Sariette. - Um conto do BBB.

Hate That I Love You.

 “Quem é capaz de explodir de raiva , também é capaz de explodir de amor.”

Gabito Nunes.

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             Sarah Andrade.

É Terça-feira o quê significa que é dia de enterro.

O Gil não poupou lágrimas então, chorando alto e fazendo barulhos de engasgo o caminho todo até a porta. Ele tinha um braço firme ao redor de Lumena, segurando sua amiga com firmeza.

Dói meu coração ver o meu melhor amigo assim, é difícil não saber como ajudar nessas situações, a pessoa adequada pra isso era justamente a Juliette...

Não, não estou pensando nela hoje de novo.

Lumena esta abraçando cada um e eu tenho vontade de conter a vontade de ri quando vejo Vih chorando igual uma condenada, suas lágrimas se igualando ao do Gil. Quem ver diz que ela perdeu um parente pra morte.

Então Lumena está na minha frente, me apertando em um abraço não tão gentil, sua boca roçando na minha orelha. Um arrepio frio sobe pela minha espinha e eu não gosto nada daquele sensação que se agarra as minhas entranhas como mãos frias de um defunto.

Bem diferente da sensação calorosa que os abraços de Juliette me causam.

_ Você tem que ter cuidado._ Lumena susssura baixinho na base da minha orelha._ Eu vi os dois juntos. _ Ela se afasta com um sorriso e com um último aceno para o Gil, sai pela porta.

Estou petrificada no lugar, incapaz de me mover, até de respirar. As mãos frias permaneceram ali como um toque fantasma, me deixando enjoada e tonta.

Meus olhos se movem contra a minha vontade e ali, sentada em uma pedra alta do jardim está Juliette, ela está com a cabeça levemente abaixada e ele tem um braço ao redor dos ombros dela. Sempre ele.

O toque frio se espalhou pelo meu corpo, deixando ele formigando, quase em estado de dormência.

Me viro e caminho em direção a casa, indo apoiar meu melhor amigo.

Não é como se eu tivesse algo aqui.

Penso amargamente.

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Estou sentada na cama de pernas cruzadas, a minha maquiagem espalhada pelo colchão.

Gil entra pela porta e pula do meu lado, sua aparência ainda meio abatida por ontem. Mas seus olhos contém um leve brilho de esperança, brilho esse que eu tenho medo de apagar.

Quero dizer pra ele que é idiota acreditar que é um paredão falso quando é tão cedo no programa ou que se a Karol saiu, era lógico Lumena segui-la já que ambas tinham jogos semelhantes. Mas mesmo tendo consciência disso, as palavras se recusam a sair, empacando na garganta como um maldito vírus.

_ Você tá ok?_ Gil pergunta e pega um dos meus pincéis pra pincelar pó nas bochechas.

Fico um pouco confusa com suas palavras._ Claro, por que não estaria?

Gil balança a cabeça pra si mesmo, como se tivesse dificuldade com as palavras. O que era engraçado, já que Gil era conhecido por falar sem o menor filtro.

_ Estamos bem com a Juliette?_ Ele procura meus olhos com uma expressão angustiada._ Vocês duas parecem ter um certo conflito e eu não sei aonde isso me coloca. Você duas são minhas melhores amigas e não quero magoar nenhuma.

Respiro fundo antes de responder, procurando as palavras certas por que sei que com o menor toque, Gil vai desmoronar e começar a chorar alí mesmo.