em seu rosto.
-Continue.
Sua voz rouca de quem acabou de acordar causa borboletas em meu estômago. Acaricio sua bochecha com a costa da mão.
-Dormiu bem? - Pergunto.
-Muito... - Ele volta a fechar seus olhos. - E você?
-Também.
Continuo acariciando seu rosto, sua mão apoiada em minha cintura. Observo as tatuagens por seu peitoral, contorno-as com o dedo, seguindo pelos músculos fortes de seus braços até suas asas. Azriel treme e aperta minha cintura.
-Não faça isso. - Adverte, seus olhos agora arregalados.
-Por que não? - Seguro uma risada.
Repito o processo, achando sua reação engraçada. De uma só vez, o illyriano gira meu corpo e fica por cima de mim, segurando meus pulsos acima da minha cabeça, solto um suspiro surpreso, não tinha mais graça.
-Nossas asas costumam ser mais sensíveis que o restante de nossos corpos. - Seus olhos estão fixos nos meus.
-Dói? - Pergunto, desconcertada pela forma como seu corpo está pressionado ao meu.
-Não, é outro tipo de sensibilidade. - Ele aproxima sua boca do meu ouvido e sussurra. - Permita-me demonstrar.
Uma de suas mãos solta meus pulsos, porém, a outra ainda segura os dois. Ele desce lentamente a mão livre pelo meu braço e posiciona-a na barra de minha blusa. Eu ofego, engolindo seco.
-Imagine isso... - Sua mão entra por dentro da minha blusa e ele traça minhas costelas com a ponta dos dedos. - Só que muito... Melhor.
Fecho os olhos arqueando meu corpo sob seu toque, um gemido fraco escapa de meus lábios e na mesma hora eu abro meus olhos. O rosto de Azriel está a centímetros do meu, os olhos escuros, a boca entreaberta e a respiração irregular.
-Porra... - Ele xinga.
Nós permanecemos um encarando o outro. Uma de suas mãos ainda prendendo as minhas, a outra por dentro da minha blusa, segurando com firmeza minha cintura. Os olhos do illyriano descem para a minha boca antes que ele a ataque com um beijo quente e desesperado. Solto um rápido gemido de surpresa antes retribuir, cedendo passagem para sua língua que entra na mesma hora, explorando experientemente cada parte da minha boca. Posso sentir seu volume em minhas coxas, ele as afasta com os joelhos e se coloca entre minhas pernas, ainda me beijando. Mexo desesperadamente minhas mãos, ansiando por tocá-lo, ele as solta e eu agarro seus cabelos dando leves puxões, um gemido de apreciação sai de seus lábios e eu o abafo com a minha boca, sua outra mão segura minha coxa, dando alguns apertões. O beijo de Azriel acende algo dentro de mim e me sinto prestes a explodir. Nós nos separamos por falta de fôlego, ambos ofegantes, sua boca vermelha e inchada. Ele se afasta e se senta o mais longe possível, me sento encostada na cabeceira da cama, nossos olhos fixos um no outro.
-Nós... - Começa, passando as mãos pelos cabelos rebeldes e respirando fundo. - Temos que ir até a Casa do Vento.
Apenas assinto, incapaz de formular qualquer frase descente. O encantador de sombras hesita antes de se levantar e eu reparo no enorme volume entre suas pernas, instintivamente eu mordo o lábio e ele abre um sorriso malicioso. Sem mais nem menos o homem se vira e sai, me deixando sozinha no quarto. Me jogo de volta na cama, sentindo meu corpo extremamente quente e molhado.
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A Corte de Sombras e Escuridão
Hayran KurguMesmo após a guerra, as bestas de Hybern continuam a perseguir Lucille, que fugiu antes que a batalha começasse e que fosse obrigada a cumprir sua tarefa. Depois de meses de fuga ela acaba usando o pouco que restava de suas forças para atravessar o...