Perdida

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P.O.V Saphira

Minha cabeça dói e sinto uma vertigem me atingir no segundo em que tento abrir os olhos. Ai...Sinto a boca seca ao arfar e a cabeça latejando. Droga. Começo a tocar o ambiente ao meu redor em busca de algo, percebo que estou deitada em um chão gelado, meus cabelos espalhados pela superfície dura e úmida, meus olhos doem ao abrir.

É escuro e cheira a vampiros. Claro. Como isso pôde acontecer?!

Posso ver o teto completamente escuro, a única luz vinha da minha esquerda, foi quando percebi que estava em uma cela. As barras de metal enferrujado se erguiam à esquerda do local, pisquei duas vezes fazendo um impulso com as mãos para me pôr de pé. Meu corpo parecia bem mais pesado de repente.

Poderia me deixar sair para que tenhamos uma chance de escapar.

Você sabe derrubar essa grade e escapar de Deus sabe onde, provavelmente tendo que passar por um monte de vampiros? Por que não pensei nisso antes, né? Bufei frustrada. Nem sabemos onde estamos, precisamos de mais informações, manter a calma e torcer para termos chance de fugir ou para que James venha. James. Minha loba choramingou triste, sentindo a falta de nosso companheiro.

Vai ficar tudo bem.
Vão nos matar.
Otimismo é tudo...

Me pus sentada, meu vestido estava minimamente decente ainda, mas estou descalça. Suspirei. Isso é o menor dos meus problemas agora. Não lembro de nada depois que aquele vampiro me sequestrou, não faço ideia de onde possa estar nem de quanto tempo se passou desde então. O lugar é imundo, frio e não tem nada além de mim aqui dentro.
Levantei do chão e fui devagar até as barras de metal para ver se havia alguém naquele corredor, buscando sentir algum cheiro.

-Tem alguém aí? -perguntei alto ouvindo minha voz ecoar pelo local. Minhas mãos tocaram as barras e senti o frio fazer estremecer meu corpo, não ajudava nada estar com meus pés nesse chão gelado. Um sussurro se espalhou pelo corredor e logo eu senti que não estava mais sozinha.

Eu podia ver o vapor saindo de minha boca enquanto arfava e sentia minha loba se arrepiar na iminência de encontrar com nossos inimigos naturais. Na verdade, é uma bobagem, mas estamos num covil de inimigos, é apenas isso, não importa se são vampiros. Que a Deusa da Lua me proteja.

-Fico feliz que tenha despertado, majestade. -reconheci a voz do meu raptor. Ele se pôs à minha frente agora, só então pude notar sua aparência. Os cabelos meio loiros em um topete, os olhos verdes com pontinhos vermelhos - sei que significa que acabou de se alimentar e me sinto enjoada -, seus lábios curvados em um sorriso de canto. Ele usava uma camisa cinza por baixo da jaqueta de couro preta e uma calça jeans e tênis surrados.

-Onde eu estou? Quem é você? - perguntei irritada ainda tocando as barras e sustentando seu olhar.

-Peço desculpas, sinto que começamos com o pé errado. - ele sorriu agora mostrando suas presas, um ar irritantemente divertido.

-Ah, sente? - retruquei cruzando os braços. -Me sequestrar te deu essa impressão ou foi o fato que me deixou trancada nessa cela imunda e fria?

Senti uma veia saltar em minha testa, essa situação me deixa nervosa e minha loba está muito irritada, eu sempre a controlei bem e não espero ter que me transformar a menos que seja necessário, sei que preciso manter a calma e ser prudente, não sou tão forte e estou sozinha, não conheço a força do meu inimigo ou o que ele pretende. O vampiro apenas ri, um brilho de divertimento invade seu rosto. Isso dura um segundo, em seguida ele comprime os lábios e seus olhos me encaram mais atentamente.

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