Rewrite The Stars.

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Antes de agredir com palavras ou ações, lembre-se que o silêncio e a indiferença também machucam!

Reinaldo Ribeiro.

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Juliette Freire.

Eu estou com raiva.

Não deveria ser uma surpresa, mas dado aos últimos acontecimentos, raiva era a última coisa que eu precisava.

A voz dele zombateiro, sempre com sarcasmo e ironia fervem sobre a minha pele, me deixando levemente nauseada. Talvez eu estivesse exagerando e isso não fosse nada demais.

Mas eu não conseguia apagar a imagem da minha mente de todas as vezes que eu tive que comer cuscuz pois não tinha outra refeição, ou como ficava entalado na garganta e tinha que ser empurrado goela a baixo com água pra encher o estômago com alguma substância.

Então vem ele, um cara que nunca na vida fez qualquer coisa por si mesmo, com aquela autoridade petulante dizer ou melhor, querer dizer o modo certo de fazer algo que ele NUNCA fez antes.

Era pra ri. Mas nesse momento ri era a última coisa na minha mente, não quando as lágrimas continuavam caindo e se prendendo nos meus cílios.

Sento na cama do canto e puxo as pernas contra meu peito, tentando controlar a minha respiração e acalmar meus nervos, surtar nunca era uma possibilidade aqui, não pra mim.

A porta do quarto se abre, mas a minha cabeça está enterrada nos meus joelhos e eu me recuso a reconhecer a presença de alguém.

Os passos vão ficando mais alto conforme a pessoa se aproxima, então um peso é depositado do meu lado na cama e o cheiro do perfume dela invade minha narinas.

_ Qual o problema?_ Sua voz é suave e ao mesmo tempo não perde o toque rouco que estou acostumada.

Levanto o rosto para ela, agradecendo aos céus que as lágrimas já tinham parado a um tempo e qualquer vestígio foi extinto.

_ Você não ouviu a discussão? _ O sarcasmo pinga sem ver convidado.

Ela estreita os olhos verdes um pouco antes de se acomodar direito na minha direção, as pernas em posição de yoga na cama.

_ Eu ouvi sim, mas não achei que fosse algo sério._ Ela diz com uma careta confusa, em outro momento eu teria achado fofo.

Mas naquele momento, raiva era a única coisa que eu podia sentir, não, risque isso, era a única coisa que eu queria sentir.

_ Se você não achou que fosse algo sério, por que está aqui então? _ Sarah recua um pouco com o meu tom antes de fechar os olhos e respirar fundo pelo nariz.

Ela está obviamente frustada, bom, por que eu também estou.

Sarah enrola um fio de cabelo atrás da orelha e se aproxima um pouco mais.

_ Eu não vim aqui pra brigar, ok? Pensei que você precisava de um ombro amigo.

_ É? _ Levanto a sobrancelha em leve descrença._ então onde você estava? Por que isso aconteceu horas atrás e eu não vi você aqui.

E então eu percebi porquê estava com tanta raiva. Não era só pela briga com Fiuk, era a falta de apoio até então.

Quantas horas eu fiquei chorando aqui sozinha e a única pessoa que veio foi o João?

Nenhum sinal de Vih, ou de Gil ou de Sarah.

Sarah abaixa a cabeça um minuto, um pouco de cor vermelha colorido suas bochechas.

Sariette. - Um conto do BBB.Onde histórias criam vida. Descubra agora