25.

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        Sam pegou uma folha e observou o que havia de disponível.
       Cinquenta mil dólares. Na outra, cem mil e nas outras trezentos...
       - Meu Deus... o que farei? – se perguntou passado a mão pelo rosto em desespero, enquanto o motorista consultava uns documentos, enviava outros... – Paul... o que tem aí?
       - Hã... aqui tem cinco milhões, trezentos e noventa mil dólares. – respondeu o mesmo – e... com os dados que temos, ainda faltam cinquenta milhões... – Paul girou a cadeira estofada e o fitou.
       Sam estava desesperado.
       - Bem... já fez as contas do que posso conseguir se vender tudo o que tenho?
       - Sim, senhor. Poderia pagar tudo e lhe sobraria... cento e catorze dólares.
       Sam engoliu em seco. Cento e catorze dólares para quem tinha um império bilionário...
       Levantou-se passando a mao pela barba por fazer. Uma ideia começou até que uma ideia se acendeu em sua mente.
      - Já sei... – disse ele indo até o computador – Acione de banco de dados do Hit Bank...
       Paul obedeceu.
       - Agora ponha uma taxa da seguinte forma... um pequeno desconto geral...
        Paul obedeceu... e logo os números começaram a responder.
        - Estaremos salvos! – disse Sam esfregando as mãos uma na outra.

* * *

         Em outro estado, longe dali, uma mulher suspirava, nervosamente.
         - Isso não vai dar certo. Já faz dois anos que estamos nesse caso e ainda não conseguimos nada.
         - Espere... minha nossa... venha até aqui! – chamou uma garota – acaba de chegar um e-mail... não se de onde, mas... informação quente!
         - Nevada! – disse a primeira mulher olhando a velocidade com que corriam os números – um movimento bancário... está indo para uma conta secreta...
        - Investigue o destinatário e procure de onde vem... parece que dessa vez estamos conseguindo. Deus ouviu nossas preces!

* * *

        O inverno começava a se aproximar, juntamente com as vésperas dos torneios de natação e o final das aulas, começo das férias e preparação para a formatura.
       Logo que terminara com Sam, Paul foi ter com Umah. Ela queria que ele lhe desse uma forcinha enquanto o marido, mais calmo saía para trabalhar e And brincava com o cachorro no parque do prédio.
       - Estou furiosa... furiosa! – gemeu Umah enquanto Paul fazia o servicinho sem eu corpo – Sabe por que?
       - Não! – paul suspirou e a fitou por trás.
       - Aquela safadinha... está... traindo o meu... irmão! Ai... chega, chega por hoje! Ah... não sei o que vou fazer! Tenho que pensar logo...
       Paul engoliu em seco com uma careta, terminando o ato e retirou-se. Mas Umah virou-se de frente...
       Não havia terminado!
       - Ufa... só assim para afogar minhas magoas! – disse um tempo depois, soltando-se prostrada, segundos depois fechando os botões da camisa – só assim para esquecer essa porcaria de vida, sabe!
       Paul ofegou e encostou-se na parede enquanto se vestia. Bateu no bolso para pegar um cigarro quanto Rose apareceu na porta.
       - Acalme-se, meu amigo... o final de todo este tormento está próximo, próximo...
       - Não vejo a hora...

* * *

      - Claro que estarei aí... com certeza. – disse Frank com um sorriso ao telefone – Lion? Não... ele saiu! Sim... está... ah... não faça melodrama! Vai dar tudo certo! Será somente um passatempo como sempre. Ele a deixará... não, eles também não estão... sim, são amigos... certo, eu irei! – e desligando, saiu. Só esperava encontrar Lion e os amigos, todos juntos.
       Pegou a chave do carro saiu.

* * *

        - Nossa... está começando a esfriar... – disse And apertando-se ao namorado.
        - Não fique preocupada. Eu te esquento... – disse Lion envolvendo-a com seus braços.
        And encostou a cabeça no peito dele. Adorava aquilo. O prazer que sentia quando ele a abraçava, o sentimento que nutriam um pelo outro, a paz e a alegria que sentiam... eram os responsáveis por ela saber o que era o amor e como era bom estar com quem amava.
         - Ah Lion... estou tão feliz por estar com você. É tudo tão bom. Acho que não haveria problema se você o conhecesse. – elevou os olhos até ele.
        - Acho que seria uma ideia ótima. – disse Lion, um brilho nos olhos cinzentos que ela tanto amava.
        Enlaçou-o pela cintura e o ergueu nos braços para que as bocas ficassem unidas, um longo e apaixonado beijo...
         - Mas o que está acontecendo aqui?
        Assustada, And soltou-se de Lion, os três amigos ali perto o fitando, Cole na maior altivez.
        - Cole... – murmurou And, desesperada.
        - Mas o que é que está acontecendo? Por que você está aqui envergonhando o Sam, esfregando-se com esse marginal.
        - MARGINAL, O CARAMBA, CARA! OLHA A BOCA!! – interferiu Cole entrando na frente do amigo.
        Brittany e Slash se entreolharam pressentindo a revelação.
         - O que foi seu marginalzinho? – Cole o enfrentou irritado, olhando-o de cima com desdém.
        And engoliu em seco percebendo o endurecimento do maxilar de Lion. Foi até ele e segurou sua mão.
        - Lion... meu amor, vá para casa! Eu falo com você amanhã... – pediu ela tremula, elevando os olhos enquanto passava a mão pelo seu ombro.
        - Nada disso. Esse branco nojento terá que aprender que não se mete com pessoas amigas desse "marginal"... – disse Brittany com as mãos na cintura.
        - Gente... ele não quis dizer isso! Ele nemos conhece e... –And tentou suavizar a situação.
        - Fique fora disso, And! Você não deve se meter om o grande imperador das porcelanas! – ironizou Carl deixando Cole furioso.
        O tom das vozes começavam a aumentar toanto quando a quantidade de espectadores que se perguntavam "que barulho era aquele?", "quem era aquela pessoa que se atrevia a gritar ali?".
        De repente parou uma perua ao lado deles e de dentro saiu Frank. Olhou Cole com atenção e depois fitou um por um.
        - O que está acontecendo aqui? – perguntou.
        - Ah Frank, graças a Deus você está aqui... acontece que Cole chegou e me pegou com Lion! Cole ficou furioso e os chingou. Eles não gostaram... por favor, faça alguma coisa... – pediu And em desespero.
         - Mas é claro que eu farei... – pessoalmente vamos parando com isso! – disse Frank com autoridade – Deixemos de discussão e vamos embora!
        Lion fitou Cole com desprezo que And nunca tinha visto... era como se fosse outra pessoa!
        - Certo! Mas você vai ver cara... a gente se esbarra por aí... e você vai ver o que criou!
        And estava fitando-o sem entender. Sentiu os braços do namorado a puxarem com força que fez os corpos se baterem doloridamente.
        E quando ele a fitou estava novamente com aquele olhar carinhoso de sempre. Era como se ele fosse um verdadeiro camaleão.
       - Gatinha... eu te ligo! Fique com o Malcolm – levantou seu queixo e lhe beijou os lábios, fazendo com que entreabrisse os lábios um pouco para que as línguas se tocassem. E quanto ocorreu, foi como se um turbilhão de sensações a invadisse.
         - Está bem e... desculpe-me! – disse And tocando com o indicador, seus lábios.
         - Não se preocupe! – Lion beijou-os com carinho foi para o carro, seguido pelos outros.
        - E o cachorro? Não vão levar esse pulguento? – perguntou Cole, sarcástico.
        - Não, porque esse "pulguento" é meu! – disse And colocando a coleira no cachorrinho – Vamos, Malcolm!
        Furioso com o desespero da garota Cole a segurou.
        - Ei... nós temos de conversar! Onde você pensa que vai com esse cachorro? Seu pai sabe o que você est[á fazendo? – Cole não estava conseguindo entender nada. Fora embora deixando sua inocente e sem graça noiva e ao voltar encontrava-a linda... sensual, e nas mãos de seu... não! Não podia ser!
         Com certeza o mundo era muito pequeno! Mas como ele adivinhara? Como?
        - Sim! Meu pai sabe de tudo o que eu estou fazendo! – ouviu-a responder enquanto caminhava a uns passos na sua frente, puxando o cachorro com um jeito tão...
         - And, creio que temos que conversar... – disse ele pela primeira vez percebendo o modo como que andava a sensualidade que emanava quando se irritava. Era algo que ele infelizmente nunca soubera explorar ou desvendar!

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