Capítulo 3

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Narrador pov's

Em um pequeno corredor, uma moça estava sentada em uma cadeira, observando as pessoas que ali passavam. Os semblantes preocupados, a agitação que se formava quando uma nova equipe de enfermeiros passava apressada com a chegada de um novo paciente, os sorrisos de parentes que acabaram de receber uma boa notícia. Outros nem tão felizes e sim, tristes com a perda de um ente querido.

'Muitas vezes ouvimos a frase " Você não sabe o que tem até perder". É verdade. Nós temos a tendência de levar as coisas como garantidas... E apenas vemos o quanto significam para nós quando estamos perto de perdê-las. E nesta frase, em particular, encaixa bem com as situações relacionadas com a vida e o amor. '

- Senhorita Manoban. - Uma enfermeira se aproxima da moça. - O doutor vai ver você agora. Por favor, vá para a sala de examinação.

- Certo. - Ela se levanta e sai.

Bem próximo dali estava Jennie, retirando uma lata da máquina de refrigerantes. Ela estava em algum andar daquele enorme hospital. Se aproximou da beirada e se encostou no anteparo, observando as pessoas que passavam lá embaixo.

A moça da fita vermelha estava saindo da sala do doutor quando passou perto da jovem doutora em seu pequeno momento de intervalo. Ela analisou Jennie por um momento. A cirurgiã só percebeu a presença da menor quando a mesma falou:

- Fora seus sentimentos de responsabilidade e seu dever como doutora, você não sente nenhuma empatia pelos familiares dos seus pacientes, não é? - Jennie toma um leve susto e se dirige à moça que estava ao seu lado.

- Qu... De...Desculpe? Nós nos conhecemos?

- Oh, não. Não mesmo! - A menor se apressa em dizer.

- Então se apresente...

- Aconteceu de eu notar você esta manhã e tenho vontade de perguntar uma coisa para você. Espero não estar perturbando demais...- Ela se inclina para ler o que está escrito no crachá do jaleco da mulher a sua frente - Hm... Doutora Kim. - Ela sorri meiga e se endireita. - Peço desculpas. Sou míope e esqueci meu óculos hoje. - O sorriso ainda estava estampado em seu rosto. "Que peculiar", Jennie pensou.

- Oh, uh... Desculpe. O que você estava dizendo agora mesmo? Eu não estava ouvindo. - De fato, Jennie só conseguiu admirar a bela moça a sua frente. De alguma forma, a menina encantava a cirurgiã. Mas de uma maneira diferente das vezes que se encantou por algum par de pernas, onde não passava de uma atração sexual. A jovem possuía um brilho especial que trazia uma sensação muito boa para ela.

A garota era mais baixa, cabelos longos e loiros, era linda de corpo e rosto. Ela apresentava entre 18 à 20 anos. Jennie não deixava de notar o sorriso dela. Sem dúvidas, era uma das melhores imagens que já tinha visto. Provavelmente se tornaria um vício observá-la sorrindo daquela maneira. E os olhos... Ah, penetrantes. Jennie jamais iria esquecer um rosto como aquele.

- Meu nome é Lalisa. Faz algum tempo que eu queria perguntar para você, quando você... - Antes que a menor terminasse de falar, Jennie recebe um chamado urgente.

- Ah, por favor, me dá licença. Tenho um caso de emergência que preciso cuidar. - A cirurgiã fala apressada.

- Oh, tá. Então... Tchau. - Lalisa fiz sorrindo e Jennie sai às pressas. - Eu deveria ter previsto isso. Esses doutores são todos iguais. - Ela ri sozinha.

Em uma sala, Jennie analisava uma radiografia de um paciente. Quando assume a postura de uma profissional, seu semblante é sério e sua concentração é elevada. A doutora fica mais atraente de jaleco e óculos de grau, que só usa para ler, enquanto faz seu trabalho.

- Ainda não avançou muito. - Comentou com uma enfermeira que estava acompanhando a análise. - Temos sorte que encontramos a tempo, mas a melhor forma de resolvermos isso é provavelmente operando. Vou avisar o paciente e logo a família. Então estaremos prontos para preparar a operação.

- Sim, doutora. - A enfermeira diz prontamente se retirando.

- Oh, doutora Kim, seu turno ainda não terminou? - Um colega de trabalho diz entrando na sala.

- Parece que por enquanto não. - Responde com um leve sorriso. O rapaz retira de dentro do envelope outro resultado de uma radiografia de outro paciente. Jennie não pôde deixar de notar aquele caso. - Você tem um caso bastante interessante em suas mãos.

- Ah, é um caso que acabou de ser transferido para mim. A paciente é tão jovem. - Ele suspira. Ambos analisavam o documento pendurado no quadro de análises.

- Suponho que ela tenha isso desde que nasceu? - Jennie pergunta.

- Sim, mas ela parece cuidar muito bem de si. - Ele afirma.

- Seria um pouco demais se eu pedisse para ver a ficha dela?

- Ah. Oh, não, de modo algum! - Ele responde rapidamente. - Uma segunda opinião de você seria ótimo, na verdade.

Jennie abre a ficha médica e encontra a foto da paciente. "É aquela menina do corredor", ela pensou.

- Ela... Parece surpreendente saudável para alguém com esse tipo de condição. - Jennie diz e o rapaz ao seu lado solta um leve sorriso.

- Sim, é um pouco difícil para mim acreditar que ela está sofrendo de uma doença cardíaca. Mas parece que ela só vai passar a vida toda dela dentro e fora dos hospitais. É uma pena, alguém tão jovem deveria sair e aproveitar a vida ao máximo.

- Mesmo assim, ela pode ter uma oportunidade de uma vida normal se ela receber um transplante de coração.

- O nome dela já está na lista de espera, mas... Ela não é considerada um caso de prioridade. Além disso, encontrar um doador compatível para ela vai ser difícil. - Ele diz sem esperanças.

Inacreditável . Jennie se permitiu pensar sobre a garota da fita vermelha.

A personalidade dela é tão grande e animada... É esta a atitude... O comportamento... De alguém que sabe muito bem... Que está rastejando cada vez mais para perto da morte?

Esse capítulo foi um pouco triste cara... vou tentar compensar no próximo 😔
Estou pensando em postar mais um hoje
GOXTARAM????
Votem no capítulo 💗
Xeru na bunda💗

PULSE - JENLISA (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora