Coração materno

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Miranda despencou na minha frente, o som de sua cabeça contra o degrau reverberou pela casa, eu prontamente corri até ela e amparei sua cabeça enquanto pegava o telefone, senti um calor na minha coxa e os cabelos nevados de Miranda eram tomados de sangue pouco a pouco.


- Alô? Tem alguém aí?

- Mamãe?

- Carol? Oh meus deus Carol....

- Mamãe, você está nos ouvindo?

- Sim Cass, mamãe está ouvindo.

- Ele mandou dizer que vai ligar para vocês às 8h, estamos bem e não estamos machucadas. Ele quer o dinheiro de volta, o dinheiro que a mãe pegou dele diga para ela devolver por favor! - a ligação falhou.
- Cass...

O telefone foi desligado, senti meu coração bater rápido demais, Miranda estava ainda no chão sua cabeça ensanguentada apoiada nas minhas pernas eu ainda segurava o telefone. Disque para a emergência.

- Meu amor, tudo ficará bem, vamos salvar nossas meninas, por favor Miranda, preciso de você comigo para salvarmos as nossas filhas. - Eu chorava sem trégua, enquanto esperava a emergência e rogava aos céus para que ela abrisse aqueles olhos lindos, para que ela acordasse. Ela não acordou e logo a ambulância juntamente com a polícia chegou para nos atender.

Levaram Miranda, eu fiquei, não pude ir às meninas precisariam de mim, eu não pude acompanhar. Passei as informações para a polícia que montou um grande QG na nossa sala de estar e escritório. A noite passou voando, eu recebi uma ligação do hospital me dizendo que Miranda ainda estava desacordada, o impacto de sua cabeça no degrau fora grande e que tinha gerado um traumatismo, ela precisava de cirurgia.ainda que leve.

Liguei para Nigel que foi para o Hospital e para Emily que assumisse a Runway, Doug veio ficar comigo.

- Como tudo isso aconteceu? Eu não entendo, estavamos tão felizes ontem, fazendo planos, rindo com as meninas. Como vou suportar tudo isso sozinha?

- Andy, escute, você é a mulher mais incrível que eu conheço e vai enfrentar tudo de cabeça erguida e forte, você é uma mãe e mães são os seres mais fortes desse mundo!

Abracei Doug e me permiti ser acolhida e chorar um pouco, eu precisava tanto daquele abraço, minhas energias foram recarregadas e então eu encorporei a mulher adulta e destemida que Doug tinha dito que eu era. Eu iria suportar, por Miranda e por nossas filhas!

Quando desliguei o telefone com Nigel que me atualizava da situação clínica de Miranda eram 7h40, a polícia montará um esquema de rastreamento. Eu esperava a ligação das 8h. Será que Stephen negociaria comigo? E se sim como eu teria acesso as contas de Miranda? Como faria isso? Como conseguiria o dinheiro com ela apagada no hospital? Meu desespero só aumentava.

O telefone tocou, tirei do gancho e com a voz mais firme que consegui atendi.
- Stephen.
- Olá garota Miranda.

Sua voz cavernosa e fria me fez tremer, mas lembrei que ele estava com as nossas meninas e o temor virou ódio!
- Vamos negociar?
- Será um prazer, Sra. Priestly, é isso que você é agora, não é?
Sentia o deboche em sua voz, e fui ficando irada.
- Quero os meus 20 milhões que Miranda pegou, são meus!
- 20 milhões?
- Sim os 20 milhões que ela limpou de nossa então conta conjunta, quero essa quantia até amanhã às 13h. Se vocês me devolverem eu devolvo as meninas no mesmo lugar que peguei, o belo Central Park.
- Fechado, 20 milhões, às 13h de amanhã. Quero falar com elas. Agora!
- Fechado!
- Mãe?
- Bobbseys, sou eu!
- Oi, mamãe. Estamos bem.
- Nós amamos vocês!
- Oi babys, nós também amamos muito vocês, tudo ficará bem.

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