Tudo vale a pena - view of Miranda

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Me sentei na minha mesa e esperei, notei meu esquadrão se aproximando. A alegria nos rostos dos três era bonita de ver. Nigel abriu a porta dando passagem para minha mulher e para Emily.

- Entrem e fechem a porta.

Peguei a garrafa no centro da mesa e girei a rolha. O barulho era música para os meus ouvidos, sempre amei champanhe. Servi as taças e distribui para cada um deles.

- Quero fazer um brinde, a vocês, a Runway e ao nosso futuro brilhante como colaboradores!

- Colaboradores? Gostei!

Revirei os olhos para Nigel, mas me permiti sorrir.

- Santé! - Emily ergueu a taça ao centro e seguimos seu gesto. Degustamos a bebida gelada e entre comentários sobre o espanto de todos com os meus anúncios, logo abrimos a outra garrafa.

- Sentem-se, por favor.

- Sabia que não ia ser só champanhe.

- É claro que não Nigel, quero discutir os próximos passos. Agora que tenho vocês 3 ao meu lado, quero mudar a revista. Ela terá a cara de todos nós.

- Como assim Miranda?

- Quero uma revista moderna Andrea, para as mulheres do século XXI. Quero uma revista que seja alcançável.

- Como alcançável Miranda?

- Vendemos itens de luxo Emily, mas quantas mulheres que estão passando na calçada enfrente a Elias-Clarke podem compra-los?

- Pouquíssimas.

- Exatamente, não quero mais uma revista de sonhos. Quero uma revista real, para mulheres reais.

- Você quer dizer que vai usar itens que não são de luxo?

- Exatamente Andrea, essa sua saia. Ela é belíssima, mas não é um item de luxo. Mas ela não ter um nome estampado na etiqueta não faz dela menos bonita e nem você menos chique.

- Miranda isso seria algo completamente novo.

- Não seria, será Nigel. Quero montar esse projeto, mas somente entre nós 4, ninguém a mais. É segredo de Estado. Posso contar com vocês?

- Claro Miranda!

- Você ainda pergunta?

- Ótimo, sabia que não estava errada ao escolher vocês. O papo está ótimo, a companhia e a bebida também, mas...

- Temos trabalho, já sabemos! - Andrea levantou terminando minha frase.

- Ótimo, isso é tudo!

Dei uma leve piscadela e abri a porta para que eles saíssem. Uma nova era estava começando.

Às 18h encerrei as coisas, desliguei meu notebook, arrumei alguns papéis e desliguei as luzes.

- Casaco e bolsa.

Martina saiu voando me entregando as minhas coisas, fui rumo a editoria de texto para buscar Andrea.

- Oi Miranda, precisa de alguma coisa, ainda não consegui finalizar a matéria sobre cirurgia plástica - me informou de forma profissional como sempre fazia

- Deixa para amanhã Andrea, vamos pra casa meu bem.

Ela sorriu e fechou o computador. Deu a volta e eu olhava meu celular. Senti as mãos de Andrea na minha cintura e deixei ela deslizar as mão até minha bunda,senti um leve aperto e ela me puxou para si. Como ato reflexo eu suspirei.

- O que foi senhora Priestly? Ficou nervosa?

- Por Deus Andrea, vamos para casa.

- Podemos resolver isso aqui mesmo.

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