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Não revisado.

Olha o mapa que eu fiz de Lourien...

Suas pernas falharam. Seu coração acelerou. As batidas se tornaram audíveis. A floresta se tornou silêncio. O mundo parou. Sua respiração se tornou forte. Acelerado, pulsando. Raiva estava sob sua pele, mas ela não tinha escolha. A adrenalina percorreu por suas veias assim que ela se deu conta de onde estava, e com que estava.

Ela encarou os olhos, descrentes do homem que a encarava. Notou aquele sentimento. A matariam. Aquelas pessoas sorridentes a matariam. Então ela correu. Os pés descalços se movimentaram com agilidade, a grama o pinicando. Ela correu o mais rápido que conseguiu. Enquanto seu inimigo se encontrava em choque, ela correu. Não importava para onde fosse, só tinha que sair dali. Ela correu. Ar preencheu seus pulmões. Alcançou a floresta, e cometeu um erro. Olhou para trás. O movimento falhou. Seus pés erroscaram nas garras da raiz de uma das árvores. E ela caiu. Sentiu uma dor aguda se projetar em seu braço, ao tentar amortecer a queda. Tola. As lágrimas alcançaram sua face, quando o desespero da morte a penetrou. Tentando se afastar, com medo, ela rastejou em direção a esperança.

Tarde demais.

O desconhecido correu até onde a garota estava, se agachou, e soltando uma série de palavrões ele tirou uma corda do bolso e amarrou os pulsos dela. Aster não se debateu nem contestou, sabia que toda a sua coragem mentirosa era apenas isso. Uma mentira. Não tinha mais foças para lutar.

-Sam estava certo. Você não é uma de nós. - Ele resmungou enquanto ajudava Aster a ficar em pé.

Asterin se virou para o homem, e suas palavras escorreram com ódio em cada silaba. Não abaixaria a cabeça, mesmo que custasse a sua morte. Odiava aquele tipo, os dourados. Por onde o sangue do deus sol corria.

-Uma de vocês? Dourados, que não merecem as terras onde pisam?

-Para quem você trabalha? - a pergunta soou áspera e fria.

Asterin se calou.

-Diga. Você é uma das espiãs do rei? Fale a verdade o que está fazendo nessa parte de Lourien?

-Não é da sua conta, dourado. - Debochou.

Ódio brilhou no rosto do desconhecido, e ele empurrou Aster em direção a vila.

-Vamos, subordinada do rei. - As palavras saíram com repulsa. - Vamos, vou te levar para onde seu tipo fica aqui na vila. E cale a boca.

Ele puxou Aster dentre as árvores e ao voltarem para a vila, todos encaravam com um misto de surpresa e horror no rosto. O desconhecido a guiou até o fundo de uma das casas de madeira, e eles se aproximaram de uma porta de aço. O homem retirou um conjunto de chaves do bolso e destrancou a grande porta. Engrenagens se movimentaram e um ruido eccou ao redor. O lugar era escuro e úmido. As paredes eram sujas e grades enferrujadas formavam celas. Todas estavam vazias. Quatro alas cercadas por barras de ferro, e todas vazias. Abrindo uma das primeiras celas, ele fez sinal para Aster entrar. Ela considerou suas opções. Poderia tentar fugir, mas acabaria sendo pega de qualquer forma. Passou pelas grades enferrujadas e encarou o dourado, que trancava a cela.

-Esse lugar está vazio, não? Pelo visto meu tipo não é fácil de ser pego- disse com provocação e acrescentou - Diferente do seu.

A ofensa atingiu o homem e ele replicou, com raiva:

-Não fale do meu povo. Seu povo é nojento e dizimou uma nação inteira apenas por ambição. Sua Deusa deve se envergonhar.

Aster apenas olhou para o homem, e se sentou no chão empoeirado, como se aquilo não a atingisse. O silêncio o incomodou e ele continuou:

Herdeira da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora