Sariette. - Um conto do BBB.

Situações inusitadas.

Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?

Caio Fernando Abreu

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           Gilberto Nogueira.

Estou começando a ficar seriamente irritado. Depois de procurar em todos os cômodos da casa, incluindo o banheiro, não conseguir encontrar as minhas putas.

Esfrego um ponto dolorido da minha cabeça quando volto a pista de dança, meu estresse chegando a níveis alarmantes.

_ Você viu a Ju e a Sarah? _ Paro a Camila com um braço quando vejo ela indo em direção as comidas com uma expressão faminta no olhar.

Xepa né meu amor.

Camila pisca um pouco, tentando lembrar antes de reformular as palavras._ Acho que vi elas indo para o quarto do líder. Alguma coisa sobre trocar de roupa.

O único lugar que eu não procurei.

Resisto a vontade de bater na minha cara pela minha própria burrice, será que auto agressão gera expulsão?

Prefiro não descobrir na prática.

_ Obrigada.- Digo e solto o braço dela, começando a caminhar em direção ao quarto do líder.

_ Meu Deus, não acredito! _ A voz da Vih Tube exclama e eu não posso evitar olhar para ver qual é o babado da vez.

Ora ora se não é uma surpresa.

Taís e Carla em um beijo triplo com o Arthur.

Beijo triplo vírgula né, o Arthur está quase fora do beijo enquanto a Carla aperta os lábios com força contra a boca da Taís.

O Arthur recua primeiro, enquanto Carla e Tais permanecem um minuto a mais antes de se separar.

O loiro tem uma expressão tensa no olhar antes de relaxar quando a Carla sorri para ele, abraçando a cintura da loira e a puxando para si.

Nem um pouco suspeito.

As vezes eu penso que todo mundo aqui está dentro do armário, só esperando uma oportunidade para pular e agarra a vítima mais próxima.

Não vou me surpreender se ver um beijo entre Fiuk e Rodolfo na próxima festa.

Solto uma risada maligna com o pensamento e volto a procurar as minhas putas com um babado novo pra contar.

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Chamo na porta e não vem nenhuma resposta, bato novamente com o punho fechado e nada.

Cruzo meus braços com irritação e resolvo testar a maçaneta para ver se abre, mesmo sabendo que é inútil.

E para meu espanto, ela se abre sozinha.

Piso na sala iluminada com cuidado, com medo de levar punição por causa de um erro. Procuro Sarah com os olhos mas a princípio, não vejo nada.

Entro mais fundo na sala e ainda está tudo em um silêncio mortal. Será que elas estão no banheiro? Mas é proibido duas pessoas.

Um gemido rouco e um tanto alto é soltado de repente, arrancando o inferno para fora de mim.

Minha cabeça gira mais rápido do que pião em direção ao som, localizando o mesmo vindo de baixo das cobertas.

Cobertores estes que estão se movendo.

Se movendo em um ponto bem específico e detalhado.

Minha garganta de repente fica muito seca, meus pés congelados no lugar, incapaz de se mover ou correr.