Que comece a guerra.

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  Você constrói um alicerce, pra construir uma vida, com sonhos, medos, dramas...uma vida completa. Não precisamente perfeita, mas completa, contendo de tudo um pouco, e você faz isso sem machucar ninguém, ferir ninguém , sem puxar o tapete de ninguém. Aí chega do nada um demônio, e quer puxar uma coluna que sustenta toda a sua construção, puxa até abalar e você pensa: Porque alguém se ocupa a fazer isso?

Cambonja        
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             Sarah Andrade.

Eu não estou olhando ela, pelo amor de Deus!

Qualquer pessoa gosta de olhar uma piscina de longe em um dia ensolarado, isso é perfeitamente aceitável pela minha percepção.

O fato da minha ex? - Não, não foi um término, só um tempo. - está nessa dita piscina não quer dizer absolutamente nada.

Agora que já definimos que eu não estou olhando a Juliette tomando banho com aquele biquíni minúsculo preto, o mesmo que ela usou naquele dia no quarto do líder, quando ela fez aquela coisa...

Eu bato a minha mão no rosto com força até sentir o ardo do tapa.

Sarah má!

O idiota do Rodolfo teve a brilhante ideia de fazer um rodeio com o colchão de pegar sol. Pensando bem, de idiota ele não tem nada. Ele está se aproveitando para "ajudar" as meninas a subir em cima do dito touro e assim pegar em alguma parte da pele exposta.

Eu puxo as mangas do meu blusão para cima, ajustando o chapéu preto na minha cabeça para encobrir minha expressão assassina. É a vez da Juliette subir no touro e o Rodolfo logo se ofereceu para ajudá-la a subir.

Sem nem pensar, Juliette aceitou a ajuda dele e isso resultou nele tocando a coxa desnuda dela. Ela quase tombou para o lado e ele agarrou a cintura dela com força, mantendo-a firme no lugar.

Eu tenho que repetir o meu mantra usual que eu desenvolvi desde que acabei machucando Juliette com meu ciúmes bobo e isso resultou no nosso tempo.

Ela gosta de mim, não dele.
Ela gosta de mim, não dele.
Ela gosta de mim, não dele.

Se torna um pouco monótono depois de um tempo, mas ajuda a mim acalmar, meu sangue vai esfriando nas minhas veias e aquele latejar irritante na minha cabeça vai diminuindo até sumir.

E logo eu estou rindo da morena tentando se manter firme e sendo derrubada na água.

_ Eita Cachorrada!

Escuto Gil gritando do outro lado da piscina e isso aumenta a minha risada ainda mais.

De alguma forma, Juliette olha na minha direção e me pega rindo, ela faz uma careta para mim e põe a língua fora com uma cara engraçada.

Eu repito o gesto para ela sem nenhuma vergonha.

Estava tão concentrada nela que nem percebi ele do meu lado até ser tarde demais.

_ Ela é linda não é?

Um calafrio percorre a minha espinha de repente, causando um tremor estanho e intruso.

Eu torço minhas mãos uma na outra e mordo meu lábio com força antes de responder.

_ Quem?

Eu sei muito bem de quem ele está falando, mas se ele pensa que eu estou caindo no jogo dele está redondamente enganado.

Eu crio um pouco de coragem para encara-lo, pensando que ele está com aquele olho de peixe morto na Juliette mas tomo um susto quando vejo seu olhar fixo em mim.

Sariette. - Um conto do BBB.Onde histórias criam vida. Descubra agora