Erros.

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A batida é constante na pista de dança.

Corpos balançam em uma sincronia sem fim e sem dúvidas, eu estou no meio.

Está quente demais para uma madrugada, talvez seja os muitos tons de vermelhos ou a massa de corpos balançado juntos, mas posso sentir o suor escorre entre o vale entre meus seios.

O copo de cerveja é leve na minha mão, esquentando a cada minuto que eu não dou devida atenção.

- Ei bora tirar foto. - Vih se aproxima com os seus longos apliques loiros correndo como uma cascata pelas costas ampla.

Balanço minha cabeça em um aceno, apreciando quando o ritmo de batida muda para uma coisa mais suave.

Eu pisco lentamente para afastar a sonolência que começou a abater.

Vih se aproxima com o celular e se inclina, segurando a minha cintura com uma mão e com a outra segurava o celular em uma pose de selfie.

Ela põe a língua pra fora e eu imito o movimento, fazendo uma pose meio tosca.

Mas eu não me importo com isso no momento quando o sangue corre mais rápido pelas minhas veias, incendiado minha pele a um nível alarmante.

- O Rodolfo não tirou os olhos de você a noite toda. - Vih Sussurra no meu ouvido em um tom conspiratório.

- Estas louca - Riu para o absurdo e contínuo balançando meu quadril com o ritmo.

- Olha, é sério. - Ela segura meu braço e aponta de forma nada discreta para o Rodolfo que no momento estava sentando em uma mesa isolada com o Caio a reboque.

E de fato, os olhos dele estão olhando diretamente para mim.

Os lábios dele tremem levemente em um sorriso doce e meio bobo. Não consigo me conter em devolver o gesto.

- Viu? Eu disse.- Vih riu, fazendo eu desviar o olha dele de volta para a minha amiga maluca.

- Pura coincidência.- Sorrio para a cara dela de frustração e volto a tomar a minha cerveja que já esquentou com o tempo.

- Não estou te forçando a nada, entendeu...mas foi você mesmo que disse que queria beijar na boca.- Ela direciona um dedo acusador. - As opções são bem limitadas, tem o Nego...

- Me mate agora.- Respondo com repulsa na voz.

Vih revira os olhos antes de continuar o monólogo.- Projota e Caio são casados, Gil e João são gays.

- Nem tinha reparado.- Não consigo evitar o sarcasmo.

- Se concentra aqui, ok? - A loira bufa, claramente impaciente com as minhas interrupções.- Arthur está com a Carla e o Fiuk é...

Vih olha para Fiuk que está devorando um prato de carnes com queijo.

- Alguma coisa.- Juliette completa.

- Alguma coisa.- Vih concorda.- Então só sobra o Rodolfo.

- Tem a Sarah.- As palavras sai da minha boca sem permissão. - Brincadeira - me apresso em corrigir diante do olhar chocado da Vih.

Depois de um momento estranho, Vih começa a ri.

- Olha eu Shippo, é bem fofo até vocês duas...-

- De quem estamos falando? - Rodolfo aparece magicamente igual uma assombração.

E eu que pensei que o morto fosse o Fiuk.

- Sua mãe já lhe disse que é feio xeretar conversa alheia? - Pergunto um pouco rude.

Quem manda ele assustar minha alma para fora do meu corpo assim.

- Desculpa, foi sem querer.- Ele coça a cabeça em um gesto nervoso. - Mas quem é bem fofo?

- A..

- Arthur e Carla.- Interrompi a loira antes dela completar.- Simplesmente perfeitos.- Finjo mandar um beijo na direção dos dois que estão agarrados no barco.

Vih me lança um olhar questionador que eu escolho deliberadamente ignorar.

- Pode se dizer...- Rodolfo diz sem compromisso.- Mas eu vim aqui perguntar se você queria dançar.

- Quem? Eu? - Pergunto em alto e bom som, uma voz nada feminina naquele momento.

- Sim, você.- Rodolfo afirma com um nervosismo que eu até acho fofo.

Um pouco.

- É que...-

- Aí meu deus! Sarah, Gil e Carol em um beijo triplo. - Escuto ao longe um grito de descrença.

Eu nunca fui uma pessoa descrente, muito pelo contrário, sempre acreditei ( E acredito) em várias coisas.

Mas vê os meus amigos beijando uma cobra descamada, é pedir pra ficar cego.

Não é possível. Simplesmente não pode ser.

E de repente é difícil respirar, é como se todo o ar tivesse sido roubada do meu corpo.

O beijo termina tão rápido como começou, só um simples encostar de lábios e gritos de felicidade seguindo.

Mas aquela pequena pontinha de dor permaneceu ali, crescendo como uma praga que eu não tinha controle.

Talvez eu culpe o álcool, talvez a forma como a música estúpida levar o melhor de mim, fazendo eu rodar na pista de dança com os braços do Rodolfo na minha cintura.

Mas por agora, pelo menos por um momento, eu quero esquecer.

Então eu aceito de bom grado o calor que os braços dele propõe, marcando a pele nua da minha cintura e ignorando, completamente, a voz irritante do meu subconsciente dizendo que aquilo era um erro.


Mais um capítulo hoje para comemorar a ida do Nego Di ao Paredão kkkkk vou votar até meus dedos cair. Vem rejeição 🎶

Queria também compartilhar que estou bem decepcionada com o Gil, ele não tem a menor fé na Sarah. Eu entendo o seu medo e tal, mas a menina precisa de apoio agora.

E novamente, a única com a cabeça no jogo é a Juliette, ela afirmou que a Sarah é forte e que é o Nego Di que sai terça feira.

Eu amo como ela apontou na cara do Rodolfo a conversa que gerou todo aquilo Papinho contra o Fiuk.

Então é isso, espero que tenham gostado e até a próxima.

Sariette. - Um conto do BBB.Onde histórias criam vida. Descubra agora