23.

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          Na verdade, Samuel não estava nada "bonzinho", como afirmava And. Ele estava preocupado. Super preocupado com negócios e com a notícia de que estava rodando de boca em boca pelo banco: uma possível investigação por causa de investimentos de risco, negócios aparentemente inexistentes.
           - Marj... – chamou ele pelo interfone da sala que ocupava no ultimo andar do imponente prédio – venha até a minha sala.
           - Sim, senhor. – disse a mulher.
           E em minutos a bela loura de cabelos ondulados e longos entrava, a feição séria.
           - Pois não senhor...
           - Quero que me mande o que dispomos dos outros bancos, fábricas... quero saber sobre tudo, me entendeu? – ele ordenou sério – Das porcelanas Singer, móveis e imóveis... utensílios... vou para casa.
           - Bom descanso senhor... – disse Marj.
          Sendo assim, pegou a valise e saiu.
           - Obrigada. – disse ironicamente. Na verdade, não estava com disposição para descansar por causa dos problemas da empresa. Entrou no elevador e desceu, despedindo-se de cada funcionário, o pastor Herbert tentando subir.
           - Pastor... – disse calmamente – mas o que faz por aqui?
           - Estava tentando falar com você. – disse ele – Escute, podemos conversar?
           - Claro... venha comigo. Te dou uma carona...
           Paul os esperava na porta do banco.
           - Boa tarde, senhor... – disse ele abrindo a porta do carro.
           - Boa tarde. Vamos para casa. – ordenou ele fechando a porta do carro.
            - Certo.
           Herbert virou-se para o homem.
            - E então? Pode me ouvir? – perguntou ele.
            - Mas é claro que sim. – Sam começou a desatar o nó da gravata enquanto sentia o carro deslizando pelas ruas – Diga o que quer...
            - Estou horrorizado com toda a situação. – disse ele balançando a cabeça onconformado.
            - Não estou preocupado com a And. Além do mais tenho outros problemas para resolver...
             Devido ao fato de o banco ser perto do prédio onde morava, Sam chegou cedo.
            - Ah... pelo amor de Deus, Samuel... você quer que a história se repita? – perguntou Herbert saindo do carro atrás do banqueiro quando Paul abriu a porta do carro.
            Samuel entrou n elevador seguido por Herbert e os olhares ansiosos de todos.
            - Não tem dó de Cole Singer? Ele ama a sua filha... estão noivos... o que vai fazer?
            Com um suspiro mais o timbre do elevador anunciando a chegada do andar, Sam saiu e já encontrou Hillary na porta do apartamento, esperando-o para entrar.
             - Não sei... quando ele chegar eu resolvo isto. – disse dando a valise para a mulher que o cumprimentou com um aceno de cabeça.
             - Pastor Herbert! Que bom vê-lo. – disse Umah chegando do interior da casa, lindamente decorada – Oh, estou tão preocupada com esta situação... o senhor sabe! And está ficando louca...
             - Receio que terei de tomar umas providencias drásticas quanto à participação de vocês nos nossos cultos. – disse Herbert começando a se irritar.
             - Por Deus! Não faça isso, senhor Herbert... – suplicou a mulher indo atrás do homem que seguia para a saída da c asa.
             - Umah... vá chamar Paul para mim... – ordenou sam indo para o escritório sem se preocupar com qualquer coisa.
             O pastor foi embora e ela assentiu a contragosto.

* * *

             - Sim... Court... sim... eu sei... – dizia Paul.
             - Mas o que está fazendo afinal? – gritou Umah tirando-o de seu devaneio pessoal ao telefone.
             Assustado paul desligou na hora. Percebia pelo seu alto e estridente tom de voz que ela estava furiosa com algo. Com certeza com And e seus novos passeios.
            - Desculpe-me senhora, eu...
            Umah abanou a mão com desdém.
            - Deixe de cortejos. Vá ver Sam... ele qur falar com você.


Nevada – Las Vegas
Computer Empire!

             - ... bem, o que temos aqui pe uma "venda especial para Houston..." estamos com um "grande estoque" e "muitos computadores"... – o homem mostrou a fotografia em slide na sala escura, as cadeiras ocupadas por cerca de quinze pessoas – teremos ajuas especiais... e aspessoas certas para executar essa venda serão... as que já estão no caso e... Magh Hoffman.
            A mulher loura suspirou.
            - Poxa... eu não vim nessa reunião para trabalhar... ficou combinado que eu iria comandar tudo daqui... gente, estou com u filho doente!
            - Magh, você não havia dito nada. Desse jeito termos de tomar uma solução drástica e...
            - Espere... – interrompeu uma mulher – posso resolver isso! Conheço bem os nossos compradores e...
            - Nada disso Court! Você já está nas vendas de Washington...
            - Mas pelos meus cálculos, nossos compradores estão indo para Houston... oh, por favor, Geoffrey... não faça isso comigo! Quero este caso!
            O homem suspirou. Court era sempre daquele jeito e tinha certeza de que não seria algo profissional. Era mais que aquilo. Era uma questão totalmente pessoal. Isso era mal. Por outro lado, era bom que ela conhecesse a fundo aquele caso. Era uma profissional no que fazia. Este era outro ponto a favor.
            - Está bem. Você vai amanhã de manhã. Vou ligar para avisar o senhor Castello hoje.
            - Obrigado pessoal. Todos já sabem das suas devidas tarefas. Agora... tenham uma boa tarde. E Courtney, venha até minha sala. Tenho que lhe mostrar os seus equipamentos...
            - Claro! – disse a mulher levantando-se.

* * *

            Os passos do homem caminhando de um lado para o outro, demonstravam seu nervosismo e o receio do que poderia acontecer quando ele chegasse. Não que tivesse medo da morte, claro que não tinha. Além dos guarda-costas em todos os cantos da velha fábrica em ruínas, ainda tinha o fato de que nada do que fazia o afetava.
            Era um imperador respeitado em todo o país e mundo. Qualquer coisa que dissessem contra ele, poderia tornar-se uma verdadeira infâmia contra o prestigio e bom nome. Todos o defendiam...
             Ao longe, avistou a limusine branca se aproximando. Colocou a mão nos bolsos, cerrou os dentes e parou. Não podia demonstrar o verdadeiro estado em que se encontrava.
             Com altivez, viu-a parar para sua frente. A porta foi aberta por um enorme ruivo com uma pistola automática na mão e de lá saiu um japonês baixinho trajando terno e gravata, sobretudo, todos pretos.
            Também estava cercado de guarda-costas.
             - O que é tão importante que não pode dizer pelo telefone ou entregue pelo meu mensageiro, senhor Singer? – perguntou ele.

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