Marquesas

64.

          - Vai me levar para minha cela? - pergunta o Samuel tenso estendendo as mãos para que o homem lhe pusesse as algemas.
           - Olhe, o que eu mais queria era te jogar lá fora para quê você se entendesse com povo que você roubou. Mas não, não é isso que eu vou fazer... o capitão quer outra coisa. - ele o puxou para fora e fechou a célula com um empurrão. 
          - Mas o que você vai fazer comigo? - Samuel estava assustado.
          - Sem conversa velho! Agora caminhe! - o homem disse então apontou para frente com a cabeça evitando tocar qualquer parte do corpo de Samuel, que percorreu o corredor na frente sendo levado para uma pequena sala dois andares acima de onde estivera.
           A local era escuro e frio, apesar da rigorosa limpeza, tal qual o corredor por onde ele acabara de passar. olhou para frente e se sentiu em um daqueles filmes policiais onde o criminoso ficava de frente para uma pequena mesa algemado a um cano no centro enquanto um imenso espelho de vidro escuro... provavelmente uma janela e possibilitava a visão de todos do outro lado.
           - Pode ficar aí porque os caras estavam logo logo aqui para conversar com você.  - disse o policial com desprezo, Samuel pensando que até pouco tempo atrás era tratado com com distinção... a distinção e cortesia dados a um banqueiro!
            Engolindo em seco, ele sentou-se e se deixou ser algemado à mesa. Então, assim que o policial saiu três pessoas entraram na sala: a primeira era Paul, a segunda era Rose e a terceira um homem, que Samuel identificou como sendo o tal capitão Walmar, do FBI!
           Walmar sorria para Rose e Paul, soltos e com roupas limpas, uma arma em um coldre nas costas. Sam não conseguia entender direito o que estava acontecendo ali, porém sua mente o levou a lembranças da chegada e estadia daqueles dois em sua casa. Eles estavam ali, desde que ele trabalhava com Marco, há alguns meses!
           Aos poucos, ia lembrando-se e juntando as peças. Telefonemas estranhos recusa a partir da casa ante as investidas sexuais de Umah... Só podia significar uma coisa...
          - Vocês... Vocês também me traíram, não é mesmo? ele perguntou inconformado ponto aquela era a gota d'água, pensou decepcionado ao enfrentar os olhos do homem no qual depositado toda sua confiança. Paulo...
           Seria, mesmo, o seu nome? 
           Walmar acendeu um cigarro e olhou para Samuel.
           - Senhor Foster, estes são os meus agentes...
           - Desgraçados! - Samuel gritou, colérico tentando se soltar da mesa, a fim de esbofetear ou esmurrar aqueles mentirosos. Porém o capitão jogou o cigarro na mesa e o segurou.
           - Acalme-se, homem! Que droga... Quem é você para xingar alguém de desgraçado? Ooras... Um pobre ladrão de pessoas pobres...
           Samuel sentia-se umidade cimo, enganadissimo um idiota!
           - Pelo menos eu nunca escondi verdadeiro papel exerço na sociedade contra exclamação! - ele atacou.
           - Senhor Samuel... Cuidado com as palavras. O senhor não está em condições de querer ofender alguém aqui no ponto ainda mais agente secretos federais como o Phill e a Anne.
          Samuel sorriu sarcástico.
          - Hum... Que bonito! Então esse é o seu verdadeiro nome: Phill e Anne ...
           - Desculpe-me, capitão. Que tal irmos direto ao assunto? - perguntou Anne, não mais como uma garota confusa mas uma verdadeira agente federal, e ainda por cima atriz! a mulher havia fingido, direitinho, para ele sua incapacidade de resolver alguns problemas simples para a maioria.
             - Acho ótimo ponto não podemos perder mais tempo. - apertou um botãozinho e chamou mais uma pessoa.
           Um homem, velho e alto de farda do exército entrou ponto estava sério e olhava Samuel com interesse. Foi então que Phill os apresentou.
           - Senhor Foster... esse aqui é o Major Franklin Gardh forças armadas do exército do Norte como o senhor sabe, por seu intermédio e do Senhor Cole Singer armas federais e de guerra andaram saindo do país sem ordem e com destino ao exterior.
           - Mas é lógico que você sabe dessas coisas! Eu mesmo lhe deixei a par de tudo... - Samuel não cabia em si de tanta fúria.
           - Por favor... Cale-se! - ordenou Walmar - pare de culpar pessoas honestas que só estão trabalhando pelo bem da sua pátria pelo bem da justiça!
          O capitão queria dizer que Samuel não tinha o direito de julgar alguém por fazer algo errado, quando ali era ele o réu por corrupção. Mas não disse nada. uma jora, que Samuel jurou já ter visto em outro lugar, não parava de olhar o, totalmente concentrado. Raspou a garganta.
           - Deixe-me falar com este cidadão. - pediu ele com voz grave segurando o crepe junto ao peito a postura rígida.
           Então, olhando para Samuel começou.
           - Já sabe meu nome e para dizer a verdade estou louco para me aposentar, mas antes quero resolver um problema de corrupção que está acontecendo em meu quartel - ele falou sem ao menos dar chance para que Samuel interviesse no monólogo.
           Raspou a garganta e olhou o homem com desdém.
           - Há alguns anos descobri que armas do meu exército estavam sendo vendidas para uns bandidos do extremo oriente. Não preciso dizer que isso é um crime, que merece pena de morte não é? - o olhou com olhos de rapina então virou os olhos para outro lado - Pois bem... antes de sair quero nomes! Quem é o bandido que está passando as armas para o senhor,  que as manda para LeBlanc e este a espalha para os maiores criminosos do país? - agora, ele estava extremamente irritado aproximando os olhos e o corpo, cada vez mais perto de Samuel, de forma que quando o mesmo percebeu ele estava quase com o narizes se tocando, a fúria nos olhos negros.
           Samuel engoliu em seco. Eles não acreditariam. Jamais acreditariam se dissesse que era o primeiro general do exército.
           - Senhor Samuel, por favor, colabore! - Phill pediu, meio que impaciente. Na verdade, em todos aqueles anos esta era a única coisa que ele não havia descoberto.
           Samuel devolveu o desdém nos olhos.
           - Para quê? Por acaso tem outra carta na manga? Olha... não me preocupo de ficar preso não tenho mais nenhuma responsabilidade mesmo. Minha filha...
           - É... por causa dela que eu trouxemos aqui, senhor! - Anne espalmou as mãos na mesa e Samuel ficou gélido, sem fala ponto depois saltou na direção dela - Seus 007s de meia tigela! Do que estão falando? Que algo aconteceu com a minha garota e vocês, tão espertos não sabem o que aconteceu? É isso?
           - Senhor Samuel! Comporte-se. Que merda! - Walmar já perdendo o controle - Estamos com três problemas aqui! Queremos Marcos, uma jor que era o traidor, e o senhor sua filha... acho que podemos nos juntar não é!
           Sam estava com lágrimas nos olhos.
           - O que houve com a minha garotinha? Onde está ela?
           - E é para isso que estamos pelo mundo, senhor Samuel. Para proteger o mundo e saber das coisas que estão tortas! - disse Anne.
           - Senhor Samuel vamos entrar em um acordo ponto tenho certeza de que se nos ajudar, isso poderá ajudar muito na quantidade da pena que o senhor receberá. - Frank disse.
            Então perguntar Samuel lembrou-se de onde eu conhecia ele era o treinador da equipe de Lion.