Capítulo 23

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POV Jennie Kim

– Oh, essa garota... Ah, sim, eu lembro dela. Eu vi ela falando com você uma vez. Ela deve ser a razão pela qual você mudou tanto. Desde que ela entrou em cena, você não foi mais a mesma. – Moonbyul diz e é notório a decepção em sua voz.

– Não vejo o que isso tem a ver com você. – Digo terminando de arrumar os papéis que estavam espalhados.

– Você esqueceu seus deveres como médica? Ficar excessivamente envolvida com seus pacientes é contra as regras. – A olhei e ela estava com um sorriso debochado nos lábios. – Isso é comportamento antiético. – Rapidamente me virei e coloquei minha mão na parede que estava atrás dela, deixando na altura de sua cabeça, prensando ela para que me olhasse diretamente nos olhos, sem poder escapar. Seu olhar agora era de medo.

– E então? O que é isso para você se for? Você está me ameaçando, Moonbyul? Eu posso namor- Não! Eu poderia até foder ela se eu quisesse com zero repercussões. Porque eu não sou a médica dela. – Aproximei nossos rostos e encaixei minha coxa entre suas pernas, fazendo pressão contra sua intimidade, apenas para a provocar. – Você não está com ciúmes, está? Você costumava ser minha favorita, sabe? Oh, me desculpe. O meu brinquedo favorito, isso. Não se iluda, Moonbyul. Mesmo que você termine com aquele cara... – Me afastei. – Todas as coisas chegam ao fim, eventualmente. E mesmo que ainda estejamos... Envolvidas... O nosso relacionamento, também, em breve, deixará de existir. – Dei as costas, caminhando até a porta. – Tome isso como sua advertência final. Esses são os meus próprios assuntos pessoais. Por isso, não me chateie.

Deixo a sala e me encontro na porta, liberando uma grande quantidade de ar que eu prendia. O que eu estou dizendo...? Sexo com Lalisa? Certamente isso é muito mais fácil de dizer do que fazer. Mesmo com o seu consentimento, considerando todos os riscos, muitas coisas podem dar errado. A tensão que vai colocar no seu coração durante a relação sexual... Isso não vai acabar bem.

– Ah, eu me pergunto como ela está... – Toco em meu peito a procura do alarme. Com o tempo, virou um hábito segurar o cordão durante o meu dia a dia. Mas o problema agora é que eu não o sentia. – An? Ah, dane-se tudo... Eu esqueci em casa?! Ela provavelmente está bem. – Retirei o celular do bolso do jaleco e procurei o contado de Lalisa. Minhas mãos tremiam um pouco só de pensar que ela poderia estar passando mal justamente no dia em que eu esqueci a droga do alarme. Eu deveria ligar para ela apenas por precaução. Toca, toca e ela não atende. – Vamos lá, atenda. O que ela está fazendo? Ela não tem aula hoje. Deveria estar em casa. – Começo a me preocupar. – Talvez ela esteja tendo um ataque!? Não, não. A irmã dela já teria trazido ela aqui. – Ando de um lado para o outro pensando no que fazer. – Eu deveria ir para e verificar apenas por segurança.  Mas há uma reunião da equipe meio dia... Merda!! Eu não quero arriscar! Estou indo!

– Doutora?! Doutora, espere! Onde você vai? A reunião é ao meio dia, doutora! O diretor exigiu que todos nós participemos. – Ouvi uma enfermeira gritar.

– Sim, estou bem ciente. Eu esqueci algo em casa, por isso só vou ficar fora por um momento para buscá-lo. Não se preocupe, eu estarei de volta antes do início da reunião.

[...]

Cheguei no prédio onde moro e caminhei até a porta do meu apartamento, abrindo-a. Logo que entro, percebo a sala e a cozinha vazias e um silêncio.

– Huh? Ela não está aqui? Talvez foi às compras. – Vou até à mesinha que fica na entrada e vejo o alarme fica na entrada e vejo o alarme. – Ah, aí está você. Então estava aqui, afinal? – Sorrio. Caminho até a saída, porém escuto uma voz. Uma voz em forma de gemidos que vinham do corredor. Caminho em direção ao barulho.

Essa voz é dela. Tem mais alguém aqui? Espera, está vindo do meu quarto... A porta está entreaberta. Me aproximo da brecha para ver o que está acontecendo dentro daquele cômodo. E é nesse exato momento que meu corpo todo gela. Oh... Meu... Deus... Ela estava ofegante. Ela está...!

– Ahn... Ah! J-Jennie. Eu-Ah. Ah... Eu te amo... – Sim, ela estava... Céus... Ela estava se masturbando em minha cama.

Cada movimento que ela fazia... Cada gemido... Tudo ficava gravado em minha mente, eu engoli em seco. Senti meu corpo todo arrepiar. Eu acabei por apertar minha calça jeans comnas mão. Aquela cena era demais para a minha sanidade. Ver Lalisa se tocando pensando em mim... Dizendo meu nome...

Então você realmente me quer do jeito que eu quero você...

Com essa imagem gravada nos meus olhos assim... Foi quase impossível me afastar. Eu voltei para o hospital e cheguei a tempo da reunião. Mas os meus pensamentos me mantinham bem longe daquela sala. Eu apertava fortemente o cordão em meu pescoço. Cada movimento dela... Cada som e a respiração dela ainda permanece no fundo da minha mente. Estou profundamente preocupada.

[...]

O jantar naquela noite estava sendo o mais silencioso de todos. O ambiente estava em um silêncio desconfortável.

– Hum... A comida não está boa hoje? Você está muito quieta. – Ela diz um pouco nervosa.

– Ah- hã? Ah, não, não. A comida está deliciosa. – Digo isso, o silêncio desesperador paira sobre o ambiente novamente. Até eu quebrá-lo depois de um tempo. – E você? Com o você está se sentindo hoje?

– Ah...uh! Hoje? B-Bem. Bem como sempre. Fiz um pouco disso e daquilo. Depois cochilei. – Ela realmente estava muito nervosa. Seu rosto estava vermelho.

– Oh, você estava cansada? – Eu precisava saber como o corpo dela reagiu após... bom, aquele ocorrido mais cedo.

– Sim, um pouco....

– Hm... Isso é bom. Descansar o suficiente vai fazer bem a você. E, uh... Nada fora dos sintomas comuns?

– Ah, não, nada. – Ela diz sorrindo, ainda nervosa. – Eu estou bem, você pode relaxar. – Ela se levantou da cadeira. – Hum, você parece ter terminado, por isso... Nós vamos assistir TV novamente? Vou limpar e trazer-nos alguma sobremesa.... – Antes que ela pudesse se retirar, eu seguro seu pulso.

– Espera, Lisa... V-Você não tem que fazer isso, ainda.

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QUEEEEIMA

PULSE - JENLISA (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora