Aconteceu mesmo, é real

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-Okay. -respondi fechando os olhos.

-Vai ficar tudo bem, amor. -James sussurrou e depositou um beijo no topo de minha cabeça.

Minha cabeça latejava, eu chorei demais por um dia, tudo o que eu queria agora era me entregar ao sono. E assim fiz.

P.O.V. James

Minha rainha dormiu. Que alívio pra mim. Eu esperava que fosse pior, esperava que ela me rejeitasse e que agora eu estivesse nesse carro sozinho e sofrendo de uma dor que me levaria à morte. Os deuses sabem o quanto eu pedi para que essas expectativas fossem frustradas, e foram. Agora ela está em meus braços. Onde sempre deveria estar. Eu sempre soube que ela seria nossa. Você tem um ego maior que seus desejos, aposto que também teve medo do pior. Medo não é algo que nós costumamos sentir, James. Eu ri, não mesmo. Mas ela chegou e nos fez sentir alguma coisa. Não a entendo. Ela vai nos causar problemas. Sorri de lado, você nunca se preocupou com mulheres. Ela não é qualquer mulher, ela é nossa mulher. Sim, só nossa.

É verdade que já tive algumas distrações, mas eram apenas isso, me visitavam de vez em quando, eu não lembro de nada de nenhuma delas. Elas eram estrelas, ou nem isso. Sim, mas Saphira é minha lua, elas não são comparáveis à minha lua.

Observei Saphira dormindo em meus braços, ela me deixava louco, mais ainda, se é possível. Seus cabelos macios, seu rosto angelical, sua voz... Que eu amaria ouvir pronunciando meu nome em vários momentos... Sua pele, tão macia e frágil que me dá vontade de morder como se fosse uma presa. Não podemos errar com ela. Tem razão, será tudo perfeito, não quero perdê-la e nunca vou deixar que nada nem ninguém a machuque, nem mesmo eu.

Ela revirou-se e levou as mãos ao rosto pressionando-as ali. Quando retirou seus olhos estava abertos mas desnorteados. Ela achava que tudo foi um sonho.

-Aconteceu mesmo, é real. -falei chamando sua atenção.

Ela fechou os olhos com força e os abriu novamente suspirando de decepção. Até o som de sua respiração me deixa hipnotizado por ela.

-É, parece que sim. -sua voz estava rouca, simplesmente irresistível.

Ela se levantou fazendo parecer que queria ir sentar novamente no banco da outra ponta que ficava à uns 50 centímetros de distância de mim. Não mesmo, longe demais. Eu segurei sua cintura e a mantive em meu colo.

-Eu posso sentar. -ela disse, brava, arqueando as sobrancelhas pra mim.

-Você está sentada, amor. -sorri maliciosamente.

-Quero sentar no banco do carro! Não em você! -sua expressão estava emburrada, linda.

-Sou bem mais confortável que o banco, e mais quente também. -sussurrei em seu ouvido. Ela riu, parece que sentia cócegas, gosto de saber que tenho efeito sobre ela.

-Idiota. -disse. -Vamos James, é sério.

-Senhor Black, chegamos ao hotel. -disse George, meu motorista do outro lado da barreira de vidro fumê.

-Vamos, Saphira. -abri a porta do carro e a peguei no colo fazendo-a soltar um grito de surpresa. Ela era tão leve, meus músculos relaxaram sentindo o prazer de tê-la pra mim, por alguma razão pra mim era como carregar um travesseiro macio.

-Seu louco, me põe no chão! Eu juro que... -algo a fez parar, posso estar errado mas, pela energia emocional emanada do meu lobo arrisco dizer que foi a loba dela (agora minha também) que a repreendeu. Ela parou e me olhou com aquelas orbes esverdeadas hipnotizantes.

Engoli em seco, droga, seus lábios estavam tão perto que eu... Não pude resistir! Selei nossos lábios e pedi passagem, não costumava pedir, mas não podia errar com ela. Saphira correspondeu me deixando ainda mais excitado, aos poucos ela foi descendo de meus braços até ficar completamente no chão, mas eu não tirei minhas mãos de seu corpo. Não mesmo.

Nos separamos depois de quase sufocarmos um ao outro, meu coração estremeceu quando Saphira se inclinou para cima e levou uma de suas mãos até meus cabelos tocando-os. Deu um passo para trás, não estava acostumado com aquilo, era bom mas era diferente. Não seja idiota, pelos deuses. Não estrague minha diversão, nós gostamos de carinho lembra? Depois disso ela pode nos dar muito mais.

Minha rainha deu um passo à frente e tocou meus cabelos de novo. Meu lobo estava em alerta ainda, caso eu fizesse alguma besteira de novo. Eu não gostava que ninguém me tocasse assim, mas ela me fazia pensar diferente, sempre fez, se fosse outra pessoas eu teria arrancado a cabeça.

-O que você esconde? -ela perguntou hesitante cerrando levemente os olhos.

Ah, minha rainha, muitas coisas...

Olhou bem no fundo dos meus olhos talvez buscando alguma coisa, mas não encontraria a menos que eu permitisse.

-Não olhe muito, é escuro demais por dentro. -minha expressão se tornou rígida. Ela olhou para a entrada do hotel e eu acompanhei seu olhar, parecia decepcionada.

-Tem razão. -ela disse sem me olhar e se afastando de mim, deu um passo paro lado em direção à entrada do hotel onde George estava entrando com as malas e o resto de nossas coisas. -É real.

Minha [Em Atualização]Onde histórias criam vida. Descubra agora