Corra Até Ele

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OLÁ!

Primeiro, viram esta capa linda????? Foi feita pela _XxPuJinxX_  e eu amei DEMAIS!! GENTE, OLHA QUE COISA LINDA!!! EU TÔ APAIXONADA!!!
Segundo... estamos na reta final, como já sabem, meus amores. Mais uns 4 capítulos e acabou. Aproveitem bastante!!!

AVISO: CONTEÚDO MUITO LINDO 😭😭

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Existem momentos em que nos damos conta de acontecimentos dotados de muito significado que outrora passaram despercebidos. Isso é muito comum perto de um Jimin: dias se tornam semanas que se tornam meses de uma rotina aparentemente igual. Porém, quando o ciclo é quebrado apenas uma vez, você pode refletir e capturar os momentos preciosos que perdeu.

Corra até ele, corra para o ter nas mãos e jamais deixar que momentos importantes passem despercebidos.

Corra até ele, o agarre e nunca mais solte.

Sentado na sacada enquanto observava o Japão noturno, sozinho após deixar Jimin dormindo na cama, fui atingido por uma sensação de forte melancolia e flashbacks. Pude me lembrar do momento em que eu e Jimin falamos pela primeira vez sobre a possibilidade de viajarmos ao Japão. Foi durante um café da manhã, foi num dia em que eu acordei mais cedo devido a um pesadelo, foi no dia que meu pai tentou assumir o posto que abandonou sem remorso e também foi o dia em que Jimin foi atropelado.

Lembrar que ele havia arriscado sua vida por mim me deixava numa posição dolorosa. Ele tinha feito tudo que pôde por mim, realmente tudo, e depois de toda a intolerância que recebeu de mim logo que nos conhecemos. Jimin nunca… nunca julgou meus atos e até me reprovando e sendo protetor ao extremo tentou respeitar meu espaço. Nossas primeiras impressões morreram com o tempo, mas as minhas resistiram mais.

Imaturo e confuso sobre mim mesmo, por mais de uma vez ri e debochei de sua situação, de suas preocupações e avisos. Achei que era exagero, quis que fosse. Me recusava a ver Jimin ou qualquer um mais profundamente porque temia me sentir ainda pior. Quis por meros momentos que as pessoas fossem rasas para que fosse fácil lidar com elas, porque eu não sabia lidar com elas.

Eu estava péssimo e queria beber, comer, transar e ver televisão numa repetição interminável. Não queria pensar, me esforçar, não queria que Jimin fosse mais que raso, que tivesse problemas reais, pois assim seria difícil. Me envolvi e vivi dessa repetição perniciosa o máximo que pude; o momento em que não pude mais foi, sem dúvidas, o dia da promessa de viagem, o dia de grandes planos e ligações ruins, o dia em que Jimin quis morrer por mim.

Jamais pensei que alguém pudesse fazer algo do tipo por mim ou por alguém; até então, minha mente via acontecimentos desse tipo como histórias raras, do tipo para cinema ou para pessoas demasiadamente apaixonadas. Como minha vida não era um filme e eu achava que Jimin não nutria nenhum sentimento tão grandioso por mim, aquele carro acelerado veio como a maior das surpresas.

Aquilo me tirou do limbo do qual eu estava lentamente escapando com a esperança e desejo de entender mais Park Jimin. Ele estava disposto a morrer por mim. Não, era demais. Inacreditável.

Surtei. Quis voltar às raízes, andar de moto e beber pela madrugada; foi minha recaída do mundo real para a doce e bêbada fantasia da depressão frutífera que florescia no meu imo. Não durou muito, como é fácil de notar. A distância de Jimin, a distância desse mundo real a que ele me puxava constantemente, foi maior que eu.

No entanto, aquele dia estava decidido para ser efeito de carma, e a moto de Yoongi foi a condutora. Pontos bem amarrados, eu diria: algo que simbolizava minha entrada e recaída no mundo imaginário pertencer àquele que insistentemente tentava me afastar da realidade.

Como (Não) Viver Com Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora